BUSH E SADDAM
U.S. News & World Report irritou o casal Bush, ao comentar em matéria de capa as mudanças de método do serviço secreto na segurança das filhas gêmeas, Jenna e Bárbara, de 20 anos. Zangada, Laura Bush cancelou entrevista prometida à revista. O editor Brian Duffy defendeu que a matéria não invadiu a privacidade da família: apenas analisou a adequação dos métodos de segurança, posta em xeque porque os procedimentos do serviço secreto mudaram a pedido do presidente, depois que Jenna repreendeu agentes cuja presença inibiu um garçom a lhe servir bebida. "A al-Qaida adorou as informações", atacou fonte da Casa Branca. A pedido do porta-voz Ari Fleischer, a revista não publicou fotos das meninas, informou em 9/4 Howard Kurtz, crítico de mídia do Washington Post,.
A invasão da vida privada de Saddam Hussein também repercute. Em entrevista a Claire Shipman, da rede ABC, que foi ao ar no PrimeTime Live de quinta-feira, dia 12, Parisoula Lampsos, uma grega loura de 54 anos, afirma ter sido amante de Saddam por três décadas. Ela revelou que ele usa Viagra e é romântico, mesmo tendo mais quatro amantes. A repórter gastou meses investigando a autenticidade das informações sobre a mulher. Kurtz até ironiza: "Sem um vestido azul para ajudar, ela teve que trabalhar arduamente", referindo-se à roupa que foi a chave do caso Mônica Lewinsky.
Claire Shipman rejeita qualquer associação deste com o escândalo Lewinsky. O produtor Chris Vlasto, que apurou as primeiras informações, concorda: "Este é um caso de vida ou morte, porque ela se arriscou ao dar a entrevista." Parisoula não se limitou à vida sexual de Saddam: o ditador, contou, gosta de ver vídeos das sessões de tortura de seus inimigos. Os primeiros contatos com Parisoula foram dignos de filme, até que as duas tiveram encontro de dois dias em maio. "Foi exaustiva", contou Claire Shipman sobre a que considera a mais difícil entrevista de sua vida. "Ela estava assustada demais."