Thursday, 28 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Protestos pela prisão de correspondente da al-Jazira

VIOLÊNCIA CONTRA JORNALISTAS

As autoridades do Sudão proibiram que a família do correspondente da rede árabe al-Jazira, Islam Salih, o visitasse na prisão, segundo matéria de 23/12/03 da própria emissora. Ele vinha recebendo ameaças por causa da cobertura que fazia de certos assuntos políticos. Foi preso no dia 18/12 e seu escritório fechado em Cartum.

O incidente foi condenado com veemência por porta-voz da al-Jazira. Assim como o Comitê Árabe de Direitos Humanos, a organização Repórteres Sem Fronteiras protestou, alertando que o governo foi "claramente motivado por seu desagrado com a cobertura política do Sudão feita pela al-Jazira".

Atentados à liberdade de imprensa são comuns no país africano. Em novembro, o diário al-Ayam saiu de circulação após ser acusado de ferir os interesses nacionais do Sudão e de colaborar com seus inimigos.

Uma corte de apelações chinesa manteve a condenação de dois anos de prisão e multa de 5.000 yuan (cerca de R$ 1.700) para o repórter fotográfico sul-coreano Seok Jae-hyun, por ajudar refugiados norte-coreanos a saírem da China para a Coréia do Sul de barco.

Ele é um free-lancer que trabalhava para o New York Times. "Esperávamos que o governo chinês ouvisse nossos repetidos apelos de liberar Seok logo", disse, decepcionado, um funcionário do Ministério de Relações Exteriores e Comércio da Coréia do Sul. A família do jornalista planeja pedir sua extradição em janeiro, quando terá cumprido metade da pena e poderá ganhar liberdade condicional.

Cerca de uma dezena de sul-coreanos foram presos pela China quando tentavam ajudar refugiados da Coréia do Norte. Muitos deles são pastores e missionários cristãos, segundo informa The Korea Times [23/12/03].