Wednesday, 24 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Quando o nome não interessa

MONITOR DA IMPRENSA


PRINCÍPIOS CONTROVERSOS

Na quarta-feira, dia 10, o jornal americano Tribune se destacou dos demais. Não por ter divulgado uma informação exclusiva, mas por ter sido o único a não publicar o nome da menina de 11 anos que desapareceu no dia 1? de maio com o diretor de seu colégio, de 28 anos. Todos os demais informaram o nome da aluna.

A decisão, segundo Don Wycliff [Chicago Tribune, 10/5/01], foi tomada segundo a prática do jornal de não identificar supostas vítimas de delitos sexuais. A medida pode parecer absurdamente quixotesca para muitos: o nome e o rosto da criança estão em todos os jornais e TVs do país ? e do próprio Tribune durante todos os dias da semana do desaparecimento, a pedido da família e do FBI. Então, por que o silêncio agora?

Em primeiro lugar, o jornal acredita que a privacidade das vítimas de delitos sexuais não deve ser violada. A situação deixou de ser de emergência: a divulgação da foto e do nome não estaria mais colaborando para salvar a garota. Além disso, por ser criança e ter um futuro todo pela frente ela deve ter a chance, com a ajuda de um público sensível e tolerante, de recuperar sua privacidade.

REMESSA MAIS CARA

A indústria americana de revistas recebeu outra má notícia na terça-feira passada, para piorar ainda mais a crise que enfrenta. O Serviço de Correios dos Estados Unidos anunciou que aumentará as tarifas da correspondência em 1,6% a partir de 1? de julho. Remessa de publicações terão aumento de 2,6%.

Segundo James Cregan, vice-presidente de assuntos governamentais da associação de editores de revistas dos Estados Unidos, estima-se que as editoras perderão cerca de U$ 50 milhões num ano com o novo aumento. A decisão segue a medida que fez subir em 9,9% as taxas de entrega de jornais, em janeiro. O Correio também anunciou, recentemente, estar considerando um aumento de 25%, disse Robert Schimdt [Inside, 8/5/01].

Robert Rider, do Correio, afirmou que a decisão foi necessária para cobrir prejuízo de US$ 97,5 milhões. Lei baixada pelo Congresso determina que cada departamento do Correio arque com seus próprios custos. Por isso, não houve outra opção, disse o porta-voz do serviço, Greg Fry. As editoras de revistas e seus lobistas já se manifestaram, e é possível que tentem barrar o aumento recorrendo à Corte de Apelações.


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