Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Quem paga os vídeos?

INTERNET

Os atentados de 11 de setembro aumentaram o interesse dos internautas pelo vídeo na rede. Muitas pessoas descobriram a vantagem do recurso numa manhã de terça-feira, em seus escritórios, sem TV à mão, querendo ver o evento mais espetacular das últimas décadas. Grandes sítios de notícias dos EUA, cientes de que a multimídia deixou de ser um acessório na internet, buscam maneiras de cobrir o alto custo deste tipo de cobertura.

A CNN anunciou que pretende cobrar assinatura pelos vídeos de seu sítio, medida que ABCNews.com e FoxSports.com já adotaram. "Vídeo de internet que não se baseia em assinatura é estupidez", afirma, categórico, Bernard Gershon, da ABCNews.com, da Walt Disney Company.

O principal problema é que o usuário não está disposto a pagar. Experiências neste sentido já fracassaram. Pesquisa da Jupiter Media Matrix revela que apenas 42% dos internautas americanos adultos aceitam que o acesso às informações na internet venha a ser pago algum dia. Paul Grabowicz, da área de novas mídias da Faculdade de Jornalismo da Universidade Berkeley, acredita que a idéia de cobrar pelos vídeos é motivada muito mais pelo alto custo do que por indícios de que alguém pagará para assisti-los. Analistas calculam que manter um sítio grande com vídeos custe entre US$ 1 milhão e US$ 2 milhões ao ano. As informações são de Stephanie Miles, do Wall Street Journal[ 19/3/02].