Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Quem tem medo?

DIRETÓRIO ACADÊMICO

CARTAS

PROVÃO

Gostaria de parabenizar o Sr. Luís Edgar de Andrade pelo artigo, que no mínimo é muito inteligente e sensato. Sou aluno de Administração de Empresas da Universidade Católica de Pernambuco, que vem tirando nota "C" no exame nacional dos cursos. Isso me revolta! Investir mais de 20 mil reais em curso superior reconhecido como curso mediano é revoltante. Não entendo como alunos que estão dentro de um conjunto de pessoas que foram selecionadas através de um concurso tão difícil como o exame vestibular estejam cometendo uma asneira como estas. Prejudicar a si mesmas tudo bem, mas, quando o prejuízo está se alastrando a outras pessoas, que trabalham para poder pagar o curso, realmente se esforçam e buscam ser o melhor no que fazem, não admito. É fácil saber quem tem medo do provão. O aluno interessado em ser o melhor no que faz deve dar uma olhadinha na sua sala de aula e logo perceberá os alunos "E" e os alunos "A".

Mais uma vez parabenizo por este artigo superinteressante.

Leonardo Parisi

Concordo plenamente com o artigo. O provão foi a forma mais inteligente de se avaliar os cursos, pois impede que haja corrupção nas notas, que fatalmente aconteceria se fosse mandado um fiscal para tal missão. Os resultados já começam a aparecer. Faculdades que antes tiraram notas insuficiente já estão se recuperando. Esta prática é altamente saudável para nossa formação! Não adianta tentar fugir disso, pois os estudantes serão obrigados postos à prova a vida inteira, para conseguir emprego, passar em concurso público etc.

A imprensa e a sociedade de uma forma geral não podem é aceitar que os governantes estraguem as faculdades públicas por interesses políticos, como quer o governador Garotinho. Ele pretende reservar 50% das vagas da Uerj para alunos da rede pública. Tudo para mascarar o péssimo nível das escolas estaduais e municipais. Protecionismo não deve haver para nenhuma classe, pois ainda quebraria a competição, que é tão importante para avaliar alunos e escolas. Eles já criaram um processo altamente injusto nos CAPs tanto da Uerj como da UFRJ, que requer sorteio para os que acertarem 50% da prova. Portanto, um aluno excelente que tenha tirado nota máxima pode perder a vaga para outro apenas regular que tenha tido 50% de acerto na prova.

Isto é premiar o aluno menos esforçado, e desestímulo ao melhor.

Hody

Ridículo esse texto do Sr. Luís Edgar de Andrade, "Quem tem medo do Provão"! Sou estudante de Jornalismo e apesar de não estudar na Cásper Líbero tenho consciência de que há um consenso entre os profissionais da área, que ela foi e é (tem tudo para continuar sendo) uma das melhores faculdades de Jornalismo deste país.

A nota E do Provão só demonstra que os estudantes de Jornalismo de São Paulo (considerando as devidas proporções) têm o mínimo de iniciativa e questionamento a respeito daquilo que lhes é proposto, característica indispensável em tal profissão.

Os cursos de Jornalismo apresentaram um percentual muito mais alto de boicote do que os demais avaliados. A argumentação de que os estudantes não tiveram coragem de faltar ao exame é totalmente absurda. Umas das exigências para se receber o famigerado diploma na área é comparecer ao Provão. Então, o que o Sr. Edgar Andrade queria é que todos os estudantes faltassem e abrissem mão do diploma em protesto, certo?

Bom, a mensagem que consigo captar dos estudantes de jornalismo com tal boicote é: "Queremos ser jornalistas, por isso estudamos quatro anos. Entretanto, não concordamos com os métodos de avaliação desta prova e por isso não respondemos. Somente quando os parâmetros forem mais bem adaptados à área responderemos."

Pode ser que eu esteja enganada, mas se esta é mesmo a mensagem que os formandos quiseram passar, me parece bastante coerente e perfeitamente válida. Talvez o Sr. Andrade pense que é coincidência, mas o Ministério da Educação já prevê grandes mudanças nas próximas provas, de forma que novos itens serão avaliados.

Rosane Araújo, estudante do 3º ano de Jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo

A safra da Estácio de Sá e da Gama Filho, observado o argumento do autor, será a do eterno Zero, ou seja, a que sempre tira EEEEEEEEEEEEE no provão, mas tudo bem, isso aqui é Brazil.

Marcelo Henrique T. Pereira

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