Saturday, 20 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Repressão crescente no Sudão

TELETIPO

As edições de três jornais sudaneses foram apreendidas e o repórter Osman Mergani, do diário Al Rai Al Aam, foi preso na semana passada porque criticaram a retirada do governo das negociações de paz com o Exército Popular de Libertação do Sudão, informou boletim dos Repórteres Sem Fronteira (RSF) de 9/9. O secretário-geral de RSF, Robert Ménard, disse que as "negociações de paz são parte crucial da vida política sudanesa, e a imprensa deve poder cobri-las sem pressões". No ano passado, 10 jornais foram fechados ou tiveram edições apreendidas, e vários jornalistas estão sendo processados.

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), em boletim de 9/9, apoiou o protesto de jornalistas paquistaneses contra três novos decretos sobre a imprensa: aumento das penalidades por difamação (de US$ 800 a sentença de prisão), exigência de autorização prévia para a mídia e a criação de um conselho de imprensa tutelado pelo governo, que reluta em divulgar a versão completa de lei sobre liberdade de imprensa, acordada há tempos com as associações de imprensa locais.

Mais de seis mil advogados entraram em greve no Líbano após o fechamento, pela polícia, da Murr Television (MTV), o que consideram afronta à liberdade e à democracia, informou no dia 6/9 a BBC. O fechamento foi determinado pela Justiça, que condenou a emissora por suposta violação da lei eleitoral ao divulgar propaganda política. A Embaixada Americana denunciou o fato, que "põe em xeque o compromisso do Líbano com a liberdade de imprensa". A TV é de propriedade de Gabriel Murr, deputado cristão eleito em junho, que se opõe à influência síria no Líbano. O governo libanês é pró-Síria.