Thursday, 25 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Um dia na Casa Branca

TELETIPO

O âncora Tom Brokaw passou o último dia 17 na Casa Branca com o presidente e seus assessores filmando um especial para a NBC. A gravação, marcada para 18/9, foi cancelada devido aos eventos da semana anterior, mas o momento não poderia ser melhor para deixar a equipe de jornalistas entrar. "Eles estão preocupados que o público se desvie da missão da guerra. Esta é uma oportunidade de manter o país focado", disse Brokaw. O especial, Inside the Real West Wing, vai ao ar antes da versão ficcional (a série The West Wing, que retrata os bastidores da Casa Branca), na quarta-feira. A realização pode ser descrita como manipulação mútua, observa Howard Kurtz [Washington Post, 21/1/02]: a NBC quer acesso para vender o episódio a anunciantes, e o governo espera alcançar milhões de telespectadores encenando eventos e fingindo que as câmeras não estão por perto.

 

A CNN está abrindo escritório em Dubai e lançará em breve portal de notícias em árabe, numa tentativa de alcançar maior visibilidade no Oriente Médio. "Vejo o CNNArabic.com como a maior aventura lingüística desde o começo da CNN", conta a Owen Gibson [The Guardian, 21/1/02] o presidente da CNN News International, Chris Cramer. "Assim mantemos nossas estratégia de atingir o máximo de usuários em sua própria língua." A adoção do árabe também pretende dissipar na região a idéia de que a CNN é um difusor de propaganda dos EUA.

O jornal Battallion, da Universidade A&M, do Texas, está sendo acusado por estudantes negros de ter publicado charge racista. No desenho, cujo autor assina com o pseudônimo The Uncartoonist (o não-cartunista), vê-se uma mãe repreendendo o filho ? ambos negros ? por ter repetido o ano. Segundo o editor da publicação, seria apenas uma ilustração para uma crítica à política americana de não exigir segundo grau completo dos agentes de segurança de aeroportos. No entanto, os traços, ressaltando grandes lábios e olhos, são típicos de desenhos racistas. Segundo o Houston Chronicle (19/1/02), uma organização de negros da universidade está se mobilizando para exigir desculpas. O Battallion, contudo, já publicou editorial dizendo não ter havido intenção racista.. O editor, de origem hispânica, afirma que não fará outra retratação.