Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Violência só depois das nove

TELETIPO

A autoridade britânica de mídia, Broadcasting Standards Comission (BSC), recebeu reclamações de observadores sobre as edições de Natal e Ano Novo da série Eastenders, produzida pela BBC. A insatisfação foi gerada por cenas de violência doméstica protagonizadas por um casal. No Natal, o marido Trevor apareceu batendo na esposa Mo, que deu o troco no dia 31, acertando-o com um ferro. A BSC considera que o seriado, que atraiu cerca de 17 milhões de espectadores, não deveria ter sido exibido antes da 21h, limite para programação familiar. Segundo a Reuters [29/5/02], o órgão não tem poder de punir a BBC, mas tentará trabalhar em cooperação com os produtores para que não haja novas reclamações.

No aniversário de um ano dos atentados que destruíram o World Trade Center, o canal ABC News tentará reproduzir para os telespectadores como foi o desastre visto de dentro das torres, informa a Broadcasting & Cable [28/5/02]. O programa, que deve passar em horário nobre, será produzido em parceria com o USA Today e se baseia em uma reportagem de dezembro do jornal, na qual, por meio de fotos, plantas arquitetônicas e depoimentos, se calculou quantas pessoas sobreviveram nos edifícios em 11/9. "Com animações podemos mostrar como pareceu para as pessoas lá dentro", afirma Paul Friedman, vice-presidente executivo da ABC. "Conseguimos centenas de histórias individuais e poderemos demonstrar vários cenários".

Em 1/6 voltou ao ar o Canal 6, emissora russa independente que fora fechada em janeiro em processo controvertido que gerou preocupações com relação à liberdade de expressão no país. O canal, que agora se chama TVS, mantém muitos jornalistas oposicionistas que compunham sua equipe, embora entre seus novos donos estejam empresários situacionistas e o ex-primeiro-ministro Yevgeni Primakov, aliado do Kremlin. Antes, a emissora fazia parte dos veículos do empresário exilado Boris Berezovsky, inimigo do presidente Vladimir Putin. No começo do ano, um acionista do canal ligado ao governo entrou na Justiça reclamando de suposta insolvência da empresa, o que possibilitou que fosse fechada. Em maio, uma corte determinou que o fechamento havia sido ilegal, reporta a BBC News [1/6/02].