Tuesday, 23 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Wilson Silveira

GOVERNO LULA

“Planalto imita Sarney e FHC e deve lançar programa de rádio para Lula”, copyright Folha de S. Paulo, 27/08/03

“O Palácio do Planalto e a Radiobrás preparam-se para lançar, provavelmente no mês que vem, um programa de rádio para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trata-se de uma nova versão do ?Conversa ao Pé do Rádio?, lançado pelo ex-presidente José Sarney (85-90), que se tornou ?Palavra do Presidente? nos governos de Fernando Henrique Cardoso.

?O novo programa vai ter uma abordagem mais popular, vai seguir o estilo do presidente?, disse o jornalista Luiz Henrique Romagnoli, dono da produtora de rádio Toda Onda Comunicação, de São Paulo, que está sendo contratada para produzir o programa em parceria com a Radiobrás.

Romagnoli foi escolhido por ter trabalhado com Lula no rádio. Ele fez a campanha vitoriosa do então candidato petista no ano passado e já tinha feito outros trabalhos para o PT que contaram com a participação de Lula.

A Radiobrás vai realizar a contratação sem licitação, com base em parecer jurídico que aponta, entre outros pontos, a ?natureza singular? do contrato e a notória especialização da empresa. Além disso, segundo o presidente da Radiobrás, Eugênio Bucci, trata-se de um contrato de pequeno valor (R$ 5.000 por mês).

A intenção da Radiobrás é capacitar-se para produzir ela própria esse programa no futuro. No governo anterior, a produção do programa era inteiramente terceirizada. O contrato da Presidência com a empresa que o produzia era de R$ 300 mil por ano, mas a Radiobrás não soube informar se incluía outros produtos além do ?Palavra do Presidente?.

Nem o nome nem a periodicidade do programa estão definidos. Pode continuar a ser semanal ou tornar-se quinzenal. Estão em estudo nomes como ?Conversa com o Presidente? e ?Horário do Presidente?.

A idéia é que o programa seja transmitido voluntariamente por mais de 700 emissoras de rádio de todo o país, em horário nobre (das 7h às 8h da manhã). Nesse horário, segundo os idealizadores do programa, atinge-se um público amplo, da classe A à E.

Romagnoli disse que o programa vai ser mais dinâmico que seu antecessor e que deverá utilizar o formato de entrevista.

O presidente, segundo Romagnoli, tem uma facilidade muito grande de se comunicar pelo rádio. ?Ao contrário da televisão, no rádio se consegue estabelecer um tom de conversa com o ouvinte. Vai ser uma conversa direta com o público?, disse.

Quanto à abordagem dos temas, disse que o tratamento será diferente do que é dado pela mídia. ?No caso da reforma da Previdência, por exemplo, o noticiário se atém a alguns aspectos, como a disputa política. Nós vamos trocar em miúdos as mudanças para a população?, disse ele.”

“?Exclusiva, sim, mas sem privilégio?”, copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br), 1/09/03

“O assessor de imprensa da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica (Secom) da Presidência da República, Maurício Lara, defendeu nesta sexta-feira (29/08), em São Paulo, a realização de entrevistas exclusivas como opção do governo na divulgação de determinadas pautas. ?Você tem que medir o benefício. Eventualmente você pode ter um assunto que vai ser muito melhor aproveitado na exclusiva do que na coletiva. Um outro pode ter mais cara de coletiva. Ou você fala: isso não vai dar matéria, você tem que fazer um anúncio pago?, disse, em resposta a uma pergunta de uma participante do 3? Congresso Brasileiro de Comunicação no Serviço Público.

A congressista quis saber se as exclusivas não seriam sinônimo de um privilégio questionável, concedido por um governo que deve democratizar e garantir o livre acesso à informação. ?Você tem que ter uma capacidade de avaliar isso e evitar a idéia de exclusiva como sendo privilégio. Pode-se trabalhar com isso de uma forma saudável e parcimoniosa. Você não pode dar sempre exclusiva para o mesmo veículo?, ressalvou o assessor.

Lara também foi questionado sobre como reagir à diferença de opinião entre os integrantes do governo, como nos comentários conflitantes do presidente Lula e do vice José Alencar. ?É trabalhar para saber como aquilo pode fazer menos mal, como imagem, em uma situação qualquer?. O assessor disse que é preciso se acostumar com as divergências internas. ?As pessoas pensam diferente mesmo. Articular um discurso não significa implantar um discurso único. Isso é ditadura?.”

“Governo vai lançar site para divulgar o dia-a-dia de Lula”, copyright Cidade Biz (www.cidadebiz.com.br), 1/09/03

“A partir da próxima semana, a Presidência da República terá um site para divulgar o dia-a-dia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A experiência é inédita. O objetivo da Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto é facilitar o acesso a informações referentes às ações do Poder Executivo.

O trabalho está sendo elaborado por 10 jornalistas da Presidência da República que trabalham no 1? andar do Palácio do Planalto, no comitê de imprensa ?Sala de redação jornalista Carlos Castello Branco?.

O site e o comitê serão inaugurados no dia 10, às 19h00, em uma cerimônia que contará com a presença do presidente Lula e ministros.

O site vai divulgar desde informações como a agenda do presidente a previsão de eventos e viagens por semana, fotos, como também vai reunir a memória do governo Lula desde o dia da posse em 1? de janeiro deste ano. O endereço da página será www.info.planalto.gov.br.”