Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

A imprensa como ‘guardiã do poder’

‘Nenhum jornalista pauta conscientemente os seus textos pelos interesses das grandes corporações. Ainda assim, por um processo darwinista de seleção, os dissidentes, embora sobrevivam em bolsões, jamais chegam a tomar decisões editoriais ou escrever colunas regulares.’

‘Jornalistas raramente tomam a iniciativa de ir atrás das notícias. Eles permitem que grupos de pressão, companhias, sindicatos, políticos e, acima de tudo, governos definam a agenda (do que é ou não notícia). Organismos oficiais são tratados como fontes-padrão de informações.’

Esses dois contundentes comentários são do inglês Peter Wilby. Ele parece saber do que está falando. São passagens da resenha que escreveu para a revista New Statesman sobre o livro Guardians of power: the myth of the liberal media (Pluto Press, 241 páginas, £ 14,99).

‘Todo jornalista deveria lê-lo’, argumenta Wilby, ‘porque os autores construíram uma avaliação (da imprensa) que clama por uma resposta’.

A resenha é convincente. Fica a dica.