Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

discurso do ódio

A Corrupção da Linguagem

Em tempos de restrição máxima, saí de casa para comprar comida e reparei, em várias lojas fechadas, cartazes escritos a caneta onde se lia variações da frase “Todo serviço é essencial para quem vive dele”. O bordão, que tem sido usado por pessoas para contestar as medidas adotadas por governadores, faz parte de um arsenal […]

A disseminação do preconceito

Em meados do século passado, a filósofa Hannah Arendt cunhou a expressão “banalidade do mal” para ilustrar a maneira como determinadas ideias de ódio se disseminaram na sociedade alemã durante o regime nazista. Todavia, a eminente pensadora jamais imaginaria que, décadas mais tarde, com o advento das redes sociais, o mal seria banalizado a níveis […]

Ideias lacradas ou mera briga de foice?

No populário brasileiro, nenhuma briga pode ser mais encarnecida do que a briga de foice. Trata-se de uma espécie de escaramuça peculiaríssima na qual ninguém invoca o bom senso. As regras, se haviam, foram previamente inutilizadas pelos contendores e o único limite aceitável, já que não há outro que seja conhecido, é o da decapitação […]

O discurso do ódio no debate científico na Web

Ignácio Amigo é um cientista e divulgador científico espanhol que mora no Brasil. Ele tem, na suas próprias palavras, ”o péssimo hábito de ler os comentários dos artigos”. No seu texto “The Science behind online hate” publicado no site britânico The Canary, Amigo expõe explicações possíveis da hostilidade de uma parcela do público digital e […]

Jornal inglês pesquisa o lado sombrio dos comentários na internet

Como parte de uma série de matérias sobre o fenômeno global da perseguição online, cada vez mais intensa, o Guardian encomendou uma pesquisa dos 70 milhões de comentários deixados em seu site desde 2006 e descobriu que, entre os 10 autores de comentários mais ofensivos, oito são mulheres e os dois homens são negros. Leia […]

A responsabilidade dos formadores de opinião

A crise por que passa o Brasil é profunda. Além dos óbvios aspectos político e econômico, há algo também na esfera da moralidade social que preocupa. A cultura da militância virtual ao mesmo tempo em que turbinou a participação política também ajudou a tirar das sombras o que há de mais tenebroso em nosso comportamento […]

Como lidar com o discurso do ódio em transmissões ao vivo

No ano de 2015, o discurso do ódio tornou-se uma das principais preocupações da mídia jornalística. A propaganda violenta produzida por terroristas, a linguagem vulgar, usada por políticos populistas, e o jornalismo intolerante praticado por pessoas como a colunista Katie Hopkins, do Daily Mail, sobre os imigrantes e a crise dos refugiados põem os jornalistas […]

O papel dos jornalistas no combate à intolerância e o discurso do ódio

Um ano após o ataque terrorista ao Charlie Hebdo em que 12 pessoas foram assassinadas – a maioria delas, jornalistas – o semanário satírico ainda é uma fonte de confusão e controvérsia em relação aos direitos de livre expressão. No ano de 2015, ações terroristas por extremistas islâmicos – mais recentemente, no Líbano, no Egito, […]

A narrativa do estranhamento contra a banalização da violência

O conceito de estranhamento (ostraniene), elaborado pelo crítico literário russo Viktor Chklovski (1893-1984), relaciona-se a um efeito de distanciamento do modo comum, capaz de romper com a percepção automatizada do cotidiano, levando a uma nova configuração de percepções, de entendimentos, que no processo da arte seria o de singularização dos objetos, cuja finalidade é dar […]

A responsabilidade da imprensa

Uma fotomontagem em que a presidenta Dilma Rousseff aparece de pernas abertas, na boca de um tanque de automóvel, jogou mais combustível na fogueira de ódio e insensatez que se espalha por todo o país. A imagem é chocante e não ofende apenas a mais alta autoridade do país, mas todos os cidadãos e, principalmente, […]

Sobre os crimes de ódio

É curto o passo entre a violência simbólica do estigma e a passagem ao ato violento. As condições psicossociais – antipatia, aversão, tolerância hipócrita, ódio confesso – já estão sempre dadas tanto no caso americano quanto no brasileiro.

Xenofobia política

O ódio de classe decerto tem a ver com a gana de varrer o PT da cena. Foi o que alimentou – até desembocar no golpe de 1964 – o antigetulismo que levou o ex-ditador a se suicidar 10 anos antes.