Thursday, 18 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Anarquia de mercado, anarquia de costumes

Tenho considerado que a anarquia de mercado – pelo fracasso da autorregulação – conduz à anarquia de costumes. Mas, observem, não sou exatamente um conservador, um ‘fascista’. O adjetivo é conferido àqueles que são ‘chauvinistas’, tirânicos e racistas. E eles não são sempre conservadores ou puritanos.

Recentemente, alguém me disse que o que há não é uma subversão de valores, mas uma mudança deles. Eu não concordaria. Se nos reportarmos à revolução sexual reichiana, embora literatura ainda do século 20, (hoje se escreverão livros como então?), veremos que ela não coincide com uma anarquia sexual. E, Reich, que foi marxista, encontrava que o trabalho e o orgasmo, ambos responsáveis, deviam ser priorizados.

Dia desses assisti a parte do Big Brother Brasil. E notei que, entre os participantes, há um(a) transexual. Enquanto psiquiatra ( ou anti-psiquiatra?) achei a escolha muito importante. Porque – perdoem-me! – eu diagnostico o transexual como uma ‘passagem à ação’ na fantasia de castração dos cinco primeiros anos. Talvez exista mesmo nesses casos uma esquizofrenia latente associada a grave e regressiva ambivalência. Por outro lado, o falus é o ator mais importante no pornô, sendo como que ‘castrado’ no erótico.

Juntas as duas coisas, predomina a ‘castração’.

Ali se incluiu uma ‘normalidade’!

Hoje, quando, após a decisão irresponsável – e mesmo criminosa – da OMS de considerar a homossexualidade normal, a perversão se espalhou pela categoria social. Temo que aumente a homofobia, não a diminua. Mesmo o SUS estaria a operar transexuais, envolvendo-se com a ‘passagem à ação na castração’ do que eu entenderia doentes e doentes graves! Acho que tal sintoma ainda é mais escandaloso do diagnóstico que a adoção de crianças por casais de homossexuais.

Os médicos que fazem tais cirurgias, embora apoiados por instituições legais, estariam perpetrando um crime muito grave em relação à comunidade e à ética médica.

Já escrevi sobre a pedofilia e a Igreja e, na ocasião, perguntei-me porque ela não processa a OMS. Mas talvez a Igreja tema tal processo e ele deva ser feito por algum tribunal internacional.

Não sou homófobo. Penso nesses doentes, inclusive tendo em mente o meu juramento hipocrático, que me parece esquecido por tantos. Meu Deus! Será que não se vê, e ainda expõe no Big Brother Brasil, uma criatura andrógina, cromossomas de um sexo e comportamento de outro, quando é um caso doloroso doença psíquica? No picadeiro dos circos, há toda sorte de morbidades, mas enquanto anomalias. No caso, não. Ali se incluiu uma ‘normalidade’! Qual é o apelo, consciente ou não, que há em tal espetáculo ? Provavelmente as reformas socialistas. Pode ser paradoxal, mas como ter uma família humana e madura, ou uma religião verdadeira, na estrutura anarquista do livre mercado? A alternativa do socialismo com uma anti-utopia tecnocrática, também não vai resolver. A perspectiva não seria muito pior?

É de estarrecer o que se está deixando para as nossas crianças. E encontra-se no cerne do desvelamento histórico do logos: anarquia. Finalmente esclarecida em seu conceito, é essencialmente, a anarquia de mercado!

Não seria assim?

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Médico, Rio de Janeiro, RJ