Saturday, 20 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

A experiência em ‘high definition’

Em algumas regiões se fez a imagem, o sinônimo da modernidade. Trouxe a luz da inovação pelo ar. A cultura e a riqueza dos Brasis engatinham em termos evolutivos. Abriram-se portas para as modificações das comunidades e academias. Nasce o moderno e fica entre linhas o áudio, dando lugar às telas em ação. As indumentárias são reveladas, as bocas falantes são expostas aos deslumbrados olhares dos hipnotizados pelo portal do conhecimento.

A missão foi dada. Divulguem! Propague-se o conhecimento e a cultura! Viva a educação! Muitas propagam… Cumprem a ferro e fogo o dever de se debruçar sobre os lares, a informação e o ensino. Por isso, se tornam heroínas, salvadoras almejadas das grades de programações. Há regiões onde as públicas foram as precursoras a soprarem os bons fluidos da cultura. E parece que é sina. O sinal da educação é sempre dificultoso e chuviscado – nem mesmo por ondas eletromagnéticas a luz do sol da instrução pode brilhar infinitamente radiante. Os recursos são poucos e mesquinhos para dar limpidez à suprema sabedoria.

Desafio sempre presente

E, como velhas moribundas e desalojadas, se arrastam no outro século desfalecendo em meio a uma concorrência que não existe. O que há é a dificuldade de se manter de pé num país em que a educação – e sua propagação em alta definição – é deixada em últimos planos nos corredores de votação. Doentes das pernas voltam a engatinhar na convicção de não serem mais as precursoras, pioneiras para uma experiência high definition. Agora as dificuldades se tornaram digitais, e a sobrevivência incerta.

Como poderá uma velha dar um salto se as pernas tremem? Suavizemos o nosso saltitar. Não chegam as casas: a cor, o tamanho, a nitidez da montanha, que telas educativas veem à frente. Vemos montes, serras, planícies e suas peculiaridades desvendadas em doc. Saltamos e vamos de encontro às danças, aos livros dos entrevistados… A academia se mostra à sociedade.

Assim o Brasil faz Televisão Educativa. Qualidade incontestável e anos a fio cruzam as fronteiras do pequeno país alfabetizado. O grande desafio está sempre presente: conseguir sair da corda bamba e superar os mata-mouros.

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Francisco Júlio Xavier é estudante de Jornalismo