Thursday, 28 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

José Carlos Abrantes

‘Finalmente o DN tem um novo site. Um visual renovado e potencialidades acrescidas permitem uma consulta mais rápida e mais eficaz. Logo no início da minha actividade, em Maio, um leitor, António Pereira, questionou: ‘Venho manifestar-me pela qualidade do site do jornal, que, na minha opinião, está longe da qualidade do DN.’ Face às informações que então me foram prestadas respondi que ‘em Junho teremos novidades’. Mas a solução arrastou-se, pois a inovação tem sempre fortes resistências. Alguns jovens foram dizendo que o visual do site então existente era demasiado rígido. Investigadores dos media fizeram chegar a sua perplexidade por não conseguirem, durante tanto tempo, ter acesso a textos que precisavam para os seus estudos. Na sexta-feira passada o leitor Pedro Serrano escreveu: ‘Gostaria de saber por que motivo foram retiradas da versão online do jornal, de algumas semanas a esta parte, as crónicas de Vasco Pulido Valente. Este facto parece-me bastante estranho, especialmente tendo em conta que as restantes colunas de opinião se mantêm disponíveis online. Gostaria que esta situação fosse normalizada, uma vez que este é um dos principais motivos que me levam à vossa página.’

Informei o leitor de ‘que também as minhas crónicas estiveram algumas semanas sem aparecer na Internet e que, nalguns dias, verifiquei que outras colunas de opinião também não eram inseridas. Não se tratou, pois, de caso único. A explicação que me foi dada teve sempre como pano de fundo a substituição do site do DN por um novo, o que se arrasta desde Junho, pelo menos. Ora o novo site está em funcionamento desde quinta-feira, dia 21 de Outubro, e espero que tais anomalias deixem de se verificar. Infelizmente, Vasco Pulido Valente deixou o DN, segundo notícias recentes’.

O arranque do novo site, pelo grafismo inovador e pela maior rapidez de consulta, acrescenta novas potencialidades na difusão planetária do DN. E será bom não esquecer esta dimensão. Em qualquer ponto do globo, um português (ou falante de português) pode aceder à informação assim disponibilizada. Posso dar como exemplo a leitora Barbara Terseglav: ‘Como é que é possível, no novo site, ouvir a rádio em directo, não vejo onde clicar? Sempre leio as notícias e depois escuto a rádio, o que me é muito útil porque moro longe de Portugal, na Eslovénia.’ À leitora foi aconselhado, por Miguel Gaspar, responsável do site, a escuta da TSF, mas a existência de um link (ligação) para a rádio referida, mesmo para outras publicações do grupo, parece defensável.

O novo site contribuirá também para uma maior aproximação mesmo aos leitores que compram o jornal, pois alguns precisam de armazenar informação ou de a trabalhar a partir da Net. Outros podem tornar-se ‘amigos’ da informação e da opinião do DN pela consulta online, se esta for mais fácil e de melhor qualidade, como parece ser nas primeiras impressões. Mas a necessidade de evoluir exigirá uma atenção permanente a modificações, adaptações e correcção de eventuais falhas, apesar de o período de teste ter resolvido as maiores deficiências. Ou seja, os investimentos da direcção, da equipa que gere o site e dos jornalistas terão que ser contínuos e exprimir a maior cooperação e solidariedade. Haverá porventura funcionalidades que não estarão contempladas e que, em novas fases, deverão ser implementadas. O grupo em que o DN está inserido não deixará de colocar como objectivo o de liderar na excelência dos sites dos seus órgãos de comunicação social, por razões óbvias. Neste aspecto não poderá valer o ditado popular ‘em casa de ferreiro espeto de pau’. Será preferível que um outro, ‘candeia que vai à frente alumia duas vezes’, seja eleito, o que parece ter sido seguido agora. Essa atitude potenciará certamente as múltiplas vontades de inovação também existentes para a consolidação e expansão do jornal impresso. Não tenho dúvidas de que a nova versão foi um esforço muito profissional, sério, difícil e que terá resultados positivos na imagem pública do DN, sobretudo na captação dos mais jovens, uma das fontes mais importantes de renovação das audiências da imprensa, em geral e, em particular, deste jornal.’