Tuesday, 19 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1279

Mara Gama

‘O site ‘Última Instância’ fez a matéria e o UOL está dando chamada, nesta quinta, 18 de dezembro, desde cerca de 18h40: ‘Presa há mais de 50 dias, pichadora da Bienal consegue liberdade’. Segundo a imagem anexada no texto da reportagem, o despacho é das 17h59m01.

A julgar pelos horários registrados nos textos publicados pelos demais portais -poucas ainda agora, 19h54- o UOL deu a notícia antes que a concorrência.

Reproduzo aqui a abertura do texto do ‘Última Instância’, que, por sinal (uma falha, no meu entender), não insere horários de publicação em seus textos:

‘A 14ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) concedeu nesta quinta-feira (18/12) liberdade provisória para a estudante Caroline Pivetta da Mota, presa há mais de 50 dias após ter pichado o andar vazio da 28ª Bienal de Artes de São Paulo. O pedido já havia sido negado pelo relator do caso, desembargador Fernando Matallo. Segundo movimentação processual, em análise pela Câmara do tribunal, a maioria dos desembargadores concedeu a liberdade com a condição de que Caroline compareça a todas as etapas do processo. De acordo com a assessoria de imprensa do TJ paulista, o alvará de soltura da jovem deverá ser expedido imediatamente. A defesa da pichadora entrou nesta quinta com um habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Sob a relatoria da ministra Laurita Vaz, o pedido ainda não foi analisado.’

Pois, apesar de ter uma informação nova nas mãos, a Redação manteve na home page do UOL e na home page de UOL Notícias links simultâneos para o texto do ‘Última Instância’ e para material da ‘Folha Online’, publicado as 17h15, com o título: ‘Pichadora da Bienal será ouvida pela Justiça em fevereiro de 2009’.

Segundo o texto, ‘a pichadora gaúcha Caroline Pivetta da Mota, 24, teve sua audiência pública marcada para 17 de fevereiro de 2009, a partir das 13h30. Caroline foi uma das visitantes da 28ª Bienal de São Paulo que, no dia 26 de outubro, pichou as paredes do prédio projetado por Oscar Niemeyer, no parque Ibirapuera –o grupo de pichadores também quebrou uma vidraça. Ela está encarcerada há mais de 50 dias. (…) Caroline permanece presa na Penitenciária Feminina de Santana (zona norte de São Paulo) (…).

O texto da ‘Folha Online’ indica que uma ação estava em curso:

‘Hoje, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) recebeu pedido de habeas corpus para soltar Caroline. Caroline já trocou de defesa três vezes e teve dois pedidos de habeas corpus negados –ela aguarda resposta para um outro pedido de liberdade provisória’. E termina com a informação sobre um protesto marcado para amanhã, sexta, pela libertação da pichadora.

Mas, quem passou pelo UOL durante este intervalo de tempo -das 18h40 até as 19h15- ficou sem saber: a pichadora será solta mesmo? Está presa ainda?

Questionada sobre a contradição, a Redação admitiu que errou em manter destaque para os dois textos e retirou o link da reportagem que ficara desatualizada.

Informou também que a reportagem do UOL fará plantão para acompanhar a saída da estudante da prisão, o que deve ocorrer provavelmente amanhã (sexta, 19) cedo.

16/12

Sobre o fim do pop-up

O internauta Felipe escreveu para a ombudsman sobre o fim dos pop-ups de publicidade no UOL, anunciado pelo portal para janeiro de 2009 e tema de um post neste blog.

‘Será que com o fim dos pop-ups agora não teremos mais escolha de ficar sem ver publicidade? Agora toda vez que abrirmos o UOL veremos aquela janelinha chata de propaganda em html que sempre nos atrapalha? Se for assim, eu acho uma tremenda falta de respeito com o assinante.’

O leitor Carlos agradeceu a iniciativa: ‘Parabéns, custou, mas antes tarde do que nunca. A partir de agora, acredito que o UOL é um servidor que respeita seus usuários, porque esses pop-ups representam uma invasão indesejada, estressante. Quebra toda a alegria quando se acessa uma página bem feita, bem distribuída, de excelente qualidade, como é o caso do UOL.’

O internauta Castaldelli sugeriu indiretamente: ‘Se no dhtml ainda houvesse um padrão do comando ‘fechar’ sempre no canto superior direito e bem visível, poderia dizer que ficaria menos pior’. Segundo ele, a falta de padrão tende a ‘confundir e irritar o internauta’, pois ‘o tempo que se perde localizando o comando para fechar é o tempo de exposição do anúncio dhtml’.

E cobrou da ombudsman: ‘Só falta aqui a ombudsman apoiar essa prática. Será?’.

Acho que é cedo para dizer. O fim dos pop-ups me parece boa notícia. Como ficará a experiência da navegação só com os anúncios em dhtml? Vou esperar para ver.’