Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Mara Gama

‘Internautas criticaram a formulação da manchete que esteve na home page do UOL na tarde desta terça-feira, 27: ‘Explosão rompe trégua; Israel ataca faixa de Gaza’.

‘Quando a imprensa vai ser isenta e não tendenciosa? A manchete: ‘Explosão rompe tregua; Israel ataca Faixa de Gaza’, é uma boa forma de enganar o leitor quando começa a falar sobre esta ação de Israel e seus danos, e só após, e de uma maneira pouco clara, fala que isto foi uma resposta a um ataque a Israel pelo Hamas, que matou um soldado israelense e feriu outros quatro’, escreveu George.

O leitor Diego também criticou e sugeriu nova formulação:

‘Tal manchete apenas piora a sensação popular de que se deve odiar Israel. Espero que esta não tenha sido a idéia, mas pelo menos uma reformulação da frase deveria ser feita. Que tal ‘‘Palestinos rompem trégua; Israel responde’’? Talvez assim, pelo menos, a incitação ao ódio barato contra Israel perca forças’.

Considero que a manchete não resumia corretamente o título de página interna, publicado pelo UOL: ‘Após rompimento de trégua, Israel lança ataque aéreo sobre Gaza’.

O título interno separa claramente as duas situações.

O texto dizia: ‘Tropas israelenses entraram nesta terça-feira no início da tarde no sul da faixa de Gaza, a leste de Khan Yunes e, segundo testemunhas, abriram fogo contra uma fazenda. A nova ofensiva foi iniciada após a morte de um soldado israelense de patrulha pela manhã na fronteira, em ataque que marcou a interrupção do cessar-fogo na região.’

O assunto é delicado. A trégua e a interrupção da trégua fazem parte do conflito. As partes querem o apoio da opinião pública.

Pedi um comentário sobre as críticas dos leitores para a editora da home page, Bruna Monteiro de Barros:

‘O UOL não possuía elementos que afirmassem que a explosão havia partido do Hamas, por isso optou por citar a explosão como responsável pelo fim da trégua, escrevendo em outra sentença que Israel havia atacado a faixa de Gaza. Se tivesse a intenção de ligar um fato ao outro, a manchete seria ‘Israel rompe trégua e ataca a faixa de Gaza’.’

Entendo o procedimento de feitura da manchete, e as precauções estão corretas. Mas o resultado não foi adequado. É preciso redobrar os esforços para evitar títulos imprecisos.

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E-mail (27/1/09)

De agosto a dezembro de 2008, a ombudsman cerca de 100 mensagens sobre as mudanças no e-mail do UOL.

A maior parte delas foi respondida com informações obtidas junto à equipe responsável.

Os assinantes que tinham problemas pontuais foram orientados a entrar em contato com o SAC, para atendimento personalizado.

Publiquei no blog informações que serviam a um grande grupo de usuários, baseada nas queixas mais frequentes.

Esta semana, recebi mensagens de internautas questionando em que medida as queixas do público são levadas em conta pela equipe técnica responsável.

Pedi ao gerente geral que cuida desta área, Ricardo Fotios, que fizesse um balanço sobre a participação do público no desenvolvimento do sistema, desde o início da migração das contas de e-mail, em agosto de 2008, até agora.

Segue a resposta de Fotios:

‘Desde a primeira versão, o novo webmail do UOL se baseou em mensagens do público e em testes de usabilidade para prover vários recursos e melhorias em relação ao webmail anterior, dos quais destaco:

* Possibilidade de marcar mensagens como lidas e não-lidas;

* Possibilidade de formar grupos de contatos;

* Função ‘clique e arraste’ para todas as pastas, incluindo a de contatos;

* Área maior para abertura de mensagens, sem a coluna de Links Patrocinados à direita;

* Armazenamento automático de mensagens enviadas;

* Armazenamento automático de contatos;

* Acesso especial para celular.

Além destas melhorias, com o passar do tempo de utilização, o público nos comunicou erros e nos deu sugestões que já foram corrigidos/atendidos ou estão priorizados no plano de ação para o webmail, como:

* Erro de acentuação em algumas mensagens – o público relatou em setembro/08 e no mesmo mês foi corrigido;

* Erro ao anexar alguns arquivos, como pdf e ppt – o público relatou no final de setembro/08 e foi corrigido no mês seguinte;

* Lentidão total no sistema – o público vem nos ajudando constantemente a melhorar a performance da plataforma;

* Erro ao encaminhar alguns tipos de anexos – corrigimos em vários casos e outros ainda estão sendo corrigidos;

* Possibilidade de alternar entre o layout antigo e novo sem ter de fazer nova autenticação – entregamos em dezembro/08;

* Melhoria da diferenciação de mensagens lidas e não lidas – já entregamos um ajuste, mas como ainda há reclamações, voltamos a trabalhar nisso para verificar;

* Aumentar fontes em toda a plataforma – Entregamos em dezembro/08, inclusive para impressão.

* Melhoria no funcionamento de contatos – alguns usuários encontravam dificuldade para gerenciar seus contatos no novo webmail e, por esta razão, entregamos na última quinta-feira (22) a seção refeita, com melhorias sensíveis na usabilidade, incluindo organização e auto-completar pelo apelido e envio de cópia oculta sem a necessidade de preencher o campo ‘para’. No Grupo de Discussão do webmail, o público aprovou a mudança em contatos, mas pediu melhora na paginação, que será disponibilizada na primeira semana de fevereiro.

* Corretor ortográfico em mais idiomas – também adiantamos esta questão no plano de ajustes por causa da demanda dos usuários. Entregamos na última semana corretores em inglês, espanhol, italiano, francês e alemão.

Ainda estão para ser implantadas:

* Organização de mensagens por remetente, assunto, tamanho e data. Atualmente a plataforma organiza as mensagens apenas por ordem de chegada;

* Melhoria na apresentação de mensagens do sistema – alguns usuários reclamam que não conseguem ver as mensagens do sistema, que ficam no alto da tela. Estamos promovendo um estudo de usabilidade para melhorar esta área;

* Prover acessibilidade para deficientes visuais – usuários reclamam da falta de mecanismos para leitura por deficientes visuais e já estamos avaliando as possibilidades de mercado para resolver o problema;

* Usuários pedem integração com mensageiro instantâneo – previsto desde o início do projeto, o recurso será priorizado por causa do apelo do público.’

Sem registro para o ano do boi

Segunda, 26 de janeiro de 2009, começou um novo ano para o calendário chinês.

Para o horóscopo chinês, começou o ano do boi, ou búfalo. Apesar de ter uma estação inteira dedicada a Horóscopo, com link em sua home page, o UOL não trouxe chamada ou registro sequer sobre o assunto, para o público interessado.

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Pouco destaque às novidades (26/1/09)

Por acaso, no fim de semana, vi uma chamada sobre a estreia de um blog sobre gastronomia na home page de UOL Estilo.

Trata-se do blog da chef Carla Pernambuco, que já existia fora do UOL e passou a fazer parte do conteúdo do portal.

Para quem gosta do tema, o blog traz assuntos interessantes, receitas e boa atualização.

Senti falta de divulgação da novidade no próprio UOL. Não há registro nas páginas de Notícias sobre o UOL ou Centro de Imprensa.

E o blog não está nas listas de blogs do UOL.

Na página de blogs de Estilo não há link e nem na página de blogs de Entretenimento.

E nem na página de blogs de Notícias, que lista também alguns dos blogs de Entretenimento.

Seria melhor ter menos páginas e deixá-las sempre atualizadas.

Diretoria de Publicidade fala sobre o fim dos pop-ups

O UOL extinguiu os pop-ups como forma de publicidade no início de janeiro. Leitores continuam a reclamar por e-mail para a ombudsman sobre a nova forma de propaganda adotada, que teria a desvantagem de não ser fechada pelos anti pop-ups.

‘Quando o UOL informou em 15/12/2008 que baniria os Pop-ups em sua publicidade, fiquei satisfeito (http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/12/15/ult23u2650.jhtm). Finalmente vão acabar com aqueles anúncios irritantes que entram inadivertidamente na tela, sem nossa autorização e impedem ou atrapalham nossa navegação, nos fazendo até mesmo ficar com raiva do anunciante! Como o próprio UOL definiu: ‘‘intrusivo e irritante’’. Mas, passado algum tempo, veio a decepção. Lógico que o UOL baniu o uso do pop-up, pois passou a utilizar outro elemento, um tal de dhtml, e que se comporta da mesma forma que o antigo, irritando, atrapalhando a navegação e tudo mais que isso acarreta. A única diferença é que não abre outra janela… mas atrapalha da mesma forma. Assim sendo, gostaria de aproveitar esse espaço para criticar o UOL por essa atitude e sugerir que também pare de utilizar esse pseudo pop-up que, em suma, é a mesma coisa que o anterior’, escrever Alexsandro.

‘Gostaria de saber de você a respeito das janelas DHTML, que foram recentemente comentadas pela Ombudsman. Houve algum avanço? Os diretores do UOL farão algo a respeito? Sei que a maioria dos assinantes é contra, apesar de muitos manterem silêncio. por favor, volte a comentar o tema no blog’, pediu Felipe.

A ombudsman levou todas as mensagens recebidas sobre o tema ao conhecimento da Diretoria de Publicidade e pediu uma posição da empresa. Segue a resposta do diretor Enor Paiano:

‘O pop-up é um formato publicitário bastante tradicional na internet, onde uma nova janela de navegador se abre sobre a tela do computador e fica ativa até que o usuário a feche. Este formato foi o responsável pelos melhores retornos para os anunciantes por cerca de dez anos, apesar das reclamações de parte dos internautas, que se queixavam de ter de fechar as janelas de propaganda. O UOL neste ano decidiu abandonar o formato pop-up, e os anunciantes acabaram migrando para um formato que o UOL utiliza desde 2002, o dhtml. Este formato difere do pop-up pois ele fecha automaticamente, sem necessidade de ação do internauta. O fechamento acontece depois de um período máximo de 12 segundos (pode ser menos se o computador ou a conexão forem lentos). Além disso o dhtml só é mostrado uma vez por sessão – enquanto o internauta continuar com o navegador aberto, voltando outras vezes para a mesma página ele não verá mais a propaganda.’

Segundo a Diretoria de Publicidade, não há planos, no momento, de extinguir a comercialização de anúncios em formato DHTML.’