Thursday, 18 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1283

Marcelo Beraba

28/06/2004‘Pesquisa eleitoral do Datafolha em São Paulo e um balanço dos dez anos do real são os destaques da Folha no DOMINGO. ‘O Globo’ também investe no balanço do real. A Folha avalia que o Plano Real bateu a inflação, ‘mas não a injustiça’; o ‘Globo’ acha que ‘crescer ainda é o desafio’.

O ‘Estado’ veio com denúncias fortes de corrupção: ‘Máfia dos combustíveis frauda, corrompe e faz ameaças de morte’ (é a manchete, baseada em gravações telefônicas); ‘Golpe com viagens no Itamaraty pode passar de R$ 100 milhões’ (é a submanchete, investigação da Polícia Federal).

Se a principal notícia é a que mais mexe com a vida (e o bolso) dos leitores, não vi notícia mais importante neste domingo do que o artigo que abre a coluna do Elio Gaspari na Folha e na rede de jornais que a publica:

‘O trabalhador vai pagar o impoto da sobrevida’. Segundo Gaspari, o governo federal elevou a expectativa de vida do brasileiro (com base nos dados do IBGE) e, com isso, o INSS mudou os prazos de aposentadorias.

Significa dizer mais tempo de trabalho para se aposentar e aposentadorias menores. ‘Criou-se um tributo sobre a esperança de viver’, resume. É uma notícia que diz respeito a todos os trabalhadores, de qualquer nível.

Deveria ter sido pelo menos repercutida nas edições de segunda-feira dos jornais que publicam a coluna. Não encontrei nada.

DOMINGO

Investimentos

O jornal de domingo está bem de colunas, artigos, pesquisas, estudos e balanços. Está pobre de reportagens e histórias.

Há uma boa e solitária reportagem, em Mundo, na página A22: ‘Clandestino’, o relato de uma jornalista brasileira entre brasileiros em situação ilegal que buscam trabalho no Reino Unido. É um relato pessoal, detalhado, que prende do começo ao fim.

Há várias reportagens que poderiam ter rendido mais, seja no texto, seja na apuração. Um exemplo é ‘Jornalista-babá faz boleiro surgir e sumir’, em Esportes, pág. D6. É uma pauta bem escolhida. O assunto é novo, mal explorado, um tabu entre os jornalistas porque não trata apenas de negócios e imagem, mas de ética. Com tantos personagens e casos à disposição, a reportagem poderia ter fugido do tom relatorial e declaratório para construir histórias que fariam o texto mais fácil e mais contundente. De qualquer modo, é um grande assunto. A história do repórter da rádio Nove de Julho que cobre o Palmeiras e assessora sete jogadores do clube é um escândalo.

A capa de Cotidiano (‘SP cresce 6 vezes mais em fronteira urbana’) é uma boa tentativa de dar vida a um estudo frio. A abertura foge dos números (o título não consegue), leva o leitor para a periferia da cidade, mas a edição depois se rende ao nosso modelo de ‘reportagem’: números de um lado, opiniões e análises (‘Para ministério, é preciso gerir metrópole’) do outro, e ambiente e personagens separados (‘Nem Céu tem endereço próprio para correspondência’).

Brizola

A morte de Leonel Brizola foi o assunto mais comentado pelos leitores na semana passada, segundo levantamento do Painel do Leitor publicado no domingo (A3). Nem assim a Folha se dispôs a fazer um editorial (a favor, contra ou muito pelo contrário) sobre a obra política do velho caudilho.

Pesquisa eleitoral

Como a Folha não fará pesquisas eleitorais com o Datafolha fora da capital paulista, é natural que as notícias sobre a situação de outras capitais busquem pesquisas com outros institutos. Mas a apresentação da metodologia da pesquisa utilizada deveria ser regra para todos os casos.

A análise da eleição no Rio (‘Disputa no Rio envolve Jogos Pan-Americanos e evangélicos’, pág. A8) está toda baseada em pesquisa do Instituto Sensus. Mas o texto não diz quando foi feita (‘mais recente’ pode ter sido feita no ano passado), quantos eleitores foram entrevistados e não informa sobre a margem de erro, fundamental para qualquer avaliação.

O texto da Agência Folha sobre a capital cearense (‘Fortaleza vê fim de aliança e disputa petista’) é menor, mas contém todas estas informações.

SÁBADO

Relatório da ONU

Manchetes no ‘Globo’ e no ‘JB’, o relatório da ONU sobre drogas no Brasil e em onze outros países não saiu na Edição Nacional da Folha e virou uma panorâmica na Edição SP (Cotidiano, pág. C 11). Depois de dois casos recentes de estudos estatísticos polêmicos sobre o Brasil (trabalho infantil doméstico e tráfico humano), os jornais deveriam ler este relatório das drogas com cautela e desconfiança.

O ‘Estado’ fez isso e fez bem feito. Nem supervalorizou o estudo (como o ‘Globo’ e o ‘JB’) nem o ignorou (como a Folha). Comparou os dados da ONU com estudo anterior e fez uma notícia crítica: ‘ONU corrige ranking do País em entorpecentes’. Segundo o texto, o Brasil já havia sido rotulado em outro estudo como o segundo maior consumidor de cocaína do mundo, depois dos EUA. Este novo estudo mostra que é o que tem o menor consumo, junto com o México, entre os doze países estudados.

Agricultura

‘O Globo’ diz, com todas as letras, que é ‘delicada’ a situação do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Ele estaria sendo criticado pelo setor privado, pelo Itamaraty e pelo próprio Planalto por não ser ágil nos contenciosos que o Brasil está tendo no comércio exterior por conta da soja e, agora, da carne. O noticiário da Folha fala em problema de comunicação (‘Ministério se precipita sobre fim de embargo’, capa de Dinheiro). Pelo que se pode entender do ‘Globo’, é mais do que isso.

Aviso

Amanhã estarei em SP para almoço na Folha e não farei a Crítica Interna.

25/06/2004

Novos atentados no Iraque e os indicadores de emprego (mais vagas e menos renda) são os destaques para a Folha, ‘Estado’, ‘Globo’ e ‘JB’. As imagens também são parecidas, com exceção do ‘JB’: mortes e destruições no Iraque, o enterro de Brizola em São Borja e Felipão em estado de graça.

Como os atentados no Iraque vêm num crescendo, talvez tenha sido mais acertada a decisão do ‘Globo’ de fugir dos números (pelo menos 89 mortos, para a Folha; mais de 100, para o ‘Estado’) e apontar para as conseqüências: ‘Atentados em série ameaçam a transição de poder no Iraque’

Nos jornais de banca, uma única preocupação: quem matou Lineu?

Política

Está bom o material da Folha com a notícia da sentença que ordena ao Unibanco a contratação de empresa privada de segurança para impedir invasões em sua fazenda em Taubaté (Brasil, A4). A repercussão só não está completa porque faltam a PM e o Estado.

Fiquei com uma dúvida. A reportagem reproduz apenas trechos da sentença ou também ouviu o juiz? Pareceu-me que as aspas foram colhidas na sentença, mas estão usadas como se o juiz as tivesse dito (‘disse o juiz’). Se o juiz foi entrevistado, teria valido o jornal repercutir com ele as fortes reações contrárias à sua sentença. Continua valendo um mini pingue-pongue com ele, para explicar melhor suas intenções e se defender dos ataques quase unânimes que recebeu.

O ‘Estado’ (Sonia Racy) informa que o Unibanco decidiu devolver a fazenda para a massa falida dos antigos proprietários. É um grande caso e mostra o completo desatino e falta de rumo da sociedade nesta questão da reforma agrária.

Muito boa também a reportagem ‘Primeiro desaparecido foi morto sob tortura’ (A5).

Detalhe: nem o texto da reportagem nem a arte informam onde foi o seqüestro do embaixador dos EUA em 69. É como se todos soubessem que foi no Rio. Como ‘Jonas’ foi morto em SP, é possível se imaginar que o seqüestro também tenha ocorrido na mesma cidade.

Oportuno o destaque para o deputado Lael Varella, ameaçado de ser expulso do PFL (‘Hay gobierno, soy a favor’, A6). É um personagem.

Administração

Fiquei com a impressão, ao ler a cobertura da prestação de contas da prefeita Marta Suplicy (capa de Cotidiano), que o jornal não estava bem preparado para questionar os dados apresentados pela Prefeitura. Mesmo a arte tem poucas informações que contestem os dados oficiais. Não há um comentário analítico sobre o período, pelo menos uma análise a favor e outra contra feita por especialistas e sem viés eleitoral.

Acho que o jornal deve agora se debruçar sobre os informes divulgados relativos a estes três anos e meio de governo e informar se estão corretos ou não, se o desempenho da Prefeitura corresponde aos números fornecidos, se a prefeita fez um bom governo, como diz, ou não, como as pesquisas parecem dizer.

Mesmo a questão da dívida, já exaustivamente debatida em outras ocasiões, está mal explorada.

Embora não sirva de consolo, a cobertura do ‘Estado’ é bem pior.

Gol de prata

Acho que está errada a explicação para ‘gol de prata’ na reportagem ‘Portugal descobre Scolari’ (capa de Esportes). Está lá: ‘Porém só há segundo tempo da prorrogação se o primeiro tempo terminar com algum time em vantagem no marcador’. Acho que é o contrário, só há o segundo tempo se permanecer o empate, como ocorreu ontem com Portugal x Inglaterra.

Erro

Registrei ontem na Crítica Interna que não vira na Folha a notícia da condenação do assassino do fotógrafo Luis Antonio da Costa. Recebi da Secretaria de Redação a informação de que a Folha dera a notícia na véspera, na Edição SP. Tem razão. Como recebo a Edição SP em pdf, só ontem verifiquei, depois do e-mail da SR, que não havia recebido as páginas C6 e C7 de anteontem. Fiz a crítica depois de ler a Edição Nacional (que não trouxe a notícia) e a Edição SP (sem saber que estava incompleta). Uma lástima, de qualquer forma.

24/06/2004

O fim da batalha do mínimo é o destaque de todos os jornais, com exceção dos econômicos. Na Folha, o ‘governo vence’; no ‘Globo’, o ‘governo mostra força’; e no ‘Estado’, o ‘governo afaga’, para garantir os votos na Câmara. Os jornais de banca esqueceram o governo e foram ao que interessa:

‘O que já era mínimo ficou menor: R$ 260’ (‘Extra’) e ‘Deputados pagam mico de R$ 20 –Mínimo volta a R$ 260’ (‘O Dia’).

No mais, é Brizola, Lula em NY, superávit comercial, prisão de policiais em Ribeirão Preto e a Argentina, que pára de comprar carne brasileira.

Manchete da ‘Zero Hora’, de Porto Alegre: ‘Brizola volta para casa’.

Editoriais

Não é qualquer tema que justifica um posicionamento editorial do jornal. Mas tem fatos e personagens que exigem um pronunciamento. Os leitores esperam que o jornal tenha opinião sobre os grandes acontecimentos. E a morte de Leonel Brizola é um destes casos em que os leitores ficam esperando uma reflexão do jornal, ainda mais de um jornal que sempre foi crítico do populismo e do caudilhismo. O que ele tem a dizer agora que o líder trabalhista se foi?

‘O Globo’ já fez ontem a sua avaliação: ‘Fecha-se um ciclo’. ‘O Estado’ já fez dois editoriais: um, ontem, sobre a morte (‘O último caudilho’), e outro hoje, sobre a vaia que Lula levou de pedetistas no velório no Rio (‘Por que Lula foi vaiado’).

Leitores

O ‘Estado’ também abriu espaço no seu Fórum de Debates para que os leitores analisem o papel de Brizola na política brasileira. A Folha publicou ontem quatro cartas, mas hoje não tinha nenhuma.

José Dirceu e Lula

A Folha informa que José Dirceu teve uma conversa com Lula no dia 8 em que ameaçou deixar o governo. Ainda segundo o jornal, a vitória do governo na Câmara no caso do salário mínimo cria condições para um rearranjo no governo e José Dirceu deve recuperar seus poderes de articulador político (‘Vitória deve devolver articulação a Dirceu’, pág.A5 na Ed. Nacional e A7 na Ed. SP).

A página do Ricardo Noblat na Internet tem outra versão para a mesma conversa.

Segundo Noblat, Dirceu teria feito mais do que uma ameaça: ele teria informado que deixa a Casa Civil antes das eleições municipais e assume o mandato de deputado federal. E mantém a disposição, ‘desencantado’ com os rumos do governo.

A conferir.

Arte do mínimo

A arte ‘O mínimo e a cesta básica’ que ilustrou a Edição Nacional (A4) dava uma noção melhor da evolução do poder aquisitivo do salário mínimo do que a que saiu na Ed. SP. Faltou, na Ed. SP, os quadros que comparavam a quantidade de arroz, feijão e carne que se podia comprar com o mínimo em diversos momentos.

Contar história

Melhorou, na Edição SP, o texto que narra as histórias ocorridas no plenário da Câmara ao longo da votação do salário mínimo (‘Oposição faz protestos e ironiza o novo mínimo’, pág. A7 na Ed. Nac. e A5 na Ed. SP). Mesmo assim, é um texto que flui com dificuldade. Nosso texto, e isto não um problema só de Brasília, está muito condicionado ao factual e sofre quando tem de ser mais leve, mais bem humorado, como se fosse uma crônica.

Todas as histórias ali contadas são boas. Mas precisavam estar mais bem contadas, sem os clichês e sem a preocupação de ter um lead que amarre tudo.

Insisto: as dificuldades que temos para narrar histórias, fazer perfis e descrever ambientes poderiam ser superadas com oficinas e uma preocupação maior com o texto.

Eleições 2004

Não faz sentido o jornal editar no alto de uma página ímpar (A9) da Edição Nacional uma notícia local, sem confirmação e de interesse mínimo para o resto do país (‘PP convida Russomanno para vice de Maluf’). O jornal deveria aproveitar melhor o espaço com informações sobre as eleições em outros estados.

Diplomacia

‘Estado’ noticia com destaque mudanças de postos na diplomacia brasileira.

Não vi na Folha.

Chute

‘Corpo de Brizola é recebido por 10 mil no Sul’ (pág. A13).

Furlan x Lessa

Segundo o ‘Estado’, o ministro e o presidente do BNDES, que andavam calmos, voltam a se estranhar e trocaram cartas com críticas.

Educação

Acho que a Folha acerta o tom crítico na reportagem sobre a pesquisa estadual de desempenho de ensino (‘Tucanos omitem dados negativos do ensino’, capa de Cotidiano). E deveria insistir em ter os números não revelados.

Na Edição Nacional, a retranca ‘Para educadores, levantamento não retrata realidade’ repete o mesmo personagem e os mesmos argumentos que constam do texto principal.

Condenação

O ‘Estado’ informa que o assassino do fotógrafo Luis Antonio da Costa, morto no ano passado no acampamento de sem-terra, foi condenado a 32 anos de prisão. Foto do ‘Agora’ permitiu na época a identificação do assassino e de um cúmplice.

22/06/2004

A morte, ontem, de Leonel Brizola, às 21h20, é a notícia de todos os jornais. Sua importância histórica justificou o atraso das primeiras edições dos jornais de SP, que normalmente fecham mais cedo do que os do Rio.

A Folha que chegou ao Rio é das 22h, tem um quadro do ex-governador com foto e um título raso: ‘Brizola morre no Rio aos 82 anos’. Dentro, um texto curto, factual, com uma biografia mínima. A Ed. SP., fechada à meia-noite, traz duas páginas com a notícia da morte, biografia, cronologia, frases e repercussão. Mas os títulos não fazem jus ao papel que Brizola exerceu nos últimos 50 anos, como este: ‘Herdeiro político de Vargas, pedetista encampou múltis’. Faltou um texto analítico da obra política de Brizola. Imagino que será a tônica da edição de amanhã.

O ‘Estado’ enviou para o Rio uma edição fechada à meia-noite, já com duas páginas internas e com títulos mais fortes: ‘Morre Leonel Brizola –Um político radical e polêmico’. O ‘Globo’ também tem título seco (‘Morre Leonel Brizola, aos 82 anos’) e reserva internamente três páginas para o obituário.

‘O Dia’ foi o que menos se conteve: ‘Adeus, Brizola –Líder popular entra para a história’. E não vi manchete pior do que a do ‘JB’, duas linhas de título sem perspectiva histórica: ‘Morte de Leonel Brizola ameaça o futuro do PDT’.

Vice de Serra

Sumiu na primeira página da Ed. SP. uma informação importante que constava da Ed. Nacional na chamada ‘PFL indica deputado para vice de Serra’. A Edição SP não informou que Kassab ‘foi secretário municipal de Planejamento de 1996 a 1998, na gestão Celso Pitta’.

Horário

Embora tenha sido fechada às 22h, a Ed. Nacional da Folha veio desatualizada e ainda informava que seria hoje a votação do salário mínimo na Câmara.

Detalhe

O mais provável é que o arquiteto Oscar Niemayer esteja mostrando para Brizola a maquete do sambódromo que projetou, e não o contrário, como informa uma das legendas da pág. A6 da Edição SP.

Repercussão

A falta de um texto mais analítico sobre o chamado ‘legado histórico’ de Leonel Brizola poderia ter sido compensada com repercussões com cientistas políticos, historiadores e sociólogos. O único ouvido foi Francisco de Oliveira.

Diplomacia

Lula recebeu ontem dois chefes-de-estado, os presidentes da Namíbia e da Colômbia, e viaja hoje para NY. O noticiário do ‘Estado’ é maior e mais bem informado. O do ‘Globo’ também.

Detalhe

Texto sobre a viagem de Lula a NY na página A8 informa que ele almoçará no hotel Waldorf Astoria, ‘um dos mais famosos do mundo’. Não quer dizer nada, é impreciso e, por isso mesmo, desnecessário. Se era relevante para a compreensão da viagem a informação de que o hotel é famoso, a reportagem deveria ter mencionado a razão.

Cinismo

É uma pena que a Edição SP, espremida para receber o noticiário sobre a morte de Brizola, não tenha mantido a reportagem que conta a cerimônia da OAB com os candidatos a prefeito de SP que assinaram os termos de compromisso ético na política (‘Ato pela ética vira palco para candidatos’ , pág A6 da Ed. Nac.).

Jornais

Notícia da Bloomberg no ‘Globo’ diz que a circulação de jornais dos EUA está sob suspeita depois que algumas publicações informaram vendas de exemplares acima da venda real. É mais um escândalo na mídia americana e que deverá repercutir por aqui.

Farmácias

Achei mais crítica a reportagem que a Folha fez em 8 de junho (Cotidiano) sobre o lançamento do programa Farmácia Popular do governo federal (Lula) do que a de hoje sobre o programa Farmácia Dose Certa, do governo estadual (Alckmin).

A linha fina e o título do dia 8 diziam: ‘Governo poderia ampliar oferta gratuita de remédios; para especialistas, programa inaugurado ontem é excludente –Farmácias de Lula dobrariam verba do SUS’. O de hoje:

‘Programa estadual, com medicamentos gratuitos, concorre com o do governo federal, que criou venda subsidiada –Farmácia tucana distribuirá remédios em SP’.

O título na primeira de hoje não tem qualquer conteúdo crítico: ‘Alckmin cria farmácias com remédio grátis’. O Farmácia Popular não teve chamada na primeira página no dia 8.

Futebol

A Eurocopa, melhor torneio em disputa, praticamente sumiu do noticiário da Folha de hoje.

Aviso

Participo amanhã cedo do seminário ‘Missão e omissão no relacionamento com a Imprensa’, promovido pelo Centro de Estudos do Exército, no Rio. Por esta razão, não haverá Crítica Interna.’ �