Saturday, 20 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Rita Celia Faheina

‘O assunto se repete nesta coluna, mas é porque, como os leitores/internautas que continuam reclamando, também me incomodam certos comentários que leio no Portal O POVO Online. Por trás de um nome, sobrenome ou falsa identificação, muitos fazem suas postagens contendo palavras indevidas ou termos chulos, ofendem, agridem verbalmente e desrespeitam até os que fazem comentários sérios. Expressões como ‘Pega fogo cabaré de terceira’, ‘bando de felas!’, ‘canalha comunista’, ‘Cambada de safados’, ‘pqp minha sogra’ , ‘verme’, são apenas alguns exemplos do que se lê com frequência em comentários das matérias, principalmente quando o assunto é política ou futebol.

Na edição da última sexta-feira, 11, numa matéria em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva incluiu um palavrão no seu discurso sobre investimentos em saneamento básico, em São Luís (MA), um comentário deixou muitos indignados (além da frase do presidente que disse ‘querer tirar o povo da merda’). Uma das postagens superou todos os limites. Dizia o seguinte: ‘Mais um. Ei Democratas vai tomar no …’ Não dá para suportar esse tipo de linguagem e os leitores/internautas que costumam comentar com seriedade e respeito as matérias ficam indignados e dizem que isso ocorre porque não há leis que apliquem punições aos que utilizam a internet de maneira irresponsável.

Embora não tenhamos uma legislação específica para a internet, há leis gerais, sim, que podem punir os que se escondem atrás de um nome falso para escrever ofensas, injúrias e difamações, lembra André Studart, advogado, professor e ouvidor-adjunto da Ordem dos Advogados do Brasil&Secção Ceará (OAB-CE). Ele diz que ‘o internauta pode até ser muito bom no trato com os computadores, mas é péssimo conhecedor da lei. Deveria, pois, antes de machucar pessoas na Web, ler nossa Constituição Brasileira, que diz que o pensamento é livre, mas o anonimato é vedado (artigo 5º)’.

André Studart diz ainda que ‘não adianta teimarem em ofender gratuitamente as pessoas pela internet. Sempre haverá uma brecha, uma lacuna na lei para enquadrar os ofensores do direito e da justiça’. O problema é tão sério, continua o advogado, que o ´site´ de buscas Google, um dos maiores da internet, já criou mecanismos para monitorar os ´sites´ de relacionamentos.

Quanto ao Portal O POVO Online, perguntei à editora de Convergência, Marília Cordeiro, sobre as providências que estariam sendo tomadas para evitar esses comentários indevidos. Ela respondeu que ‘para inibir o uso do espaço de forma irresponsável, optamos, na semana passada, por publicar o endereço IP (Internet Protocol), logo abaixo de cada comentário. Quando estamos em uma rede de computadores como, por exemplo, a Internet, cada computador recebe um número de identificação que é o IP’.

Marília Cordeiro disse ainda que ‘por enquanto, apenas as colunas Política e a Circuito A (do caderno Buchicho) são moderadas, mas os colunistas podem solicitar a moderação que ficará sob a responsabilidade deles’. Com relação às reclamações dos que se sentem desrespeitados em comentários no Portal ela disse que ‘considerando o grande volume de comentários publicados diariamente, a quantidade de reclamações do público é pequena. Normalmente, as reclamações chegam por telefone, por email e principalmente pelo link ‘Este comentário é inapropriado? Denuncie’, que está disponível logo abaixo do espaço para comentar; são avaliadas e os comentários denunciados geralmente são excluídos’.

SIMULADÃO

O assunto principal do caderno Populares + Empregos, edição do último domingo, 6, foi sobre um simuladão (prova) destinado a candidatos do concurso do Banco Central. Na capa, anunciava 25 questões de Direito Constitucional, Economia e Raciocínio Lógico, mas várias das questões publicadas se repetiam na mesma página (5) a partir dos itens sobre Raciocínio Lógico. A questão de número 16 era idêntica a de número 21; a questão de número 17, igual a de número 22; a 18 era a mesma de número 23 e a questão 19 se repetia no item 24.

Erros na publicação de uma prova simulada já tinham ocorrido na edição do último dia 4, na página 28. (Economia, Especial Emprego) quando foram publicadas duas páginas com questões para testar o conhecimento dos estudantes que iriam fazer as provas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). Houve erros também na publicação das questões e do gabarito. Faltaram duas das 30 questões anunciadas, erros no gabarito e na publicação dos itens das respostas.

Sobre as incorreções na publicação das duas provas simuladas, a editora executiva do Núcleo de Negócios, Neila Fontenele, pede desculpas aos leitores pelos erros cometidos e deixa claro que eles são de responsabilidade da equipe do Núcleo de Negócios. Disse que todos do Núcleo vão aumentar a atenção e avisa que está publicando na edição deste domingo mais um ‘erramos’ no caderno Populares + Empregos. Portanto, caros leitores, leiam no caderno desta edição, como prometeu a Neila, a explicação da editoria sobre os erros na publicação das provas simuladas.’