Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Rita Célia Faheina

‘Muitas vezes o jornal divulga informações sobre o mesmo assunto em espaços diferentes – como notas em colunas e matérias –, que contêm dados diferentes. Isto confunde o leitor, que fica sem saber qual informação é a correta. Por exemplo, na matéria sobre um ano da Lei Seca, na edição do último dia 17 (pág. 8), consta que, no primeiro ano de vigência da Lei, 7.125 motoristas foram flagrados dirigindo alcoolizados. No editorial do mesmo dia, este número sobe para 7.175. ‘Cinquenta flagrantes a mais é muita coisa e a gente não sabe qual está correto’, reclama um leitor.

Também naquela edição, um número confunde nas páginas de Economia. A informação é de que a taxa Selic caiu para 9,25% (pág. 21), mas o leitor vê na tabela dos Indicadores Econômicos (pág. 24) que a mesma taxa é de 10,25% ao ano. A taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) reflete o custo do dinheiro para empréstimos bancários, com base na remuneração dos títulos públicos. É conhecida ainda como taxa média do over que regula diariamente as operações interbancárias.

A tabela dos Indicadores Econômicos era sempre motivo diário de reclamação dos leitores. Mas o Núcleo de Negócios assumiu o compromisso de ter mais cuidado com a atualização dos números. Porém, começaram a falhar novamente. No último dia 20, a tabela saiu desatualizada: Dólar – venda: 1,974. Em matéria da mesma edição: ‘o dólar fechou vendido a R$ 1,973’.

Ainda naquela edição, na cobertura do jogo entre Ceará e São Caetano, o leitor era informado, na matéria, que o último gol, dando vitória ao time alvinegro, resultou de uma jogada articulada por Geraldo, Erivélton passou (a bola) de cabeça a Fabrício, que dominou e bateu no canto do goleiro Luiz (do São Caetano). Mas na coluna do Alan Neto, a informação era de que ‘precisou o zagueiro Fabrício vir lá de trás, qual um rompedor, pra fazer o gol da vitória (2×1) do Ceará sobre o São Caetano’. Torcedor que não viu o jogo não sabe em quem acreditar.

Na edição do último dia 16, a chamada da capa do jornal informava: ‘Zelador de 47 anos é preso acusado de tentar abusar de duas crianças’. Na página 5, a notícia começava dizendo que um zelador, de 42 anos, fora preso acusado de tentativa de atentado violento ao pudor contra duas crianças.

Mais erros naquela edição: No Vida & Arte, a matéria com o título ‘Enquanto 2010 não chega’ informava sobre o aniversário (dia 17 passado) dos 99 anos da inauguração do Theatro José de Alencar. Pois quem leu também o caderno Buchicho ficou sem saber a data certa do aniversariante. Estava lá que ‘o nosso querido teatro comemora os 90 anos’. O texto do Vida & Arte estava correto.

O prefeito de Iguatu, Agenor Neto, teve de se conformar em pertencer a dois partidos. Na edição do dia 16 passado, nota da coluna Vertical dizia que ele não trocaria o PMDB pelo PSDB. Mas em matéria da Política, Agenor já tinha trocado de partido. A informação era de que o prefeito é do PSDB.

Outra matéria contraditória na edição do último dia 28 de maio. Na chamada da capa: ‘Barcelona é o 1º espanhol a vencer a liga (dos Campeões)’. Mas na matéria estava lá: ‘É o terceiro triunfo europeu do Barcelona, que foi campeão também em 1992 e 2006’. Um leitor informou que não era o terceiro, mas o quarto triunfo. Erros de informação que são inadmissíveis quando, mesmo que a matéria venha por agência, o repórter tem obrigação de checar.

Na última quinta-feira, na pág. 2, o leitor foi informado que uma missa em ação de graças tinha sido celebrada (quarta-feira), no Santuário de Nossa Senhora de Fátima, pela escolha da nova desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado, Vera Lúcia Correia de Lima. Mas no caderno Vida & Arte (pág. 2) informava que Vera Lúcia tomaria posse naquele dia (quinta-feira) e antes comemoraria com missa, às 18h30min, no Santuário de Fátima. Além do erro da data, tinha o de horário: antes de assumir, às 17h, ela iria comemorar às 18h30min.

Um erro também por descuido na revisão da página, ocorre quando uma informação sai na matéria e num quadro ao lado, é diferente. Um exemplo pode ser visto na edição da última terça-feira, no caderno Gol!. Na matéria com o título: ‘Leão busca os seis pontos’, os leitores são informados de que Fortaleza e Ipatinga iriam jogar no estádio Epaminondas Brito, a 205 quilômetros de Belo Horizonte. No quadro constava que seria naquele estádio, mas em Belo Horizonte.

Nem a ombudsman escapa dos erros. A coluna do último domingo saiu com a minha foto, mas com o nome do jornalista Paulo Verlaine, cujo mandato, de um ano, terminou dia 7 de janeiro passado. No dia seguinte, leitores ligaram perguntando quem redigira a coluna e se o Verlaine voltara para o cargo. Não, não voltou. E também não se sabe, até agora, de quem foi o erro.’