Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Com mais opções, ganha o telespectador

Talvez seja cedo para proceder a uma análise mais aprofundada, e por isso melhor fundamentada. Mas, a princípio, devemos reconhecer a ousada e importante iniciativa da Rede Record, com a inauguração da Record News, primeiro canal de TV aberta com notícias 24 horas, na quinta-feira (27/9).

A iniciativa pode ter pego os concorrentes, sobretudo a Rede Globo, de surpresa.

A Rede Record chegou para ser o calcanhar de Aquiles da antes toda poderosa Rede Globo de Televisão. Decidiu investir pesado, tanto no noticiário como na teledramaturgia. E pode, ainda que sem querer, obrigar as demais emissoras, a exemplo da própria Rede Globo e também do SBT e da Rede Bandeirantes, a fazer o mesmo. Quem ganha? O telespectador, que terá mais opções de escolha e maior acesso a informação televisiva, pressupõe-se, de boa qualidade.

Profissionais competentes

Seria mesmo essa informação televisiva de qualidade? Eis a questão. No caso da Record News, ao que parece, sim. Ao menos, a princípio. E isso pode criar um efeito manada. Isto é, obrigar as outras emissoras a melhorarem a sua programação. É a ‘lógica do mercado’, ainda que isso soe paradoxal. Ou melhora, ou perde audiência – e, em seqüência, faturamento. Afinal, não sejamos bobos, é isso que move os grandes meios de comunicação de massa mundo afora.

Uma das surpresas causadas pelo Record News é a integração do noticiário regional ao nacional. Record News Nordeste, Record News Sul e Record News Sudeste prometem mostrar ao telespectador brasileiro o que há de bom (e de ruim) no nosso continental país.

Espera-se, contudo, que haja, na Record News, assim como nos demais noticiários televisivo, um jornalismo marcado pela seriedade, responsabilidade, neutralidade, pluralismo e a sabedoria de profissionais competentes que queiram o bem e o melhor para o Brasil. Será isso possível? Basta querer.

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Jornalista, Lauro de Freitas, BA