Um grupo iraniano que se denomina Exército Islâmico afirmou que planeja eliminar 210 jornalistas no país, informa a agência de notícias Adnkronos International [26/10/05]. A lista, que circulou recentemente no Teerã, inclui quase todos os jornalistas independentes que não foram reconhecidos pelo novo governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad e afirma que ‘todos os que foram listados são merecedores de morte assim como os inimigos de Alá e de sua palavra’.
No entanto, Mashaollah Shamselvaezin, fundador da Associação para Liberdade de Imprensa do Irã, não vê motivos para se preocupar com a lista. ‘Não é a primeira vez que eles publicam uma lista deste tipo, e mesmo que alguém seja realmente morto, não podemos tomar estas ameaças muito seriamente. O regime usa várias maneiras de evitar que os jornalistas se expressem livremente e esta ameaça é apenas uma delas’, afirmou.
No Teerã, o poder judiciário continua a atacar jornalistas. De acordo com o jornal Rooz on Line, nos dias anteriores à publicação da lista, seis jornalistas foram intimados pelo temido procurador Saiid Mortazavi, acusados de não respeitar as leis islâmicas. Em várias ocasiões, jornalistas e escritores foram condenados sob acusações de consumir álcool ou ter relações extraconjugais.