Abdulor Benmoohamat, publisher do jornal tailandês Thin-Thai, foi assassinado na noite de segunda-feira por homens armados que abriram fogo contra seu carro, na cidade de Sungai Lokok. Representantes da polícia local afirmaram que a morte de Benmoohamat não estava ligada à onda de violência envolvendo insurgentes islâmicos ao sul do país, e parecia ser um crime com motivação pessoal. Dois suspeitos foram detidos.
Na semana anterior, Santi Lammaneenil, editor do Pattaya Post e correspondente de um canal de TV, foi encontrado morto dentro de seu carro, com marcas de tiro na cabeça. Suas mãos estavam amarradas. Lammaneenil havia feito uma reportagem sobre uma rede de prostituição em hotéis da região que resultou na transferência de diversos policiais.
Nesta mesma semana, uma pequena bomba foi jogada dentro de um complexo de escritórios de uma editora de jornais em Bancoc, causando problemas pequenos mas nenhuma vítima.
Em junho, o jornalista Manop Rattanacharungporn, do diário Matichon, foi seriamente ferido em uma tentativa de assassinato na cidade de Phangnga. Na ocasião, ele estava escrevendo uma matéria sobre apropriação ilegal de terras do Estado. Informações da AP [8/11/05] e dos Repórteres Sem Fronteiras [4/11/05].
Mais um morto no Iraque
Mais um jornalista assassinado em Mosul, uma das cidades mais perigosas do Iraque para a imprensa. O iraquiano Ahmed Hussein Al Maliki, que trabalhava para o jornal independente Tall Afar, foi encontrado morto a tiros no início da semana. Maliki foi seqüestrado há dois meses por insurgentes quando deixava um cibercafé. Nenhum grupo se responsabilizou pelo seqüestro.
‘Ele é o quinto jornalista assassinado desde o começo do ano em Mosul, onde jornalistas tornaram-se alvos deliberados nos últimos meses e onde há razões para acreditarmos que não haverá melhoras nos próximos meses’, declarou a organização Repórteres Sem Fronteiras [8/11/05]. Maliki, que deixa mulher e dois filhos, é o 74º jornalista morto no Iraque desde o começo da guerra, em 2003.