Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Produtora francesa processa sítio de buscas

A Flach Film, produtora francesa do documentário The World According to Bush, decidiu processar o Google e sua subsidiária Google France em um tribunal francês por violação de direitos autorais, sendo a mais recente empresa de mídia a buscar indenização por prejuízos por conta da distribuição gratuita de conteúdo na internet. O filme de duas horas investiga a administração do presidente americano George W. Bush e da família Bush, incluindo suas conexões com a família Bin Laden.


Em comunicado, a Flach Film informou que não é possível desenvolver um mercado legal de vídeo na internet caso práticas como essa sejam autorizadas. ‘A Flach Film pede que o Google seja intimado a pagar indenização pelos prejuízos oriundos dessas ações ilegais’, declarou a produtora. ‘O Google não agiu simplesmente como hóspede de arquivos; é responsável editorial por seu conteúdo’.


Uma porta-voz da Google France afirmou que retirou os links do vídeo de seu resultado de buscas após receber reclamações da produtora. ‘Nossas normas e condições especificam que os usuários não têm permissão de usar vídeos sob os quais não têm direitos’, disse ela.


Reclamações de empresas de mídia


As redes sociais online e sítios de compartilhamento de arquivos como o YouTube e o MySpace têm grande popularidade, mas também são alvo de esforços das empresas de mídia que pedem remuneração pelo download de seus filmes, música e vídeos. Segundo a Flach, o documentário estava disponível gratuitamente no Google Video France. De acordo com informações no sítio do Google, o link recebeu mais de 43 mil visitas ‘em um período muito curto’. ‘Nós estimamos o prejuízo em mais de US$ 648,7 mil. O filme foi baixado cerca de 50 mil vezes, e certamente foi copiado posteriormente’, declarou o produtor Jean-François Lepetit.


No começo de novembro, o Google comprou o sítio de distribuição de vídeos online YouTube por US$ 1,65 bilhão. Na ocasião, especulou-se que o Google havia reservado US$ 200 milhões apenas para obrigações jurídicas, informação negada posteriormente pelo executivo-chefe Eric Schmidt. Informações de Astrid Wendlandt e William Emmanuel [Reuters, 23/11/06].