Leia abaixo a seleção de quinta-feira para a seção Entre Aspas.
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Folha de S. Paulo
Quinta-feira, 25 de outubro de 2007
INVESTIMENTO
Com Lula, Slim diz que investirá R$ 2 bi no Brasil
‘No mesmo dia em que recebeu empresários brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu ontem espaço em sua agenda para uma conversa reservada com o homem mais rico do mundo, o mexicano Carlos Slim, presidente do grupo que controla a Embratel e a Claro no Brasil.
Slim deixou o Planalto dizendo que a Claro tem interesse em aumentar os investimentos no país – segundo ele, em 2008, o montante chegará a R$ 2 bilhões, sobretudo em tecnologias de terceira geração.
O mexicano demonstrou o interesse pelo segmento de banda larga no Brasil e pelos programas de inclusão digital do governo. ‘Estão vendendo mais computadores do que TVs no Brasil’, ressaltou.
No mercado, Slim é citado como possível cliente de José Dirceu, embora os dois neguem relações comerciais. Ontem, o mexicano descreveu o ex-ministro da Casa Civil como uma ‘pessoa que eu conheço bem’, mas disse que não precisa da influência dele para se aproximar do governo. ‘Acabo de ser recebido pelo presidente’, afirmou.
Disse ainda não estar preocupado com mudanças no mercado brasileiro a partir da autorização da entrada da Telefônica no controle da Telecom Itália.’
ECONOMIA SUSTENTÁVEL
Governo lança no país revista que teve custo de R$ 400 mil
‘O governo distribuiu a revista ‘Brasil, Economia Sustentável’ aos empresários que se reuniram com Lula. A publicação de 5.000 exemplares foi produzida pelo Ministério da Fazenda. Segundo a Secom, o valor pagou a produção e a impressão da revista de 48 páginas que exalta os feitos do governo. O dinheiro também será usado para a veiculação de informe do governo na edição de novembro da ‘Exame’.’
SÃO PAULO
Kassab proíbe distribuir jornal no semáforo
‘Uma lei municipal sancionada pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM) na semana passada proíbe a distribuição gratuita de panfletos, folhetos e até jornais nas ruas de São Paulo.
Nas esquinas com semáforos, a proibição é total. Em outros pontos, o jornal precisará ter, no mínimo, 80% de ‘matérias jornalísticas’, de acordo com o texto da lei, para ser distribuído gratuitamente -percentual que pode inviabilizar a maioria dos jornais de bairro, que costumam ter mais da metade de seu espaço ocupado com propaganda.
A multa para quem desrespeitar a medida é de R$ 5.000. A distribuição de panfletos é proibida desde 2002, mas a multa até então era de R$ 500.
As novas regras foram incluídas, a pedido de Kassab, no projeto de lei que criou o programa municipal de parcerias público-privadas. A Câmara aprovou o projeto no dia 9 de outubro e a lei foi sancionada e publicada no ‘Diário Oficial’ da Cidade na semana passada.
O tema foi incluído em projeto de assunto tão diferente por causa da pressa que o governo tinha em aprovar a medida.
‘O Netinho [José Police Neto, PSDB, líder do governo na Câmara] me disse que havia essa possibilidade, que haveria um substitutivo na lei das PPPs em acordo com todos os líderes, e eu disse que poderia ser feito’, afirmou Kassab.
Se não fosse dessa forma, o prefeito teria de enviar um projeto de lei que precisaria tramitar por todas as comissões da Câmara antes de ir a plenário, o que poderia demorar meses.
Ainda não está claro quem deverá fiscalizar a lei -se os fiscais das subprefeituras ou do Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana). A Secretaria das Subprefeituras afirmou que está preparando uma minuta de regulamentação da lei que atribui aos dois órgãos a competência para fiscalizar.
Para Armando da Silva Prado Netto, presidente da empresa que edita a ‘Gazeta de Santo Amaro’ e outros três jornais de bairro distribuídos na zona sul, as novas regras ‘acabam com os jornais pequenos’.
De acordo com ele, os jornais de bairro atualmente têm entre 60% e 70% de publicidade e o restante é preenchido por matérias jornalísticas.
‘Antigamente era meio a meio, mas como os custos subiram muito, você acaba sacrificando a matéria jornalística, quando deveria ser o contrário’, afirmou Prado Netto. Ele disse que os jornais de bairro raramente são distribuídos nos semáforos, mas a entrega nas ruas, com distribuição de casa em casa, é fundamental.
Cláudio Zorzett, diretor comercial do jornal ‘Destak’, criticou a medida. Ele disse que a Constituição e a Lei de Imprensa proíbem a imposição de restrições à liberdade de expressão do pensamento e de informação. ‘Ao criar regras para a proporção de conteúdo editorial que os jornais gratuitos devem observar e definição de onde os jornais podem ou não ser distribuídos, a lei municipal entra em conflito com as garantias constitucionais e infra-constitucionais de liberdade de imprensa’, afirmou Zorzett.
A Folha procurou a Ajorb (Associação dos Jornais e Revistas de Bairro de São Paulo), mas não conseguiu contato com seu presidente, Egydio Coelho. Também foram procurados os jornais ‘Metro’ e ‘MetroNews’, todos distribuídos gratuitamente nas ruas, mas não houve resposta.’
TELEVISÃO
Record seduz Luana Piovani para ‘Ídolos’
‘Depois de Wagner Moura, o novo objeto de desejo global da Record é Luana Piovani. A emissora quer a atriz como apresentadora do reality show ‘Ídolos’, que deverá estrear em julho de 2008 com novo formato, corpo de jurado e nome.
Luana, que não tem contrato por longo prazo com a Globo, já foi sondada. Ela esteve na Record na última segunda-feira e gravou um quadro de ‘O Melhor do Brasil’, programa de Márcio Garcia, em que respondeu a perguntas de crianças.
Na emissora, já se especula que, caso Luana não aceite o convite, o ‘plano B’ será Daniella Cicarelli, cujo vínculo com a MTV vence no final do ano.
O contrato entre a Record e a Freemantle, empresa que tem os direitos de ‘Ídolos’ (‘American Idol’ nos EUA), ainda não foi assinado, mas o acordo já está praticamente certo. A produção deverá ser da própria Freemantle, com divisão das receitas publicitárias. A Record já conta com o reality show musical para substituir a quinta edição de ‘O Aprendiz’.
O SBT, que já exibiu duas temporadas de ‘Ídolos’ e tinha prioridade para renovar o contrato, acabou desistindo do produto, que não foi bem no Ibope em 2007 e não revelou nenhum astro da música nacional, como pretendia.
Para renovar, a Freemantle pediu ao SBT um aumento de 25% nos custos dos direitos. Há duas semanas, na França, Silvio Santos disse que não aceitava.
JABACULÊ 1 Os jornalistas que foram à entrevista de lançamento de ‘Vila Sésamo’, anteontem, receberam de presente um brinquedo que custa R$ 200 na internet e dois ingressos para um parque de diversões.
JABACULÊ 2 A TV Cultura, que exibirá o programa educativo a partir de segunda-feira, diz que não montou os kits entregues aos jornalistas e que não teve custos com o evento. ‘Os produtos foram conseguidos pela Sesame Workshop [co-produtora]’, esclareceu a emissora.
FLOP Estréia de anteontem na Record, o game ‘O Jogador’ marcou dez pontos no Ibope da Grande São Paulo. Perdeu para o SBT, que registrou 14 com o filme ‘Jet Li contra o Tempo’.
PECADO ‘Malhação’ (26 pontos anteontem) e as novelas das seis (30) e das sete (34) da Globo melhoraram no Ibope nesta semana. Mas ainda têm a sintonia de menos de 50% dos televisores ligados. A reprise de ‘Da Cor do Pecado’, com 22 pontos, se sai melhor melhor (50,5%).
LÁ VEM BOMBA ‘Tempo Final’, primeira série produzida pela Fox na América Latina, promete deliciar os fãs do trash. Eis o que o canal divulgou sobre o episódio de hoje, o de estréia: ‘Gabriela visita seu dentista Mariano. Os dois fazem amor no consultório e são descobertos por Paula, mulher dele. Após matar Mariano, Paula resolve procurar o marido de Gabriela para que ele fique sabendo da traição e cobre sua deslealdade de uma maneira inesperada’.’
Monica Bergamo
Tudo ou nada
‘A Rede TV! mandou um helicóptero a Congonhas para buscar o diretor José Padilha, de ‘Tropa de Elite’, e o produtor Marcos Prado no fim da tarde de terça-feira, quando eles se preparavam para embarcar para o Rio. Na sede da empresa, os executivos da TV disseram aos dois que estão no páreo para exibir o filme. Ofereceram algo como R$ 15 milhões.
VEM QUE TEM
Já a TV Record acenou com a possibilidade de contratar os dois para uma ‘consultoria’ na Record Filmes, que a empresa quer lançar para concorrer com a Globo Filmes, braço da TV Globo para o cinema.’
Tereza Novaes
Chef Gordon Ramsay insiste no óbvio
‘Se fosse um restaurante, o programa ‘The F Word’, cuja nova temporada estréia hoje, às 22h, no GNT, seria do tipo que serve sushi, churrasco e pizza.
É uma mistura de programa de culinária, talk-show e curiosidades capitaneado pelo chef inglês Gordon Ramsay, conhecido por seus estrelados restaurantes e pela quantidade absurda de palavrões que saem de sua boca. O título do programa é um trocadilho -F de ‘fuck’, foda-se, ou de ‘food’, comida.
Assim como geralmente acontece com os restaurantes de especialidades múltiplas, ‘The F Word’ parece não acertar nenhuma. As receitas, por exemplo. O chef prepara pratos que, segundo ele, qualquer um poderia fazer. Mas o ritmo em que mostram o preparo é tão alucinante que é impossível entender como chegar àquele prato de lentilhas com foie gras.
Ramsay mostra o preparo do menu, servido em um restaurante-auditório, para um grupo de mulheres. Isso porque, ainda por cima, ele pretende iniciar uma campanha pela volta das mulheres à cozinha.
É claro que há também espaço para as humilhações públicas do chef, que chama os funcionários de estúpidos e idiotas. O fim tenta equilibrar a balança e uma receita dele é desaprovada. Tão óbvio quanto rodízio de pizza.’
A ÚLTIMA HORA
Documentário com DiCaprio cai no discurso panfletário
‘Nem sempre a unanimidade é burra, mas cabe desconfiar. ‘A Última Hora’ é um exemplo. Está mais para panfleto do que para documentário. Alarmista e catastrofista, parece mais catequese do que divulgação de informação.
O ator Leonardo DiCaprio empresta aqui seu carisma à causa ambientalista, relatando as mazelas pelas quais passa o planeta e o risco de catástrofes (daí o título: estaríamos na hora final antes de mudar de rumo).
Foram entrevistados luminares da ciência e da militância verde, xamãs, políticos e ‘ongueiros’. Todos falam em tom alarmista sobre o futuro do planeta. Ou melhor, sobre o futuro da humanidade -a Terra vai continuar por aí por alguns bilhões de anos, mesmo que o tal Homo sapiens termine extinto.
É óbvio que existe um efeito estufa que aquece o planeta e permite a vida nele; trata-se de um fato científico. É também óbvio que o ser humano tem contribuído para esse efeito, a ponto de se temer pelo futuro.
Mas há ainda muita dúvida científica sobre esse possível futuro. Faltou dizer isso.
A unanimidade vai além. Toda a civilização atual acaba sendo demonizada, como se só houvesse matadores de filhotes de foca no Ártico. Sobra crítica para todos os ‘malvados’ e politicamente incorretos: o capitalismo, o consumismo, a demoníaca indústria do petróleo.
George Bush, o filho, é criticado, enquanto uma singela imagem do verde Al Gore aparece. Os melhores momentos são aqueles em que soluções tecnológicas razoáveis são apresentadas, como o ‘design verde’ de produtos sustentáveis que não depredam os recursos naturais, ou tecnologias ‘biomiméticas’, que imitam a natureza.
Seis bilhões de pessoas não podem todas ter carros a gasolina nem podem todas comer lagosta ou caviar. Como se resolve isso? DiCaprio, que pode ter tudo isso, não explica.’
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O Estado de S. Paulo
Quinta-feira, 25 de outubro de 2007
INVESTIMENTO
Gerusa Marques
Slim investirá R$ 2 bilhões na Claro
‘O presidente do grupo Telmex, o bilionário mexicano Carlos Slim, anunciou ontem que a Claro vai investir no próximo ano R$ 2 bilhões no Brasil. A intenção é ampliar a participação da operadora – que pertence ao grupo mexicano – no mercado brasileiro de telefonia celular e na implantação da terceira geração do sistema (3G). Slim esteve reunido ontem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto.
‘A Claro está investindo muito para aumentar sua capacidade, sua presença nacional e, sobretudo, investindo na 3G’, afirmou Slim, após o encontro. A Anatel está preparando para o fim do ano a licitação de 44 licenças de terceira geração, tecnologia que permite acesso à internet em alta velocidade. O leilão está previsto para 18 de dezembro.
Slim disse que conversou com o presidente Lula sobre a importância de aumentar a cobertura da banda larga no País. Ele avaliou que a ampliação do acesso à internet em alta velocidade pode crescer muito se aproveitar a base de celulares que já existe, que alcançou em setembro 112,7 milhões de aparelhos em funcionamento.
Durante o encontro, também foi abordada a elevação da venda de computadores por preços menores no País. ‘Estão vendendo mais computadores que televisores. Esse é um dado impactante, o que vai facilitar a vinda da banda larga’, afirmou.
O empresário mexicano, que é considerado o homem mais rico do mundo, comentou a decisão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), de aprovar com restrições a entrada da empresa espanhola Telefónica na Telecom Italia. Segundo ele, as decisões que vierem a ser tomadas pelas duas empresas européias sobre o mercado brasileiro de telefonia celular devem ser ‘claras e do conhecimento de todos’.
As restrições impostas pela Anatel, na opinião de Slim, definem o papel de uma empresa em outra. Com as restrições, a Anatel quer garantir que as empresas dos dois grupos no Brasil – Vivo (da Telefónica) e TIM (da Telecom Italia) – tenham administrações desvinculadas e que a Telefónica não participe de decisões sobre a TIM Brasil.
‘O que pedimos e o que queremos é que se defina o que vão fazer. O que não é possível é pensar que são (a Telefónica) o sócio mais importante do grupo de controle (da Telecom Italia) e que não têm nada a ver (com as decisões)’, afirmou Slim.
Ele ressaltou que a Telefónica é o único integrante do consórcio, que adquiriu a fatia na empresa italiana, que é do mercado de telecomunicações. ‘Os demais são sócios investidores’, frisou o empresário, referindo-se aos bancos italianos que participaram do negócio.
A Claro, que pertence ao grupo Telmex, é a principal concorrente da Vivo e da TIM no mercado de telefonia brasileiro. A operadora está em terceiro lugar, com 24,82% do mercado, atrás da Vivo, 27,78%, e da TIM, com 25,87%. Slim elogiou a Anatel e disse que a agência é um dos melhores reguladores do mundo. ‘Seguramente (a Anatel) tomará as decisões adequadas’, afirmou.
Também participaram da reunião com Lula o presidente da Claro, João Cox, e o presidente da Embratel, Carlos Henrique Moreira. Além da Claro, a Telmex é controladora da Embratel e sócia das Organizações Globo na operadora de televisão por assinatura Net.’
PUNIÇÃO
Controlador é preso por dar entrevista
‘O diretor de mobilização da Associação Brasileira de Controladores do Tráfego Aéreo (ABCTA), sargento Edleuzo Cavalcante, cumpre desde ontem em Brasília os oito dias de prisão administrativa que recebeu de seus superiores hierárquicos, por ter dado entrevista,em que criticou o comando da FAB, sem autorização da chefia. De dia o sargento dá expediente normal e à noite fica no dormitório do 6º Comando Aéreo Regional.’
CAMPANHA
Na Itália, ‘bebê homossexual’ gera polêmica
‘Uma campanha da Toscana contra a discriminação de homossexuais gerou polêmica na Itália. ‘A orientação sexual não é uma escolha’, diz o cartaz, que traz a foto de um recém-nascido com uma pulseira onde se lê ‘homossexual’. A iniciativa foi elogiada pela maior entidade do país de defesa dos direitos dos homossexuais e criticada por políticos e personalidades italianas.’
MÚSICA
O Estado de S. Paulo
O Festival das minas
‘Cantoras de diversos estilos predominam entre os 26 shows internacionais e 13 atrações nacionais que devem mobilizar cerca de 70 mil espectadores em quatro cidades a partir de hoje. Antony and the Johnsons e Cat Power dão a largada.
Quem quiser uma cópia do mapa das minas é só prestar atenção na escalação do TIM Festival 2007. É a maior concentração por metro quadrado de palco de talentosas expressões femininas do pop rock mundial: Feist, Cat Power, Bjork (com uma seção de metais só de garotas no palco), Cibelle, Katia B, Neneh Cherry, Lolita Moon. Se contarmos aí a voz andrógina de Antony Hegarty, vocalista e pianista de Antony e the Johnsons, e o visual Cássia Eller au naturel do carioca Tony Platão, temos uma rebelião em curso.
Antony e sua banda são a primeira atração internacional na abertura do festival, hoje, no Auditório do Ibirapuera. Ele se tornou um dos maiores sucessos do mundo pop em 2005, ao lançar o disco I m a Bird Now (até então, cantava na banda de Lou Reed). Diz que uma das suas maiores fontes de inspiração é Boy George, e credita parte de sua abordagem da música aos anos em que cantou em inferninhos pelo mundo.
A outra atração da noite é Chan Marshall, a misteriosa Cat Power. Ela está em turnê com um projeto pouco conhecido no Brasil, com a Dirty Delta Blues, que inclui Judah Bauer(Jon Spencer Blues Explosion), Gregg Foreman(Delta 72) , Erik Paparazzi (The Glass) e Jim White (Dirty Threee).
Cat Power celebrizou-se com discos em que reinventa sucessos muito conhecidos e os deixa irreconhecíveis (é o caso de I Can t Get No (Satisfaction), dos Rolling Stones). Prepara mais um desses álbuns, Covers 2, no qual recriará hits de Frank Sinatra, Bob Seegers, James Brown, Bob Dylan.
Aproximadamente 70 mil pessoas verão os 26 shows internacionais e 13 nacionais em quatro cidades: São Paulo, Rio, Vitória e Curitiba. No Rio e São Paulo, estão esgotados ingressos para a canadense Feist, a islandesa Bjork, a americana Chan Marshall (codinome Cat Power), a brasileira Cibelle e os grupos Hot Chip e Arctic Monkeys, Juliette Lewis e Killers. Em São Paulo, no Auditório do Ibirapuera, estão esgotados Cat Power e Antony and the Johnsons e Feist, Katia B e Cibelle.
Maior e mais antenada mostra de música internacional do País, o TIM Festival completa 22 anos numa encruzilhada. Tem sido assediado por diversas empresas do ramo de entretenimento que sonham incorporar a mostra. Chegou a receber este ano uma proposta milionária do grupo T4F, mas o negócio não prosperou.
O festival começou em 1985 apenas como Jazz Festival (inspirado no Cool Jazz Festival), pelas irmãs cariocas Monique e Sylvia Gardenberg (Sylvia morreu de câncer no pulmão em 1998). A partir de 1987, tornou-se Free Jazz Festival. Com a proibição da propaganda de cigarros, trocou de patrocinador. A partir do final dos anos 1990, o festival buscou incluir em sua programação a música eletrônica e correntes híbridas como o acid jazz e o trip-hop. ‘O festival teve de se renovar, abrir para novas tendências para a sua sobrevivência. Do contrário, morreria de asfixia’, disse, na época, Monique Gardenberg.’
ARTE
Museu Manabu Mabe está previsto para 2008
‘Estima-se que em junho de 2008, ano em que se comemora o centenário da imigração japonesa no Brasil, comece a funcionar em São Paulo o Museu de Arte Moderna Nipo-Brasileira Manabu Mabe. É o que diz Yugo Mabe, filho do artista morto em 1997. Em 2005, o Governo do Estado de São Paulo cedeu o prédio do antigo Colégio Campos Salles, na Rua São Joaquim 288, no bairro da Liberdade, para que o Instituto Manabu Mabe, presidido por Yugo e formado pelos outros filhos e pela viúva do artista, criasse um museu de arte nipo-brasileira no local. Desde então, foi concebido o projeto, junto com o arquiteto Vitor Mori, do Iphan (do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), para a realização da instituição. O orçamento total é de R$ 10 milhões. O projeto, aprovado pela Lei Rouanet, tem captado até agora ‘R$ 1 milhão e pouco’, diz Yugo, em coletiva de imprensa no MAC-Ibirapuera.
Desde 2006, o prédio, construído em 1911 e que sofreu incêndio em 1992, vem já passando por processo de restauração liderado por Antonio Sarasá, do Estúdio Sarará. O museu terá reserva técnica, salas para exposições permanentes e para mostras temporárias. Faz parte do projeto, também, a construção de um prédio anexo.
Como conta Yugo, o acervo do museu, primeiramente, será formado por ampla seleção de obras de todas as fases de Manabu e ainda por uma centena de peças feitas por outros artistas nipo-brasileiros colecionadas por Mabe.’
TELEVISÃO
Keila Jimenez
Record rouba Ídolos
‘A Record acaba de tirar do SBT o reality show Ídolos. Formato da Fremantle, a mesma de O Aprendiz – que já é da Record – Ídolos teve duas edições exibidas pela rede de Silvio Santos sem grande repercussão.
A primeira temporada do concurso que pretende revelar um ídolo da música nacional foi ao ar em abril de 2006 e a segunda, em março de 2007. Em tese, o SBT teria prioridade na renovação de contrato por mais uma temporada da atração. No entanto, alegando que a emissora mexeu muito no formato original, a Fremantle resolveu repassar o programa para a Record. O acordo deve ser assinado nos próximos dias.
A nova versão de Ídolos vai estrear ainda no primeiro semestre de 2008, e não terá quase nada da versão exibida pelo SBT.
Os apresentadores Ligia Mendes e Beto Marden e os jurados Carlos Eduardo Miranda, Arnaldo Saccomani, Cynthia Zamorano e Thomas Roth serão dispensados. A Record já está atrás de um novo casting para o programa.
Se tudo der certo, a emissora deve iniciar as grandes seletivas com os candidatos a uma vaga no reality logo no início do ano.’
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