A organização Repórteres Sem Fronteiras [3/12/06] chamou atenção para duas novas prisões de jornalistas iranianos, Shirko Jahani e Hussein Saidpour, e o fechamento do jornal semanal Sepass, em uma crescente demonstração de repressão à imprensa do país. Em protesto, cinco jornais suspenderam suas operações. ‘As autoridades iranianas mostraram, mais uma vez, que repressão é a única política que conhecem com relação à mídia’, afirmou a organização. ‘Esta perseguição tem que acabar’.
Jahani, correspondente da agência de notícias turca Euphrat na cidade de Mahabad, foi intimado em 27/11 pela promotoria local e imediatamente detido por escrever artigos críticos que foram publicados na imprensa estrangeira. Contra ele pesa também o fato de participar de uma organização fundada pelo jornalista Mohammad Sedigh Kabovand em defesa dos direitos humanos na parte curda do Irã. A mulher de Jahani conta que ele começou uma greve de fome depois de se recusar a pagar a fiança proposta de mais de US$ 5 mil. Saidpour, editor do Sepass, foi preso em 28/11. O jornal foi fechado sob acusação de ‘insulto étnico’ em uma das respostas do jogo de palavras-cruzadas em sua última edição.
Os semanários independentes pró-reforma da província de Zandijan Payam-e Zanjan, Bahar-e Zanjan, Seda-ye Zanjan, Alborz-e Khorram e Mowj-e Bidari anunciaram, em declaração conjunta, que decidiram suspender suas atividades em protesto às políticas repressivas do presidente Mahmoud Ahmadinejad contra a imprensa.