O furacão Katrina será lembrado como o desastre natural que mais custou caro à mídia americana. Estima-se que cerca de US$ 1,13 bilhão, que seria destinado a anúncios e outros gastos com comunicação entre agosto de 2005 e setembro de 2006, seja perdido por causa do furacão. Reunindo as outras cinco tempestades que atingiram os EUA em 2005, a perda total chega a US$ 1,59 bilhão.
Os valores foram encontrados em um estudo feito pela empresa de pesquisa de mídia PQ Media, que analisou o impacto financeiro do Katrina em 26 diferentes meios de comunicação, incluindo todas as formas de publicidade local e nacional, serviços de marketing e comunicação institucional em 20 mercados afetados pelo furacão.
A publicidade local foi a mais atingida, com perda estimada de US$ 470 milhões no período citado anteriormente. Nos mercados afetados pela catástrofe, a perda representa queda de 2,4% no valor anual gasto com anúncios na região – US$ 19,73 bilhões. Estima-se que as despesas com publicidade nacional caiam 0,2% ou US$ 35,5 milhões. ‘Não são as grandes marcas que estão cortando despesas, são os negócios locais que fecharam e não podem anunciar. É necessário esperar para que estes negócios voltem ao normal’, afirmou Leo Kivijarv, diretor de pesquisa da PQ Media.
Com os estabelecimentos de mídia de volta ao funcionamento normal desde o mês passado, há sinais crescentes de recuperação. No entanto, vender anúncios ainda está sendo problemático pela falta de dados sobre população e audiência, que só estarão disponíveis em algum momento no primeiro trimestre de 2006. ‘O único evento catastrófico a ter um impacto maior nas despesas com a mídia do que o Katrina foram os ataques terroristas de 11/09/01, que foram provocados pelo homem e afetaram a mídia no mundo todo’, afirmou Patrick Quinn, presidente da PQ Media. Informações de Katy Bachman [Adweek,23/11/05].