Wednesday, 18 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Lorde Conrad Black se diz inocente

Conrad Black declarou-se inocente em audiência em um tribunal americano, na quinta-feira (01/12). O ex-magnata de mídia é acusado de desviar mais de US$ 84 milhões da Hollinger International, império de jornais que ajudou a construir. Black, de 61 anos, é ex-presidente e ex-executivo-chefe do grupo, que é proprietário do Chicago Sun-Times, entre outros títulos.

A juíza distrital Amy St. Eve liberou Black depois do pagamento de fiança de US$ 20 milhões, garantido por sua mansão na Flórida, e US$ 8,5 milhões apreendidos da venda de uma propriedade em Manhattan. Em um acordo com promotores federais, o empresário afirmou que não contestaria qualquer pedido de extradição e foi ordenado a residir no Canadá, Chicago ou Palm Beach.

Peter Atkinson, ex-vice-presidente-executivo da Hollinger International, também se declarou inocente diante da juíza e foi liberado depois de pagar fiança de US$ 20 milhões.

Em setembro, o ex-publisher da Hollinger International e braço direito de Black, David Radler, concordou em cooperar com os promotores federais no caso e pagar multa de US$ 250 mil, além de cumprir pena de 29 meses de prisão, depois de ter se declarado culpado por fraude. "Se é verdade que ele cometeu um delito, melhor admiti-lo. Se ele for adiante e tentar incriminar pessoas inocentes, isso é outra questão", disse Black em relação a Radler.

Black é conhecido no Reino Unido como lorde Black de Crossharbour, título que recebeu após renunciar à cidadania canadense. Ele começou a ser investigado em 2003, depois que acionistas levantaram dúvidas sobre algumas movimentações suspeitas dentro da empresa. Além das irregularidades com a venda de pequenos jornais canadenses, Black é acusado de usar dinheiro da Hollinger para fins pessoais, como os US$ 42 mil que gastou com a festa de aniversário da mulher em 2000. Informações de Mark Fitzgerald [Editor & Publisher, 01/12/05] e Michael Higgins [Chicago Tribune, 02/12/05].

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