Em sua coluna de domingo [28/10/07], a ombudsman do Washington Post, Deborah Howell, escreveu sobre o poder e os perigos das manchetes e títulos. Segundo Deborah, manchetes fortes exigem muita atenção: devem ser curtas, objetivas e atrair os leitores para a matéria. Elas também podem ser sensíveis ou engraçadas. As melhores fazem os leitores irem até o fim do artigo; as ruins geram reclamações. Algumas chegam a se tornar históricas.
Os responsáveis por esta árdua tarefa são os editores. Deborah já foi editora e sabe como o trabalho é duro, ainda mais sob a pressão dos deadlines. Atuais editores compartilham de sua opinião. ‘Talvez o maior desafio é ler mil palavras sobre um assunto complexo e achar apenas seis para contar a história, sem tirar seu tom, com geralmente menos de cinco minutos para fazê-lo’, afirma Vince Rinehart, chefe do copidesque.
Objetividade
Os leitores que reclamam dos títulos geralmente não têm idéia de como é complexo reduzir um texto a uma linha com 12 caracteres. Segundo o manual do Post, os títulos devem ser precisos e ‘capturar a essência e o tom da matéria, assim como seu elemento mais importante’; ‘eles devem convidar os leitores à matéria’. As dicas para tal são: use palavras fortes e evite linguagem burocrática e difícil de entender.
Já para títulos de artigos opinativos, Rinehart aconselha que o autor ‘dê ao leitor dicas importantes sobre o que o artigo quer passar’. Basicamente, o título deve ser compreendido antes da leitura do texto. Além disso, ele deve ser curto, para ‘arejar’ a página.