A Administração Geral de Imprensa e Publicações (AGIP), escritório responsável pela regulação do mercado de jornais e revistas na China, anunciou no início da semana novas regras a serem adotadas por estes veículos de comunicação. Jornalistas e editores de jornais e revistas já tinham que se submeter a testes para receberem permissão para trabalhar na imprensa. Agora, todos os funcionários de todos dos jornais e revistas chineses serão obrigados a passar por exames para garantir, segundo definição da AGIP, que são adequados ‘às qualificações de imprensa e publicação’.
De acordo com informações da Interfax [5/12/05], o escritório ressalta que a exigência dos novos exames para funcionários fora do setor editorial dos veículos de comunicação serve para assegurar que todo o corpo de trabalho destas empresas seja ‘qualificado’ – sem explicitar a que padrões de capacitação se refere.
Além dos funcionários, a nova política estipula que todos os jornais e revistas devem passar por avaliações de qualidade, exames antes de serem publicados e após começarem a ser distribuídos. Todas as avaliações serão conduzidas pela AGIP, e veículos que falharem nos testes serão suspensos e terão sua licença de publicação revogada.
Publicações que quiserem inserir suplementos em suas edições precisarão de aprovação do governo. Depois de aprovados, estes suplementos não podem ser vendidos pelos jornais, e sim distribuídos gratuitamente. Estas seções especiais não podem se repetir em um jornal por mais de três dias seguidos.
Ainda segundo as novas regras, jornais e revistas chineses têm permissão para usar informações da internet, mas elas devem ser claramente atribuídas ao sítio de onde foram tiradas e datadas. Cabe às publicações checar a autenticidade das informações online.