A internet já pode ser considerada uma das maiores fontes atuais de difusão de informação, entretenimento e disseminação da cultura. O avanço da rede possibilitou um novo cenário, onde os usuários, através da Web, se tornam geradores de conteúdo. A liberdade sem fronteiras proporcionada pela rede, entretanto, trouxe consigo uma série de novas questões que foram se impondo. Segurança, custos, línguas e diversidade, combate à pornografia infantil e inclusão digital: o universo que permeia a rede foi discutido na última semana (de 12 a 15/11), no Rio, durante o 2º Fórum para a Governança da Internet.
Com o objetivo de debater tópicos de governança global da rede www e promover a ampla participação nas ações para o futuro da Internet, participantes de mais de 100 países estiveram no 2º Fórum para a Governança da Internet (IGF), realizado recentemente na cidade do Rio de Janeiro. O primeiro encontro foi em Túnis, em novembro de 2005. ‘Fora o problema de nomes e números que envolvem a governança da internet, existem muitos assuntos a serem resolvidos. Ela precisa funcionar bem num mundo cheio de culturas, países e legislações diferentes’, aponta Demi Getschko, membro do comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e conselheiro do Icann (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers).
Liberdade de expressão, segurança, custos de acesso, múltiplas línguas e diversidade, medidas de combate à pornografia infantil, proteção contra a exploração de crianças e inclusão digital são apenas alguns dos temas que envolvem esse universo. ‘O IGF é um fórum que discute esses assuntos. Ele não toma ações ou gera resoluções, mas coloca os atores dessas camadas da rede em contato direto, resultando assim em ações positivas para o setor’ analisa.
Atualmente, mais de um quinto dos habitantes do planeta está conectado à rede, segundo o professor Hartmut Richard Glaser, diretor do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, braço executivo do CGI.br. Glaser calcula que este é um número pequeno, se forem consideradas as dificuldades especiais de conectividade enfrentadas pelas nações menos desenvolvidas. ‘Promover a inclusão digital nos locais mais remotos é um desafio para governantes, entidades e ONGs. Os países estão à procura de soluções para acesso de baixo custo, o que resolveria o problema em diversos países, como o Brasil’, expõe Glaser.
Os próximos encontros do IGF serão na Índia e no Egito.
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Da Redação FNDC