Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Julgados suspeitos de assassinato de editor

Dois russos acusados do assassinato do jornalista americano Paul Klebnikov se declararam inocentes no primeiro dia de julgamento, na terça-feira (10/1). Klebnikov, editor da edição russa da revista Forbes, foi morto a tiros em frente a seu local de trabalho, em julho de 2004. Os EUA vêm pressionando o país para solucionar o caso.


Os chechenos Kazbek Dukuzov e Musa Vakhayev negaram ter participado do assassinato do jornalista após ouvirem as acusações no tribunal. A imprensa não recebeu permissão para acompanhar o julgamento.


Promotores acreditam que o ex-líder separatista checheno Khozh-Akhmed Nukhayev tenha ordenado o crime aos dois homens julgados por não ter gostado de um livro sobre ele escrito por Klebnikov. A polícia ainda procura Nukhayev e outros dois homens acusados de participação no assassinato.


Grupos de mídia ocidentais sugerem que a versão apresentada pelos promotores pode ser uma ‘cortina de fumaça’. Críticos afirmam que os tribunais russos têm a tendência de condenar criminosos menores enquanto os verdadeiros responsáveis pelo crime usam suas conexões para escapar da punição.


Como Klebnikov escrevia sobre o obscuro mundo dos negócios na Rússia, denunciando ligações entre políticos importantes e o submundo do crime, há a suspeita de que ele possa ter desagradado a muito mais gente do que se imagina. Uma das especulações para sua morte sugere que magnatas russos teriam ficado irritados ao ter suas riquezas expostas em uma matéria da Forbes que identificava os homens mais ricos do país. Informações da Reuters [10/1/06].