As tropas militares americanas libertaram, no domingo (15/1), dois jornalistas iraquianos que trabalham para a Reuters, depois de detê-los por vários meses sem acusações. Ali al-Mashhadani, cinegrafista preso em agosto, e Majed Hameed, correspondente da Reuters e da al-Arabiya detido em setembro, trabalhavam em Ramadi, um dos centros da insurgência sunita.
Eles foram soltos depois de ficarem presos em Camp Bucca, no sul do Iraque, e em Abu Ghraib, em Bagdá. Pelo menos três outros jornalistas iraquianos que trabalham para organizações de mídia estrangeiras, incluindo um outro cinegrafista da Reuters, permanecem em custódia.
A agência de notícias pediu que o exército americano liberasse Samir Mohammed Noor, que está preso sem acusações há sete meses. Um cinegrafista da CBS também está detido desde abril. ‘Nós estamos felizes por Ali e Majed estarem livres, embora continuemos a ter sérias dúvidas sobre por que eles ficaram presos por tanto tempo sem acusações’, afirmou o editor-responsável pelas operações globais da Reuters, David Schlesinger.
Grupos internacionais de direitos humanos expressaram diversas vezes preocupações sobre as longas e injustificadas detenções de jornalistas por tropas americanas. Mais de 14 mil pessoas, na sua grande maioria árabes sunitas, estão detidas por tropas militares por suspeitas de fazerem parte da insurgência iraquiana. Informações da Reuters [15/1/06].