Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Marroquinos julgados por publicação de piadas

Dois jornalistas marroquinos foram levados a julgamento sob acusação de difamar o Islã depois que sua revista, Nichane, publicou uma série de piadas. Saana Al Aji, autora do artigo em questão, afirmou, diante de um tribunal lotado no início da semana, que sempre respeitou ‘a religião e a sociedade’, completando que tudo o que fez foi noticiar um fenômeno que está ocorrendo no país. Saana enfrenta o processo junto com o chefe de redação da publicação semanal, Driss Ksikes.


No texto, em língua árabe, falava-se sobre como os marroquinos riem de religião, sexo e política, e eram feitas referências a piadas sobre o profeta Maomé, o falecido rei Hassan II e o ex-ministro do Interior linha-dura Driss Basri.


O público marroquino acompanha atentamente o caso desde que o primeiro-ministro Driss Jettou ordenou, em dezembro, a proibição da venda e exposição da revista. A Nichane foi lançada em setembro e atingiu rapidamente circulação de 14 mil cópias semanais, conquistando principalmente leitores jovens que se identificavam com a linguagem coloquial e as idéias liberais expostas na publicação.


Diversas publicações e suas equipes receberam duras multas em 2006 por causa de artigos considerados ofensivos à monarquia, mas o caso da Nichane foi o primeiro em que um veículo de comunicação teve sua venda proibida, no ano passado. Informações da AFP [8/1/07].


 


Correspondente libertado na Colômbia


Foi libertado na terça-feira (9/1), na Colômbia, o jornalista Freddy Muñoz, preso desde novembro sob acusação de ajudar rebeldes a bombardear instalações elétricas em 2002. A detenção do correspondente da emissora de TV Telesur, financiada pela Venezuela, provocou protestos por parte de organizações em defesa da liberdade de expressão.


A Repórteres Sem Fronteiras, que milita pelo respeito à liberdade de imprensa, afirmou que a acusação teria sido baseada em entrevistas feitas pelo repórter com guerrilheiros considerados terroristas por Bogotá e Washington. O governo do presidente conservador Álvaro Uribe refuta a alegação, e diz que a prisão não teve relações com o trabalho jornalístico de Muñoz.


Mesmo com a soltura do jornalista, a investigação para determinar os culpados pelas explosões nas cidades de Barranquilla e Cartagena continua. Informações da Reuters [9/1/07].