Dois correspondentes iraquianos foram seqüestrados na quarta-feira (1/2) em Bagdá quando voltavam de uma coletiva de imprensa. Reem Zaid, de 23 anos, e Marwan Khaza´al, de 25, que trabalham para a emissora por satélite al-Sumeriya TV, estavam com dois cinegrafistas e o motorista quando tiveram seu carro bloqueado por outro veículo. Cinco homens armados levaram os jornalistas e deixaram os cinegrafistas.
Militantes sunitas costumam ter como alvo de seqüestros e ataques jornalistas que trabalham para veículos de mídia financiados pelos EUA ou veículos estrangeiros. Como resultado, muitos profissionais de imprensa abandonaram seus empregos; outros tomam grandes precauções para não serem relacionados com seus empregadores. Muitas emissoras no Iraque são também controladas por facções políticas de dentro e fora do governo.
Um funcionário da al-Sumeriya, que não quis se identificar, afirmou em entrevista à Reuters que o canal é privado e não tem ligações com nenhum grupo político. ‘Somos um canal neutro, não somos ligados ao governo’, ressaltou.
Em Nova York, a diretora-executiva do Comitê para a Proteção dos Jornalistas, Ann Cooper, condenou os ataques a ‘civis inocentes’. Segundo ela, grupos armados seqüestraram pelos menos outros 37 jornalistas no Iraque desde abril de 2004. A maioria dos profissionais foi libertada, mas seis reféns foram mortos. Informações de Aseel Kami [Reuters, 2/2/06].