Já que não pode com eles, junte-se a eles. Sem conseguir conter a fragmentação de público, a queda de audiência e o crescimento da TV paga e da internet, a Globo luta agora para que as empresas do grupo sejam mais aliadas e menos concorrentes.
O Projac, central de estúdios da emissora no Rio, passará a produzir mais para os canais Globosat, a web e para a Globo Filmes.
Isto é fruto da reorganização da empresa anunciada na noite de quarta pelo diretor-geral da Globo, Carlos Henrique Schroder.
A nova estrutura organizacional do grupo pretende integrar a produção de TV aberta, TV paga, web e cinema.
A integração e a troca de conteúdo entre a Globo e a Globosat será maior no jornalismo e no entretenimento. O diretor Guilherme Bokel está cuidando da produção da Globo para a TV paga e web.
A Globo Filmes também passará a contar mais com a estrutura do canal aberto, além de agir em parceira com os canais Telecine.
Três executivos ganharam mais poder com as mudanças. São eles: Willy Haas, diretor-geral de negócios, Rossana Fontenele, diretora de planejamento e gestão, e Amauri Soares, diretor de programação. Soares terá sob o seu comando a área de controle de qualidade, dirigida, até então, por Luís Erlanger.
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Keila Jimenez é colunista da Folha de S.Paulo