Em 11 dias, 600 mil pessoas devem passar pelos estandes da Bienal do Livro do Rio que, este ano, completa 30 anos como um sucesso absoluto de público, de negócio e de crítica. A expectativa é que sejam vendidos 2,5 milhões de livros, e o faturamento fique em R$ 58 milhões, segundo Sônia Jardim, presidente da Comissão Organizadora do evento e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros.
Em entrevista que me concedeu na Globonews, ela também contou como está a economia do livro no Brasil: em 2012, por exemplo, foram vendidos em todo o país quase 5 bilhões de exemplares.
O grande desafio da Bienal, de acordo com ela, é conseguir a cada dois anos se renovar. Sônia falou também sobre o perfil dos visitantes: quase 50% deles são jovens, têm entre 14 e 29 anos.
Futuro do livro
Sobre os livros digitais, ela explicou que nos EUA, representam 25% do total; no Reino Unido, 12%; mas no Brasil, apenas 0,01%. A tendência, portanto, é de crescimento.
No segundo bloco do programa, em conversa com Rui Campos, presidente da rede Travessa, ele disse que as livrarias, nas grandes cidades, estão num momento bom. Elas são ponto de encontro, local de conexão, uma “praça”.
Quando perguntei sobre o futuro dos livros aos dois, Sônia disse que eles sempre terão o seu espaço. Rui acha que não vão acabar, porque as pessoas gostam deles e sentiriam falta. Quando andamos pelos corredores da Bienal e vemos tantas crianças lendo, a gente acha que o livro – físico ou digital – vai, sim, continuar.
O programa pode ser visto aqui, na íntegra.
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Míriam Leitão é jornalista