O cientista político Francisco Fernandes Ladeira, em seu texto “Os velhos preconceitos da elite brasileira”, neste Observatório, demonstra desconhecimento da realidade brasileira: a Saúde é mal pensada e mal gerida em sua alta hierarquia. A propaganda oficial, enganosa, de propósito passa ao largo das mazelas da saúde pública brasileira. Jogar os desacertos do sistema nas costas do médico ou de qualquer outro profissional da Saúde é, no mínimo, preconceito ou desinformação (Arnaldo Pereira da Silva, médico, Almenara, MG)
Reação de médicos e jornalistas
[Segue-se um comentário ao artigo de Francisco Fernandes Ladeira (“Os velhos preconceitos da elite brasileira”), publicado na edição 762 do Observatório da Imprensa.] Muito lúcidas, suas colocações, sendo que consegue expor dois assuntos de suma importância para o país, ou seja, como tratamos a saúde e como tratamos as informações de massa. Ambas são maltratadas. Quanto à reação dos médicos, por mais estranho que seja é mais aceitável que a reação dos midiáticos (jornalistas) ditos in(dependentes) de seus senhores feudais (midiáticos) do sudeste também extremamente in(dependentes). Por que digo que a reação dos médicos é mais aceitável? Analisado sem considerar preconceitos ou xenofobias, a categoria vai enfrentar concorrência, o que a maioria das empresas privadas enfrenta diariamente – e confesso que não gosto de concorrência e sempre que posso reclamo. Mas logo em seguida vejo mais oportunidades do que defeitos e continuo melhorando minha operação. Agora quanto ao aglomerado in(dependente) de mídia, não dá para entender, pois vivem arrotando em nossos ouvidos sua imparcialidade, porém o que mais vemos é a mais pura e imbecil parcialidade – tudo que não agrade aos senhores feudais é rechaçado. E os profissionais (será que são?) que trabalham para estes senhores, que não tem a mínima integridade para demonstrar os diversos lados de um fato? Como sabemos, sempre existem pelo menos dois lados, como nós vemos e como a parte afetada vê. O bom jornalismo deverá manter a imparcialidade por mais que isso venha contra seus princípios, pois acredito que o papel da mídia é só informar, e não julgar/condenar ou absolver. Para isso existem outras instâncias (Wilson Cardoso, empresário, Joinville, SC)