Houve um tempo em que “sair na imprensa” era coisa de elite ou de marginais. Nessa era de extremos midiáticos, havia até a queixa do cancioneiro popular, de que “a dor da gente não sai no jornal”. Dizia a letra de “Notícia de jornal” (composição de Haroldo Barbosa e Luiz Reis e interpretações de Chico Buarque de Hollanda e Miltinho) que: “Ninguém notou, ninguém morou/Na dor que era o seu mal”. Referia-se, como numa “crônica policial” de “imprensa marrom”, a uma “Joana de tal” que, por causa de um “tal João”, havia atentado contra a vida e, como saldo, tudo de ruim se lhe havia acontecido, até a perda do lar, pois tudo em volta se acabara.
Não que não haja mais Joanas e Joãos desesperados em seus humildes barracões; não que não sofram, de dramas pessoais e sociais. Mas muita coisa mudou, tanto na realidade social brasileira, uma realidade de milhões de pessoas ainda dependentes de “bolsa-família”, quanto no tratamento que os cidadãos merecem da imprensa, sejam eles celebridades ou “cidadãos comuns”. Aliás, não existem mais cidadãos de segunda. Todos merecem respeito e dignidade, prerrogativas que, se ultrajadas, contam imediatamente pelo menos com um “disque” de prontidão ou de toda a imprensa, sempre disposta a denunciar agressões, discriminações e mal atendimento do cidadão ou do mesmo na sua versão de senhor da coisa pública: contribuinte.
Hoje, na relação com a imprensa, a situação se inverteu. Agora, o povo é de fato, o tal, mas num sentido positivo, de atenção, carinho, prestação de serviço e utilidade pública. Servir ao cidadão é uma marca da imprensa brasiliense, espaço no qual o cidadão, a não ser ele que atente contra a própria existência, contra a vida e contra os direitos de outros cidadãos ou de uma coletividade, terá muitas chances de sair bem no filme.
Isso mesmo, tanto o cidadão é boa notícia, quanto no seu planejamento diário, a mídia de Brasília prioriza o cidadão como foco de uma série de pautas, orientadas, sobretudo, pelo que é de utilidade pública e pelo que como um serviço ao público, desde as primeiras horas do dia ao retorno ao lar, passando pelo que está no cotidiano e nas agendas: semanal, mensal, anual. São orientações sobre prazos, dicas de locais e horários de atendimento, oportunidades e uma variedade de esclarecimentos em torno de impostos, direitos, deveres, vacinações, procedimentos etc.
Boas histórias
Colunas, seções e espaços cativos, incluindo a contratação de consultores, já há muito tempo têm garantidas as suas “retrancas”, como se diz no jargão jornalístico, a começar pelos assuntos mais dramáticos para o exercício pleno da cidadania: saúde, segurança, transporte, trabalho e muitos guias: o que fazer, como fazer, como evitar, como cuidar e, em todos os casos, qual o destinatário das queixas e sugestões; quais os telefones úteis e quais os endereços, físicos, de internet, de e-mail etc. Há ofertas dos mais variados conteúdos e, de quebra, a orientação de especialistas, até sobre como entender o ‘seu’ animal doméstico que de uma hora para outra regrediu, fazendo as suas necessidades pela casa afora. Por vezes, a ocasião faz o “gancho” para a oferta de matéria ou de espaços de serviço, tornando-se os mesmos um diferencial da edição. No dia 25 de maio de 2013, véspera do jogo inaugural do Estádio Mané Garrincha (ao qual compareceram mais de 60 mil pessoas), o Correio Braziliense publicou em página dupla um “Guia do Torcedor”, contendo mapas e numerosas indicações sobre acessos, linhas de ônibus e metrôs, locais de estacionamento, emergências e localizações das arquibancadas.
Na imprensa brasiliense e na imprensa em geral, áé tão frequente a oferta de páginas e conselhos dedicados à saúde que o fenômeno já tem até designação por parte dos estudiosos. Trata-se da “mídia-consultório”, seja na oferta de matérias especializadas, seja no franqueamento de especialistas para responder a perguntas: “Escreva para nós… Encaminhe as suas dúvidas…” Mas há também os atendimentos voltados para as “comunidades”, por exemplo, dos “concurseiros”; dos fanáticos por novas tecnologias; dos amantes do vinho; da boa comida; do turismo de aventura e, por alguns meses do ano, orientações acerca do Imposto de Renda.
Uma característica muito marcante no relacionamento imprensa-cidadão passou a ser as oportunidades que são oferecidas às pessoas para que elas também participem da elaboração dos conteúdos midiáticos, graças às facilidades de interação e interatividade proporcionadas pelos novos meios técnicos, entre eles, as redes sociais. Antes, o máximo que lhe a mídia lhe proporcionava era o status de fonte de informações. Agora, podem ser autoras ou co-autoras de matérias. O professor Alex Primo, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, referência no assunto, considera que há três níveis de interatividade: um, mais elementar, das interações pessoa-máquina; outro, das interações entre pessoas, mediadas por computador; e um terceiro, mutuamente cooperativo, quando duas ou mais pessoas interagem, via suportes digitais, na produção de um texto, mensagem ou produto multimidiático (que reúne texto, voz, imagens e movimento).
Foi o advento dos cenários midiático-interativos que proporcionou o que se tem denominado de “jornalismo cidadão”, sinônimo de “jornalismo colaborativo”, modalidades que representam avanços com relação ao outrora (década de 90) novo “jornalismo público”, tradução para um movimento que teve origem nos Estados Unidos, o do civic journalism, também chamado de public journalism, ou seja, o jornalismo comprometido com os problemas das comunidades, sem, no entanto, se confundir com o “jornalismo comunitário”, por exemplo, das rádios comunitárias.
O jornalismo cívico (ou cidadão) norte-americano consiste na cooperação entre imprensa e movimentos sociais ou de associações de bairros, no enfrentamento de problemas tais como violência e drogas. Originalmente, o civic journalism tinha como bandeira as campanhas em torno do voto e do voto responsável. Como nos EUA o voto não é obrigatório, as comunidades, com o apoio da imprensa, entenderam que ir votar e acompanhar o cumprimento dos compromissos por parte dos eleitos eram duas etapas fundamentais para a consecução dos seus objetivos.
No Brasil não houve, como ainda há nos Estados Unidos, parcerias financeiras na realização de projetos de jornalismo público, em geral, entre fundações privadas de direito público e empresas jornalísticas. Aqui, a receptividade da ideia do jornalismo público (que não é propriamente um gênero, mas um movimento) foi muito forte e com uma característica muito peculiar: a liga que uniu comunidades e mídia foi dada pelo interesse público, mesmo sem o altruísmo financeiro de grandes corporações. Foi assim que se deu, por exemplo, com a campanha “Paz no trânsito”, nascida na redação do Correio Braziliense, abraçada pelo Governo do Distrito Federal e respaldada pelos brasilienses. O respeito à faixa de pedestres é uma marca de Brasília e um exemplo bem sucedido de mobilização social que está sendo copiado em outras cidades.
A parceria entre o Correio Braziliense e a Capital Federal existe desde a inauguração dos dois, ou seja, 21 de abril de 1960, quando Assis Chateaubriand teve de “pagar” a aposta que fez com Juscelino Kubitschek: ‘Se você inaugurar uma cidade naquele ermo, eu inaugurarei lá um jornal’. Ao longo de mais de meio século, o CB tornou-se mais do que jornal-aposta e homenagem ao ideário republicano de Hipólito José da Costa, tornou-se, como no título de uma das suas colunas, o Correio do Braziliense, pertença que não tem sentido apenas retórico, muito pelo contrário. “Um jornal serve para servir”, publicou certa vez em editorial de primeira página o Correio Braziliense, profissão de fé cumprida com capricho e merecedora ao longo de sua história de mais de uma centena de prêmios, tanto o jornal quanto os seus jornalistas.
Numa de suas edições, o Prêmio Esso de Jornalismo, a mais conceituada distinção do gênero no Brasil, recaiu sobre uma série de reportagens do CB. Até aí, nenhuma novidade, a não ser pelo fato de que essa premiação, geralmente atraída por coberturas dramáticas, rendeu-se aos encantos de relatos de impacto social: onze reportagens de uma série intitulada “Amores possíveis”, de autoria de Conceição Freitas, narrando “boas histórias” de pessoas que, a despeito de serem deficientes físicos, moradores de ruas, mudos, cegos, cadeirantes, presidiários e internos de um hospital psiquiátrico, construíram histórias de amor. Modesta, Conceição havia inscrito a sua produção no âmbito regional, do Centro-Oeste. A Comissão Julgadora considerou, no entanto, que a série merecia o primeiro lugar na categoria Esso Nacional de reportagem.
Linha direta
Prêmios, inclusive internacionais, tornaram-se uma rotina para o CB e seus repórteres e editores. Premiações, no entanto, são apenas protocolos de reconhecimentos ocasionais de grande brilho. No dia a dia, é difícil folhear o CB sem que alguma matéria faça parte do clipping de quem recolhe demonstrações dessa relação univitelina entre imprensa e cidadania. Imprensa e cidadania é, por sinal, nome de uma das linhas de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade de Brasília.
Rotina, portanto, é encontrar-se nas páginas do CB matérias de serviço ou notas de serviço ancorando as reportagens, como no exemplo “clipado” do caderno “Cidades” do dia 18/05/2013: “Adoção bate recorde”. Pouco menos de uma página inteira, não sobre o lar desmoronado de uma “Joana de tal”, por causa de um “tal João”, mas, a “boa notícia” acerca das estatísticas de adoção de crianças no DF e, como exemplo, a adoção de três irmãos por um casal sem filhos. E, como é típico nas matérias de cidadania e “impacto social”, um boxe dando o serviço, ou seja, o “Passo a passo” instrucional, para quem queira adotar uma criança, um decálogo tendo como fonte o Conselho Nacional de Justiça. O “gancho” para a matéria, como se diz no jargão jornalístico, era o fato de ter ocorrido um aumento de 34,8 por cento – o maior da história –, nesse tipo de ação, entre 2009 e 2013. Em geral, quando o assunto é a mobilização social em torno de causas sociais e humanitárias, as matérias contam com a participação de uma tríade de protagonistas: autoridade pública, cidadão e repórter.
Mas o Correio Braziliense tem ido mais longe na sua política editorial voltada para a cidadania, privilegiando pessoas cuja vidas são exemplos de batalhas, pioneirismo e realizações em benefício coletivo. Fugindo do lugar-comum de abrir espaços para o brilho de celebridades, oCorreio se notabilizou pelo resgate de centenas de personagens que participaram da construção e da consolidação de Brasília, ao longo de seus 50 anos: a senhora que foi caminhoneira; os operários que manufaturaram os moldes das colunatas do Palácio do Planalto; os marceneiros que trabalharam na construção do Catetinho (primeira mora do presidente Juscelino); ou simplesmente o casal que festejou 70 anos de casamento, juntando na celebração (na qual novamente disseram SIM), toda a sua prole: dez filhos, 26 netos e 14 bisnetos. Páginas sem anúncios por vezes são abertas para que o público concorra à melhor foto da cidade ou para algum repórter fotográfico que montou um ensaio sobre os ipês amarelos, roxos e brancos da Capital.
Nessa linha de fazer de uma publicação impressa uma espécie de álbum de família do brasiliense, os Diários Associados decidiram publicar em Brasília a revista Encontro, que já existia em Belo Horizonte, e que se dedica inteiramente aos brasilienses que, de alguma forma, fazem Brasília com os seus talentos nas mais variadas “retrancas”: arquitetura, música, filantropia, gastronomia, lazer, literatura, negócios, pintura, turismo etc. E como não poderia deixar de ser, com muitas dicas de serviço, como na matéria de capa de uma das primeiras edições, em que foram destacadas, numa matéria especial de Leilane Menezes, dez entidades que no DF cuidam de crianças resgatadas do abandono e de situações de risco.
Semanalmente (a Encontro é mensal), é a Revista do Correio que trata de afagar a autoestima dos moradores do DF, nas suas 40 páginas, bem diagramadas e valorizando as pessoas, suas histórias e competências, como na edição de número 394 (2/12/2012), cuja chamada de capa festejava “Os novos velhos brasileiros”, ou seja, aqueles que, a caminho dos 100 anos de idade, curtem a vida, adotam hábitos saudáveis e são verdadeiros “pés de valsa”.
Invariavelmente, a Revista do Correio traz uma página dupla central com assuntos de saúde. Na referida edição, uma matéria didática sobre como enfrentar um certo “Aperto incontrolável” (incontinência urinária). E como saúde é literalmente o que interessa, tome mais revista: o mesmo pacote daquela edição dominical do CB trazia ainda um encarte-revista da série “Viva Melhor – Qualidade de vida em foco”, uma matéria de capa sobre “O caminho do bem-estar”, relatando a experiência de pessoas que decidiram mudar a sua rotina sedentária, obtendo com isso “mais disposição e saúde, perda de peso e ganho de qualidade de vida”.
Por sua vez, o Jornal de Brasília (JBr), fundado no início da década de 70 e que já recebeu no passado a perífrase de o “Washington Post brasileiro”, pela dedicação com que cobria a Capital, não tem ficado para trás em se tratando de dar atenções aos brasilienses, assim considerando os habitantes de toda a “Região Metropolitana do Distrito Federal”, abrangendo, portanto, todas as regiões administrativas desse complexo urbano que se estende para além das fronteiras do DF com os Estados de Goiás e Minas Gerais.
Além das colunas e espaços de serviço dedicados à cidadania, a exemplo do “Ponto do Servidor”, o Jornal de Brasília criou uma unidade de reportagem itinerante, que a cada semana permanece numa cidade do DF cobrindo os assuntos locais e atendendo as sugestões de pautas da população. Intitulada “Você repórter”, esse projeto transformou-se no carro-chefe de interação com a comunidade. Literalmente, o carro é uma van, à disposição dos moradores. Os repórteres e fotógrafos escalados vão lá para dar forma às contribuições dos populares. Uma semana antes da visita, é realizada uma ampla divulgação, incluindo panfletagem, para que a cidade da vez se mobilize em torno de suas pautas, que são cobertas e envidadas de lá mesmo.
“Se você não der voz aos cidadãos, não há como fazer do jornal um companheiro da comunidade”, afirma a editora-chefe, Maria Eugênia, há 20 anos no JBr, enquanto explica que as ligações telefônicas dos leitores são atendidas diretamente por ela ou pela editora-executiva, Nelza Cristina, não havendo intermediação nem mesmo da secretária, sendo esta uma das razões pelas quais o JBr optou por não ter ombudsman, e sim, uma linha direta com o cidadão, cujo número é 3343-8061. Mas o público também pode recorrer ao jornal por meio de e-mails e redes sociais.
Velha máxima
Com 20 anos de existência e com uma tiragem gratuita de 130 exemplares, o Jornal da Comunidade, como o próprio nome indica, é um veículo focado na vida dos brasilienses, sempre destacando personalidades cujos perfis se confundem com a história de Brasília e do DF. É o que se pode ver semanalmente no “Caderno VIP” e em matérias como a seguinte: “Minha vida daria um filme”, depoimento do primo-irmão de JK, Carlos Murilo, e ex-deputado federal. Personalidades do cotidiano brasiliense ganham também o seu destaque, principalmente no jornal Coletivo, também gratuito, vinculado ao grupo Comunidade. Outra referência em se tratando de mídia gratuita é o jornal Metro, do grupo internacional que circula em 23 países e atinge 20 milhões de países. Produto tipicamente brasiliense, no entanto, é o jornal Lotus (Ano 26, 17 mil exemplares), guia de medicina alternativa e de filosofias que procuram harmonizar corpo, mente e espírito. Nessa mesma sintonia, circula há 13 anos a revista Terceiro Milênio (11,5 mil exemplares), igualmente gratuita.
Porta-voz permanentemente atento às reivindicações, denúncias e contribuições dos cidadãos é a Central Brasileira de Notícias (CBN), que além das linhas dedicadas ao “Telefone do ouvinte”, tem explorado intensamente as redes sociais para interagir com a população do DF, partícipe de um “jornalismo colaborativo” que a emissora pratica desde que foi criada. Diariamente, mas com ênfase pelas manhãs e fins de tarde, quando a população se desloca para o trabalho e dele retorna, os ouvintes da CBN transformam-se em repórteres “tuiteiros”, fornecendo informações de todos os pontos do DF sobre as condições de trânsito: fluxo, acidentes, retenções e rotas alternativas. Eles chegam ao requinte de prevenir acidentes e prejuízos, por exemplo, avisando de buracos nas pistas, especialmente em dias de chuva.
Um dos fatores que têm contribuído para o sucesso dessa experiência de contar com as pessoas do público como co-autoras dos conteúdos jornalísticos tem sido a credibilidade alcançada por parte do público. Geralmente, as ocorrências não são relatadas por uma única pessoa, sendo que algumas delas fazem questão de fotografar ou filmar os acontecimentos e transmiti-los às redações, evitando, assim que os jornais e emissoras tenham de deslocar equipes para os locais dos incidentes. Por vezes, quando esse deslocamento é providenciado, até que uma viatura da reportagem chegue ao local ou a cena já se desfez ou o problema já foi resolvido. É claro que a imprensa também conta com a colaboração direta das autoridades, especialmente da polícia e dos bombeiros. Com frequência, pessoas do público e autoridades são confrontadas ao vivo. “Momentos como esses são gratificantes para o jornalista, na sua missão de intermediar respostas do Poder Público ao próprio público”, como afirma a repórter Raquel Miura, há dez anos na CBN.
No DF, as câmeras dos telejornais funcionam como olhos avançados do interesse público, sendo muito comum as redações serem alertadas antes mesmo dos plantonistas de serviços essenciais. Chamar a imprensa para documentar o motivo das queixas é uma forma utilizada pela população para pressionar as autoridades e por vezes criar a necessidade do comparecimento das mesmas aos locais dos problemas. Nada mais convincente na caracterização das denúncias do que deixar aos próprios usuários dos serviços públicos a narrativa dos seus dramas, ao vivo, direta e simultaneamente.
Deslocar uma equipe de TV, com toda a tecnologia necessária para transmissões diretas, não é simples, mas às vezes é necessário. E isto tem sido feito pelas sucursais das redes de TV estabelecidas em Brasília, razão pela qual as suas linhas figuram na lista dos “telefones úteis” da Capital, onde o DF-TV, por exemplo, está comemorando 30 anos de serviços prestados, ao lado do Bom dia DF, ambos referências no atendimento à população, funcionando como verdadeiras ouvidorias públicas, tal a sua capacidade de intermediação, não só de queixas e denúncias, mas também dos bons exemplos de cidadania. É quando o cidadão faz exemplarmente a sua parte e merece ser “boa notícia”, invertendo-se a velha máxima do jornalismo, aquela segundo a qual “más notícias, boas notícias” (bad news, good news).
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Luiz Martins da Silva é jornalista e professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília