Wednesday, 18 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

A memória do programa na internet

O Memória Roda Viva, um novo canal de pesquisa na internet, foi lançado na segunda-feira (16/6). O projeto tem como objeto o acervo do programa Roda Viva, da TV Cultura, e é voltado para estudantes, pesquisadores e o público em geral.


Trata-se de uma iniciativa conjunta da Fundação Padre Anchieta e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por meio de seu Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) e do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (Nepp). O projeto tem apoio da Fapesp por meio da modalidade de Auxílio a Pesquisa.


Inicialmente, o site reúne o texto integral de mais de 200 entrevistas com personalidades de diversas áreas, entre os quais Ayrton Senna, Dom Paulo Evaristo Arns, Drauzio Varella, Elza Soares, Emerson Fittipaldi, Fernando Henrique Cardoso, Fidel Castro, Gianfrancesco Guarnieri, Grande Otelo, Luís Carlos Prestes, Nelson Piquet, Oscar Niemeyer, Patch Adams, Paulo Autran, Pedro Almodóvar, Plínio Marcos e Telê Santana.


‘O site disponibiliza o conteúdo do Roda Viva em um fantástico instrumento de pesquisa, que permite o acesso e a consulta à história do programa por qualquer pessoa que tenha acesso à internet’, disse Paulo Markun, presidente da Fundação Padre Anchieta.


Registro importante


O objetivo do site é oferecer o texto completo das mais de 1,2 mil entrevistas feitas em 21 anos de existência do programa. Aos textos são acrescidos vídeos com cerca de dois minutos que destacam parte da entrevista concedida ao programa e verbetes, ou seja, referências explicativas de termos, nomes e citações feitas pelos entrevistados.


Um sistema de navegação simples permite que se encontre rapidamente uma determinada entrevista. Além disso, um mecanismo de busca por palavras-chave e a divisão por cinco grandes temas (Ciência, Cultura, Economia, Esportes e Política) facilita pesquisas mais específicas.


‘A publicação das transcrições das entrevistas cria um registro importante na história recente, assegura sua preservação definitiva, possibilita acesso livre a todo o conteúdo e reconstrói o processo de formação da agenda pública brasileira nas duas últimas décadas, quando se deu a discussão das questões mais relevantes de nossa atualidade, bem como a sua continuidade futura’, disse Carlos Vogt, secretário do Ensino Superior e coordenador do Labjor.