Nove pessoas foram seqüestradas na terça-feira (14/3) na Cidade de Gaza por palestinos armados que invadiram o hotel Dira. Seis foram libertadas no mesmo dia e os outros três reféns, jornalistas estrangeiros, foram soltos nesta quarta-feira (15/3). Uma onda de violência tomou conta de Gaza e da Cisjordânia depois que forças militares de Israel invadiram uma penitenciária palestina na cidade de Jericó para capturar militantes acusados pelo assassinato de um ministro israelense.
Segundo a agência de notícias Reuters, os homens armados que invadiram o hotel em Gaza eram membros da Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP). Grupos armados também tentaram invadir os escritórios da emissora de televisão alemã ARD na Cidade de Gaza, causando algum estrago. Outros estrangeiros, incluindo australianos, franceses, um suíço e um americano, foram seqüestrados por curtos períodos ao longo do dia.
A operação militar israelense na prisão de Jericó tinha como objetivo capturar Ahmad Saadat, líder da FPLP, e cinco outros membros do grupo. Os seis são acusados do assassinato do ministro israelense do Turismo Rehavam Zeevi, morto em 2001. A resposta de Israel ocorreu porque o presidente palestino, Mahmoud Abbas, afirmou na semana passada que estaria disposto a libertar Saadat.
Observadores americanos e britânicos que supervisionavam a prisão se retiraram pouco antes do ataque. A intervenção terminou com Saadat e os outros prisioneiros levados para uma prisão em Israel. Informações do Comitê para a Proteção dos Jornalistas [14/3/06] e da Reuters [15/3/06].