Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Grupo anuncia 700 demissões e reorganiza unidade editorial

Quase 700 pessoas serão demitidas no Chicago Tribune, Los Angeles Times e outros seis jornais do grupo americano Tribune em uma estratégia de investir nos esforços digitais e nas operações de TV. O plano foi comunicado aos funcionários por meio de um memorando e busca colocar unidades como marketing, publicidade, produção e mídia digital sob a mesma liderança. O grupo é proprietário de 23 emissoras de TV e oito jornais diários.

Executivos afirmaram que as demissões não devem prejudicar a operação editorial. As grandes demissões seriam nos setores de marketing, tecnologia e outras funções não-editoriais. “Nós não vamos reduzir qualquer um dos nossos repórteres de primeira linha. Ao longo do tempo, haverá algumas pequenas reduções no lado editorial, mas queremos manter o melhor do nosso jornalismo local”, disse Peter Liguori, presidente e CEO da Tribune Co.

O realinhamento deverá começar a valer a partir do primeiro dia de 2014. As produções editoriais serão separadas em uma nova empresa. A Tribune Publishing virará uma companhia separada, mas seu CEO ainda não foi indicado.

A unidade digital da Tribune Publishingserá liderada por Bill Adee, atualmente vice-presidente de desenvolvimento digital e de operações do Chicago Tribune. “Com a mudança organizacional, haverá uma mudança mais estratégica em uma direção, que é a digital. Nós vamos ter que redistribuir parte de nosso capital, não apenas para atender às necessidades atuais de nossos leitores, mas vamos ter que antecipar as necessidades futuras e de produtos de leitura de jornais”, afirmou Liguori.

Nova estratégia

Em dezembro do ano passado, o grupo saiu da bancarrota, depois de quatro anos de supervisão do Tribunal de Falências. Desde fevereiro, vem avaliando a venda de seus jornais. Em julho, anunciou planos de separar sua divisão editorial em outra empresa e anunciou a compra de 19 emissoras locais da Local TV Holdings. A divisão editorial continua a operar no azul, mas a receita publicitária caiu para US$ 84 milhões no ano passado, sem sinal de melhoria. Nos primeiros nove meses deste ano, a unidade editorial gerou lucro operacional de US$ 151 milhões e reduziu suas despesas em 13%, eliminando 340 posições. No ano passado, 800 posições foram eliminadas. Desde 2007, as despesas editoriais foram reduzidas em mais de US$ 800 milhões.