A imprensa pode não ter a capacidade de determinar, de sugerir ao leitor como pensar sobre um determinado tema, mas tem a habilidade de dar a entender em que devemos pensar (COHEN, 1963 apud COLLING, 2001, p. 89).
A revista IstoÉ é publicada pela Editora Três. É uma das dez maiores revistas de informação do mundo, com tiragem mensal de quase 400 mil exemplares (62% de seus assinantes são da região Sudeste). Tem caráter investigativo, sendo uma das poucas revistas a disponibilizar quase 100% do seu conteúdo na internet. Possui as colunas ‘A Semana’, ‘Brasil’, ‘Ciência e Tecnologia’, ‘Educação’, ‘Comportamento’, ‘Economia e Negócios’, ‘Medicina e Bem Estar’ e ‘Internacional’, além de ‘Arte e Espetáculos’. Já recebeu diversos prêmios, como o Esso, em 1998 e em 2000 (única revista semanal a receber esta premiação). Apesar da trajetória de sucesso, nos últimos dois anos vem sofrendo críticas em sites e revistas especializadas, que acusam o veículo de estar se tornando fútil e manipulador.
A crise aérea, que teve início com o acidente que envolveu um avião da empresa Gol, em 2006, atravessou a esfera técnica dos aeroportos e torres de controle e alcançou a política e a economia. Além das acusações de falta de manutenção e aparelhamento precário da aeronáutica, somou-se a tudo suspeitas de corrupção envolvendo a compra da Varig pela Gol, e ‘caixa-dois’ na Infraero, sempre com a participação direta de membros do governo Lula. Veículos de comunicação se debruçaram sobre o caso, usando e abusando de insinuações, jogos semióticos e meras suposições. Será que a revista IstoÉ, uma das mais lidas do país, escapou do denuncismo deslavado, ou efetivamente levantou questões pertinentes ao assunto e de interesse da sociedade? Como ela fez o enquadramento das notícias?
‘O que tem a esconder?’
Para Schutz e Luckman (FERREIRA, 2006, 51), o senso comum absorve os discursos difundidos pela mídia como verdade absoluta, pronunciado de quem sabe mais para quem sabe menos e, por isso, conta com elevado grau de confiabilidade. Colling complementa que o enquadramento, de modo geral, é como temos que pensar os temas já estabelecidos na agenda-setting. De acordo com Entman (COLLING, 2001, 92), produzir um enquadramento é selecionar alguns aspectos da realidade e dar-lhes um destaque maior no texto comunicativo, gerando interpretação para o item descrito. Contudo, será visto mais adiante que a omissão também pode ser determinante para esta interpretação.
De acordo com Walter Lippman (COLLING, 2001, 89), dependemos dos meios de comunicação para nos informarmos sobre os assuntos, para experimentarmos sentimentos de apoio ou de repulsa. Bernard Cohen, também citado por Colling, complementa que a imprensa pode não ter a capacidade de determinar ao leitor como pensar sobre um determinado assunto, mas tem a habilidade de dar a entender como devemos pensar.
Em matéria de 28 de março de 2007, a IstoÉ discorre sobre esquemas de corrupção na Infraero, com matéria de título ‘Por dentro da caixa-preta da Infraero’. Boxes ilustram a matéria, já ‘disparando’ que a Infraero atuou de forma irregular em editais para compras de ônibus (pagando 50 milhões de reais por veículos que poderiam ser comprados por 23 milhões de reais), entre outras denúncias. A fonte destes números são órgãos como o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público (MP). Já no lead, a revista aponta a dissimulação do governo federal, afirmando que o Planalto engavetou a CPI que investigaria a estatal. E questiona: ‘O que, afinal, essa estatal tem tanto a esconder?’
‘Falcatruas, maracutaia’
No decorrer da matéria, outras frases de efeito são lançadas, como ‘no início do governo Lula, PT e PTB lotearam, meio a meio, duas estatais’. É como dizer que as estatais (Correios e Infraero) foram mutiladas para proveito próprio. Outros exemplos aparecem nas frases ‘Isso significa que o TCU descobriu um superfaturamento descarado no valor total da obra’, ‘Outra maracutaia envolve a compra de 79 ônibus para carregar os passageiros nos pátios dos aeroportos’, e ‘Recebeu também a ordem do presidente Lula de lotear a estatal entre PT e PTB. A diretora de Engenharia, Eleuza Therezinha Lores, foi indicação do deputado Luiz Antônio Fleury Filho, do PTB paulista. Quase todas as falcatruas com obras passaram por ela’.
O enquadramento dado ao assunto sugere que os partidos citados são ‘gangues’, com fome de dinheiro e de poder. É quase um discurso panfletário. Não se quer aqui discutir a capacidade ética destas instituições, mas se os fatos são tão óbvios quanto diz o TCU e a IstoÉ, não havia necessidade do reforço sensacionalista imprimido pela revista. O leitor do periódico pode tirar as suas próprias conclusões apenas analisando os fatos, sem a necessidade de ser impelido a interpretar o assunto de acordo com os valores dos repórteres (Hugo Marques e Hugo Studart).
O professor de comunicação política da Universidade de Wisconsin, Scheufele (FERREIRA, 2006, 49), afirma que ao ressaltar aspectos, salientando-os, um determinado enquadramento noticioso pode levar a uma percepção do fato noticiado de forma diferente do que ele provocaria se este enquadramento não fosse feito. No caso da matéria que acabamos de analisar, os leitores mais atentos certamente teriam sentimentos negativos com relação à postura do governo, mesmo que a IstoÉ publicasse apenas os fatos. Entretanto, ao usar palavras como ‘lotearam, descarado, falcatruas e maracutaia’, a revista contribui para uma ampliação do sentimento de revolta do seu público.
Frases e questionamentos
A revista prossegue com seu ataque ao governo Lula duas semanas depois, na matéria ‘O Primeiro Compadre’ (publicada como matéria de capa, em 18 de abril de 2007). A chamada da capa alerta: ‘O incômodo poder do amigo de Lula’. O título, por si só, direciona o leitor a associar a foto veiculada (do advogado Roberto Teixeira) a uma relação de intimidade e cumplicidade entre o personagem central da matéria e o presidente Lula. Íntimos e cúmplices como ‘deve ser’ a relação entre o presidente e a primeira-dama. O lead não deixa margens para interpretação. Para quem lê o texto, fica relativamente claro que a relação entre os amigos é de contubérnio.
Além de padrinho do filho (ou pai do afilhado), compadre significa amigo, companheiro. Qualquer que seja a definição, ela serve para designar a relação do advogado Roberto Teixeira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Companheiros – diga-se – eles são, com direito a carteirinha e tudo: Teixeira é filiado ao PT desde os primórdios do partido (IstoÉ, 18/04/07).
O repórter Rodrigo Rangel já cria no leitor um sentimento de desconfiança com esta relação entre um advogado e um presidente, antes mesmo de citar qualquer fato ou ação que os dois possam ter tomado e que desabone suas condutas. O jornalista prepara o terreno através de um longo – mas cuidadosamente preparado – ‘nariz de cera’. Dificilmente um leitor desavisado conseguiria perceber e escapar da armadilha.
A matéria mostra uma forma muito interessante de se enquadrar uma notícia: através da omissão. O negligenciamento de um fato, ou a minimização do espaço que ele ocupa é uma estratégia usada pela mídia para conseguir o enquadramento que deseja. No caso da matéria da IstoÉ, frases e questionamentos curtos levam o leitor a crer que Roberto Teixeira tem participação ativa no caos aéreo. Mas raramente mostra fatos concretos que balizem tais afirmações.
Citações aleatórias
O que tem Roberto Teixeira a ver com o caos aéreo? Há mais de 15 anos, o advogado é uma espécie de pau para toda obra no setor de aviação civil. Começou defendendo a Transbrasil nos tribunais. A empresa foi à bancarrota e ele passou a defender os interesses de outras companhias. Sua capacidade de resolver problemas foi amplificada quando Lula virou presidente (IstoÉ, 18/04/07).
De que forma, exatamente, a atuação do advogado prejudica o país? Apenas por trabalhar com companhias aéreas? E de que maneira ‘sua capacidade de resolver problemas foi ampliada’? Também não há respostas. A IstoÉ afirma, no decorrer do texto, que a presença de Roberto Teixeira na reunião em que a Gol anunciou a Lula a compra da Varig ‘atiçou as suspeitas da oposição’. Mais uma vez, entretanto, fica a pergunta: suspeitas de quê? Vale lembrar que a compra da Varig pela Gol permitiu a manutenção de empregos no setor, o que foi muito comemorado pelo governo e setores da imprensa.
A revista continua: ‘Diz-se ainda que ele receberá R$ 7 milhões de comissão pela venda da Varig’. A fonte da informação, mantida oculta, é fundamental para a credibilidade da suspeita. Mas não aparece no decorrer da matéria.
É no último parágrafo, entretanto, que Rodrigo Rangel usa da omissão para reforçar a imagem de corrupto de Teixeira e, por tabela, de Lula. ‘Teixeira guarda participação em diversos episódios rumorosos do PT. Seu nome apareceu na CPI dos bingos’. Nenhuma linha sobre o contexto em que o advogado foi citado. ‘Foi envolvido em uma denúncia de um esquema de arrecadação junto a prefeituras administradas pelo partido’. Mais uma vez, nenhuma linha sobre quais foram as denúncias, nem quais são as prefeituras. A IstoÉ cita ainda, quase aleatoriamente, casos em que o seqüestro de um sobrinho de Teixeira foi solucionado por um delegado que, após a eleição de Lula, tornou-se presidente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); uma ONG do PT que foi subcontratada sem licitação por uma prefeitura (Lula era presidente da ONG e Teixeira elaborou o estatuto da mesma); e que o banco Opportunity contratou os serviços do advogado na época em que a instituição financeira queria se aproximar do governo.
As ‘costas largas’ do governo
Como se pode perceber, não há fatos, novidade ou qualquer argumento na matéria, que demonstrem a relação insalubre dos compadres. Há apenas argumentos que podem – ou não – levantar suspeitas. Uma verdadeira aula de enquadramento.
No mês de junho, precisamente no dia 21, a IstoÉ publica a reportagem ‘O Brasil quer voar e eles não ajudam’. No título já sugere o que o leitor deve pensar. O governo, como protagonista da crise aérea, e os passageiros, as maiores vítimas. Entende-se que a população brasileira clama por uma postura significativa do governo para pôr fim ao caos. Mas o enquadramento dado à matéria não se limita simplesmente a colocar o governo Lula como principal culpado das barbaridades que vêm acontecendo nos aeroportos, mas sim, toda a equipe ministerial envolvida e seus discursos de ignorância ao sofrimento brasileiro.
A matéria se inicia assim: ‘Duas autoridades brasileiras estavam em Paris, na última semana, visitando a feira aeronáutica de Le Bourget. Mas, na quarta-feira 20, os dois senhores (tom de ironia), Waldir Pires, ministro da Defesa,e o brigadeiro Juniti Saito, comandante da aeronáutica, receberam ordens para retornar ao Brasil.’ Essa afirmação mostra que a intenção da revista é mostrar que os maiores responsáveis pela solução do caos aéreo não estavam preocupados com o que aconteceria. Enquanto milhares de pessoas estavam nos aeroportos, em filas intermináveis, famílias esparramadas pelo chão, vôos cancelados ou atrasados, um grupo de sargentos controladores de vôo em motim, os responsáveis estavam viajando, despreocupados.
Os autores constroem a imagem da realidade social e fazem questão de pôr um questionamento ao seu público: ‘Afinal, como (e quando) o governo pretende arrumar uma solução?’ – como o fez parte da imprensa nacional, definindo a agenda-setting (sua função é selecionar os grandes temas sobre os quais há que concentrar a atenção do público e mobilizá-lo) do período: a crise aérea. Com essa indagação não restam dúvidas de que todo o caos aéreo caiu sobre as ‘costas largas’ do governo federal.
Poder se exerce
A hipótese da agenda-setting não defende que os mass media pretendem persuadir […]. Os mass media, descrevendo e precisando a realidade exterior, apresentam ao público uma lista daquilo sobre o que é necessário ter uma opinião e discutir. O pressuposto fundamental da agenda setting é que a compreensão que as pessoas têm de grande parte da realidade social lhes é fornecida, por empréstimo, pelos mass media‘ (SHAW, 1979, 96, 101 apud WOLF, 2002).
Em se tratando de um veículo impresso, a importância para a questão da crise pelo público parece ser maior, visto que o aprofundamento das informações tende a tornar o texto aparentemente verdadeiro, como afirma McClure. ‘A informação escrita fornece aos leitores uma indicação de importância sólida, constante e visível, enquanto a informação televisiva, tende, normalmente, a reduzir a importância e o significado do que é transmitido (MCCLURE, 1976, 26 apud WOLF, 2002, 148).
Mas os autores não param por aí. Com a intenção de mostrar de forma mais contundente o descaso do governo, Hugo Marques e Hugo Studart usam a seguinte frase: ‘(…) Quem deveria criar condições para estimular os novos vôos parece preferir fazer chacota com o contribuinte’, colocando abaixo a foto de Marta Suplicy e a frase que virou ícone dos brasileiros, ‘relaxa e goza’, e a do brigadeiro José Carlos Pereira, que diz ‘eles podem ter mais paciência do que eu’. Além de palavras ditas por Guido Mantega, ministro da Fazenda, ‘Não há caos aéreo. É a prosperidade do país, mais gente viajando, mais aviões, mais rotas’ ou palavras do sargento da Aeronáutica Carlos Trifilio: ‘Eu tenho controlador gago, tenho controlador surdo, os caras estão na rede operando em condições precárias’. As fotografias de passageiros no chão dos aeroportos ilustram ainda mais a desordem e irresponsabilidade oficiais.
Diante desse discurso disseminado pela IstoÉ, quem acharia que o governo não é culpado? É nesse âmbito que o poder dos meios de comunicação é questionado. Mas, afinal, o que seria esse poder de dominação do pensamento alheio? Segundo Foucault (1989, 99), ‘o poder não se dá, não se troca nem se retoma, mas se exerce, só existe em ação, como também da afirmação que o poder não é principalmente manutenção e reprodução das relações econômicas, mas acima de tudo uma relação de forças’.
O principal culpado
Portanto, o discurso disseminado tem uma ligação significativa com as relações de poder. A linguagem, dependendo da forma como é utilizada, tem grande poder de manipulação.
Pelo uso da linguagem seria possível dominar outros seres humanos, levando-os a abraçarem causas, crenças, atitudes. Para não ser enredado pela linguagem seria necessário descobrir, através da reflexão, quais os artifícios de que ela dispõe para conseguir tamanho poder de convencimento (HOFMANN, 2002).
Porém, se o público fizesse uma edição própria dos conteúdos disseminados pela mídia, esse poder de manipulação poderia ser amenizado. Isto somente será possível se o receptor intervier nos debates que se processam no interior do sistema dos meios de comunicação de massa.
A reportagem não se limita apenas aos discursos produzidos por membros do governo federal. Mas usa de dados estatísticos para demonstrar veracidade em seus comentários e afirma que a crise aérea não tem data para acabar. ‘O governo não investe em infra-estrutura para desatar os nós do crescimento e não consegue encontrar solução para a crise aérea. Hoje são 120 milhões de passageiros por ano no país querendo voar.’ E mais uma vez explica que o governo é o principal culpado pela crise.
O porto seguro
Como coordenada para o assunto, na mesma edição e com o mesmo titulo ‘O Brasil quer voar e eles não ajudam’, os jornalistas fazem outro enquadramento para a crise. Enfatizam que o problema também se deve ao fato de que um grupo de autoridades políticas montou esquemas para subtrair dinheiro da Infraero. E revela que ‘há contratos superfaturados em até 100%’ e que o atual presidente da Infraero, José Carlos Pereira, é apontado como co-responsável por três.
Após dois meses, em 1º de agosto, a IstoÉ publica a reportagem intitulada: ‘Agora teremos comando?’ O título em primeira pessoa ressalta que o problema não é só dos leitores que estão há meses convivendo com a crise nos aeroportos, mas de todos, inclusive da imprensa. O enquadramento dado a esta matéria trata da demissão do ministro da Defesa, Waldir Pires, e a indicação de Nelson Jobim para a pasta.
A revista incita a uma reflexão sobre o que será do país nos próximos meses, com a nova gestão de Nelson Jobim. Porém, trata-o como ‘curinga’, ou seja, a melhor opção para a substituição do antigo ministro. E o apresenta: ‘Jobim é Jobim. Um gaúcho de estilo duro, que não tem medo de dizer o que pensa, tido muitas vezes como arrogante, cioso da sua autoridade e com boas relações tanto junto ao governo Lula (…), como com seus antecessores da era Fernando Henrique (…).’
A revista revela que o governo acertou em escolher Jobim para tomar a frente das decisões sobre o caos aéreo e afirma que o novo ministro teve o que Waldir Pires nunca conseguiu, ‘carta branca’ para enfrentar a crise e solucioná-la. Como fortalecimento do discurso, a revista publica a foto de Jobim de capacete, subindo num guindaste para ver de perto os escombros do prédio da TAM e outra imagem em que Lula abraça Jobim, como se ele fosse seu porto-seguro.
Relevância e reactividade
A matéria parece não ter nada de intencional, porém revela, em apenas uma frase, a intenção da revista, que já está de olho na próxima eleição, em 2010. ‘Se resolver a maior crise gerencial vivida pelo governo Lula, Jobim vira forte candidato a sucedê-lo.’ E, como afirma Rubim (2000, p. 40), ‘a comunicação sempre esteve associada aos embates eleitorais (…). Com a expansão e consolidação das eleições como procedimento e rito imprescindível à política na modernidade, esse imbricamento se tornou ainda mais relevante’.
A partir dos exemplos citados, observa-se que os meios de comunicação de massa exercem a influência que têm na medida em que são algo mais do que um simples canal através do qual a política dos partidos é apresentada ao eleitorado. Ao filtrar, estruturar e realçar determinadas atividades públicas, o conteúdo que é transmitido não se limita apenas a mostrar o que seus porta-vozes proclamam. A revista IstoÉ apresentou, desde pontos positivos para uma possível candidatura de Jobim à Presidência da República, associou a figura de Lula a casos de corrupção na Infraero e, mesmo nas semanas em que a crise aérea não apresentou novidades, encontrou maneiras de induzir o leitor a acreditar que a culpa pela crise é exclusiva do governo federal. Ainda que a culpa seja mesmo do governo petista, o enquadramento da revista se esforça para ressaltar as obviedades, assegurando que o público chegue a esta conclusão.
‘[…] Não só durante a campanha, mas também nos períodos intermédios, os mass media fornecem perspectivas, modelam as imagens dos candidatos e dos partidos, ajudam a promover os temas sobre os quais versará a campanha e definem a atmosfera específica e a área de relevância e de reactividade que assinala cada competição eleitoral’ (LANG – LANG, 1962, p. 689 apud WOLF, 2002, p.142).
Referências
BARROS FILHO, Clóvis de (Org.). Comunicação na polis: ensaios sobre mídia e política. Rio de Janeiro: Vozes, 2002
COLLING, Leandro. ‘Agenda-Setting e Framing: reafirmando os efeitos limitados’. Porto Alegre. In: revista Famecos, nº 14, 2001
FERREIRA, Márcia. O crime no jornal. O racismo nas notícias policiais do jornal A Tarde. Faculdade 2 de Julho, 2006
FOCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Ed. Graal,1989
LAGO, Rudolfo. ‘Agora teremos comando?’ In: revista IstoÉ. São Paulo, agosto de 2007
LIMA, Venício A. Mídia Teoria e política. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2001
MARQUES, Hugo e STUDART, Hugo. ‘O Brasil quer voar e eles não ajudam’. In: revista IstoÉ. São Paulo, junho de 2007
MARQUES, Hugo e STUDART, Hugo. ‘Por dentro da caixa-preta da Infraero’. In: revista IstoÉ. São Paulo, março de 2007
RANGEL, Rodrigo. ‘O primeiro compadre’. In: revista IstoÉ. São Paulo, abril de 2007
TONUS, Loraci Hofmann. ‘Do discurso enquanto constituinte da realidade’. In: Revista de Letras 5. Centro de Educação Tecnológica do Paraná, 2002. Disponível aqui, acesso em 10 de novembro de 2007 às 08h48
WOLF, Mauro. Teorias da comunicação. Portugal: Presença, 2002
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Estudantes do curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, da Faculdade 2 de Julho, e assessores de comunicação, Salvador-BA