A Conferência Americana de Bispos Católicos lançou na semana passada um sítio intitulado Jesus Decodificado, que contesta os pontos principais do livro O Código Da Vinci, como noticia a Reuters [10/3/06]. O sítio nega a questão central pela qual se desenrola a história, ao afirmar que o Novo Testamento ‘não oferece nenhum apoio à especulação de que Jesus tenha sido casado ou tenha tido um filho’.
O best-seller escrito por Dan Brown é baseado na idéia de que Jesus teria se casado com Maria Madalena, com a qual teve filhos e cuja descendência continuaria a existir até hoje. Segundo o livro, seus descendentes casaram com reis franceses e uma sociedade secreta com sede na França tem o objetivo de levar esta linhagem aos tronos da Europa.
Cristianismo no lixo
Em declaração, o grupo de bispos afirma que o sítio ‘apresenta o autêntico ensinamento católico sobre Jesus e as origens do Cristianismo e corrige informações erradas que aparecem na atual mídia popular’. O sítio refuta a afirmação de que o afresco A Última Ceia, de Leonardo Da Vinci, mostraria Maria Madalena inclinando-se em direção a Jesus. O sítio também tem uma seção destinada a analisar como a obra de Da Vinci é vista no romance e nela uma historiadora afirma que, ‘além de jogar no lixo o Cristianismo, O Código Da Vinci é um verdadeiro museu de erros no que diz respeito à arte do Renascimento.’
Atualmente, um tribunal em Londres investiga acusações de historiadores britânicos de que Dan Brown teria usado informações plagiadas em O Código Da Vinci. Este mês, deve ser lançada em inglês uma edição em capa mole do livro, com tiragem de cinco milhões de exemplares e, em maio, uma adaptação para o cinema estrelada por Tom Hanks estreará nos EUA. A Opus Dei, organização católica conservadora retratada no livro como ‘vilã’, já se manifestou contra o filme.