O último dia 7 de novembro marcou os 100 anos de falecimento do renomado naturalista britânico Alfred Russel Wallace (1823-1913). Excetuando-se, contudo, alguns estudiosos e admiradores (ver, por exemplo, os sítios [em inglês] “The Alfred Russel Wallace Page” , “The Alfred Russel Wallace Website” e “Wallace Online” ), a efeméride não parece ter sido lembrada por muita gente. No caso da imprensa brasileira, mais especificamente, o único registro que consegui localizar nas últimas semanas foi a matéria “O resgate de Alfred Wallace”, de Henrique Kugler, publicada na Ciência Hoje On-line (27/11).
O mesmo tom de “resgate”, aliás, marca outras matérias publicadas anteriormente (e.g., “À sombra de Darwin, Alfred Russel Wallace recebe o devido reconhecimento” , de Ian Sample, publicada na Folha de S.Paulo, 28/9/2012).
De Usk ao Pará
Alfred Russel Wallace nasceu em 8/1/1823, no vilarejo de Llanbadoc, perto da cidade de Usk, no sudeste do atual País de Gales. Filho de Thomas Vere e Mary Ann [Greenell] Wallace, ele foi o penúltimo em uma família de nove filhos: Elizabeth Martha (1808-1808), William Greenell (1809-1845), Elizabeth Greenell (1810-1832), Frances (1812-1893), Mary Anne (1814-1822), Emma (1816-1822), John (1818-1895), ARW e Herbert Edward (1829-1851). Até os seis anos de idade, morou em Kensington Cottage (ver aqui), a casa onde nasceu e em cujos arredores teve os primeiros contatos com o mundo natural.
Em 1828, a família mudou para Hertford, poucos quilômetros ao norte de Londres. Foi lá que ele começou a ter uma educação formal; aos 14 anos, porém, abandonou a escola. Em 1837, foi morar com seu irmão John, em Londres. No mesmo ano, porém, mudou-se para Neath, no País de Gales, onde passou a trabalhar com seu irmão William. Em 1844, conheceu e se tornou amigo do naturalista inglês Henry Walter Bates (1825-1892). Isso foi em Leicester, cidade natal de Bates, onde Wallace havia arranjado emprego como professor em uma escola para crianças (ver aqui).
Assim como outros naturalistas da época, Wallace e Bates jamais receberam uma educação formal em ciência. Eram, no entanto, autodidatas apaixonados e estudiosos. Tinham vários interesses em comum e, inspirados nos relatos de outros naturalistas, decidiram conhecer a América do Sul. Vieram ao Brasil. A viagem durou um mês: saíram da Inglaterra em abril de 1848, chegando a Belém (na época, Pará) no fim de maio. Eis o relato de Wallace (WALLACE 1979, p. 17; grafia original):
“Foi na manhã do dia 26 de maio de 1848 que, depois de uma rápida viagem de 29 dias, tendo partido de Liverpool, ancoramos defronte à barra meridional do Amazonas e tivemos nossa primeira visão das terras sul-americanas. À tarde, veio um piloto a bordo, e, na manhã seguinte, navegamos rio acima com o vento de feição. Por cerca de 50 milhas não se podia distinguir se aquelas águas tranquilas e descoloridas seriam do rio ou do oceano, pois não se enxergava a margem setentrional, enquanto que a meridional se achava a uma distância de 10 ou 12 milhas. Ancoramos novamente no dia 28, pela madrugada, e quando o sol nasceu num céu sem nuvens, divisamos a cidade do Pará [Belém], rodeada pela densa floresta. Destacavam-se, acima de todas, as copas das palmeiras e bananeiras. Nossos olhos alegravam-se duplamente com a bela visão dessas plantas em seu estado natural, elas que tantas vezes admiramos nas estufas de Kew e de Chatsworth. As canoas que passavam com sua variegada tripulação composta de negros e índios, os urubus que pairavam acima de nossa cabeças ou que caminhavam preguiçosamente pela praia, os bandos de andorinhas que pousavam sobre os telhados das igrejas e casas, tudo servia para ocupar nossa atenção. Por fim, vieram os funcionários da Alfândega e tivemos permissão de descer em terra.”
Biogeografia: a regionalização da vida
Eles permaneceram os primeiros meses em um lugarejo próximo a Belém; em seguida, decidiram explorar outras regiões e então se separaram. Wallace viveu na Amazônia até julho de 1852, quando então voltou para a Inglaterra; Bates permaneceu por mais sete anos, só indo embora em junho de 1859. Lamentavelmente, porém, o material colecionado e despachado por Wallace nunca chegou a Londres, pois na viagem de volta o navio pegou fogo e a carga foi perdida. Os relatos de ambos sobre suas experiências em terras brasileiras foram posteriormente publicados em português (e.g., BATES 1979, WALLACE 1979).
A viagem ao Brasil não foi a única grande experiência na vida de Wallace. Ele se converteu em um coletor profissional e, como tal, colecionar espécimes (insetos, aves, mamíferos etc.) foi, durante anos, o seu ganha-pão. Foi o que o levou a permanecer oito anos (1854-1862) no sudeste asiático (incluindo Malásia Peninsular, Cingapura, Sumatra, Java, Bornéu, Timor, Celebes, Molucas; esteve ainda em Nova Guiné e diversas ilhas menores da região australiana), de onde enviou para a Inglaterra não apenas uma impressionante coleção de espécimes (ver aqui), mas também manuscritos importantes (ver adiante).
Além de sustento financeiro, o trabalho de campo lhe propiciou uma visão ampla e detalhada a respeito da distribuição geográfica dos seres vivos. Passou a escrever sobre o assunto, a ponto de ser considerado hoje um dos fundadores da moderna biogeografia, a disciplina científica que estuda a distribuição geográfica das espécies. Em 1876 (WALLACE 1876), propôs um sistema de classificação de acordo com o qual a fauna terrestre poderia ser arranjada em seis grandes regiões (cada uma, por sua vez, subdividida em domínios), a saber: região Australiana (incluindo Austrália, Nova Guiné e ilhas próximas); Etiópica (África, exceto a borda norte); Neártica (América do Norte, incluindo boa parte do México); Neotropical (América Central e do Sul); Oriental (sul e sudeste da Ásia, incluindo Índia, Tailândia, Vietnã etc.) e Paleártica (Europa, borda mediterrânea da África e o restante da Ásia). Com alguns ajustes, o modelo que ele propôs continua sendo adotado atualmente (ver COX 2001; para comentários em português, ver COX & MOORE 2009).
O manuscrito que veio da Indonésia
A despeito da importância de suas outras obras, Wallace é mais conhecido do grande público por conta de sua “parceria” com o naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882). Como é sabido, em meados do século 19, os dois formularam, de modo independente, uma versão própria daquela que viria a ser chamada de teoria da evolução por seleção natural – talvez a mais influente de todas as teorias científicas. Embora naquela época a ideia de evolução biológica (i.e., a noção de que as linhagens de seres vivos mudam ao longo do tempo) já não fosse mais uma novidade, as teorias científicas a respeito do assunto ainda eram incipientes.
A primeira exposição pública das ideias de Darwin e Wallace se deu por meio de uma nota, intitulada “Sobre a tendência de espécies formarem variedades; e sobre a perpetuação de variedades e espécies por meios naturais de seleção”, que foi lida em uma reunião científica ocorrida na noite de 1/7/1858, em Londres. (Para consultar a versão integral [em inglês], clique aqui, indo em seguida para o item “Special Issue 9: Survival of the Fittest”.) Nenhum dos dois estava presente e, diferentemente do que imaginam alguns, o episódio não ocorreu na The Royal Society (a mais tradicional sociedade científica britânica, fundada em 1660), mas sim na The Linnean Society of London (uma sociedade mais modesta, fundada em 1788). Menos de 30 sócios estavam presentes. A reunião foi demorada, mas não houve qualquer alvoroço.
A leitura às pressas de uma nota conjunta funcionou como uma espécie de saída diplomática de emergência, uma solução que alguns amigos íntimos de Darwin encontraram diante de uma situação inusitada e um tanto quanto embaraçosa. Se o arranjo de última hora não funcionasse, o veterano naturalista inglês corria o sério risco de ser acusado de plágio. Para entendermos melhor a situação, precisamos recuar um pouco e examinar o que aconteceu alguns anos antes.
Na segunda metade da década de 1830, após regressar de uma viagem de quase cinco anos ao redor do mundo (1831-1836), Darwin começou a trabalhar em um manuscrito, intitulado provisoriamente Seleção natural, no qual pretendia expor em detalhes uma ampla teoria da evolução (para detalhes e comentários adicionais, ver DESMOND & MOORE 1995). Em 1858, transcorridas mais de duas décadas, ele ainda estava trabalhando no manuscrito, ora acrescentando, ora retirando material. O empreendimento parecia não ter fim. Então, em 18 de junho, em meio a graves contratempos familiares, ele recebeu uma carta de Wallace, que estava naquele momento nas ilhas Molucas (Indonésia). Os dois já haviam se correspondido antes. Dessa vez, o jovem naturalista de 35 anos pedia a Darwin, então com quase 50 anos, que lesse o manuscrito que seguia em anexo e, caso encontrasse nele alguma relevância, o encaminhasse a terceiros.
Darwin ficou impressionado com o que leu: o manuscrito de Wallace continha uma descrição bastante familiar de suas próprias ideias a respeito do processo de evolução por seleção natural. (A rigor, cada um deles chegou a uma mesma conclusão trilhando caminhos algo distintos.) Além de abalado, a coincidência o deixou profundamente preocupado – afinal, alguém que lesse o manuscrito de Wallace e, em seguida, lesse o seu livro em gestação poderia facilmente acusá-lo de plágio. Vendo o “trabalho de sua vida ruir”, ele imediatamente relatou o ocorrido a seus amigos mais íntimos, o geólogo Charles Lyell (1797-1875) e o botânico Joseph Dalton Hooker (1817-1911), na esperança de que o impasse pudesse ser equacionado.
Lyell e Hooker, que conheciam versões anteriores do manuscrito de Seleçãonatural, terminaram propondo a tal “solução” de emergência (a respeito da qual, aliás, Wallace não foi previamente consultado): promover a leitura de uma nota conjunta, contendo as linhas gerais da teoria formulada independentemente pelos dois. Além disso, alguns materiais suplementares, redigidos separadamente por cada um deles, também deveriam ser incluídos. E assim foi feito.
Darwinismo ou wallacismo?
Charles Darwin e Alfred Russel Wallace nunca chegaram a ser amigos íntimos, embora tenham mantido contato pelo resto de suas vidas. Ao longo de mais de duas décadas, eles trocaram cartas nas quais discutiam diversos assuntos, como seus diferentes pontos de vista a respeito da seleção sexual – processo algo distinto da seleção natural e cuja importância sempre foi motivo de discórdia entre os dois (para detalhes e comentários adicionais, ver CRONIN 1995).
O curso de suas vidas também tomou rumos diferentes. Darwin, que quase não saía de casa e jamais teve de enfrentar problemas financeiros, continuou escrevendo livros e artigos sobre vários assuntos até o fim da vida. Wallace ainda continuou viajando por mais algum tempo, antes de finalmente se fixar na Inglaterra; ao longo da vida, publicou centenas de artigos e vários livros. Um de seus livros, intitulado justamente Darwinismo (WALLACE 1889), ajudou a selar a vinculação que já naquela época se fazia entre o nome de Darwin (e não o seu) e a teoria da evolução que ambos formularam.
Depois da morte de Darwin, Wallace foi mais de uma vez criticado por outros darwinistas. O naturalista inglês de origem canadense George John Romanes (1848-1894), por exemplo, chegou a falar em “wallacismo”. Mas não havia nada de elogioso nisso; ao contrário: o termo estava sendo usado de modo depreciativo, para ressaltar o que, aos olhos daquele crítico, seriam divergências entre o ponto de vista de Wallace e o darwinismo original. Foi ele também quem cunhou o termo “neodarwinismo”, usado para designar de modo desdenhoso os adeptos das ideias de Wallace e August Weismann (1834-1914), naturalista e médico alemão, autor da chamada “teoria do plasma germinativo. De acordo com Romanes, que agia como se fosse herdeiro e protetor do “verdadeiro” darwinismo, ambos estariam defendendo ideias antidarwinistas. O primeiro, por causa de um suposto exagero na ênfase dada ao papel da seleção natural, uma posição combatida em vida pelo próprio Darwin. (Parte da polêmica que Darwin e Wallace mantiveram ao longo dos anos tinha a ver com a dicotomia seleção natural versus seleção sexual.) O segundo, por conta de suas atitudes críticas aos resquícios lamarckistas que ainda perduravam no darwinismo, o que também iria de encontro a posições lamarckistas defendidas por Darwin (e.g., a sua crença na transmissão de caracteres adquiridos).
O triunfo de Darwin
A publicação de artigos e matérias de divulgação a respeito de questões polêmicas de história da ciência é uma iniciativa saudável e muito bem-vinda. Cabe observar, no entanto, que a matéria da CH referida no início deste artigo reproduz alguns exageros e distorções. No terceiro parágrafo, por exemplo, encontramos o seguinte:
“A história deu os créditos apenas a Charles Darwin (1809-1882). Mas Wallace, de forma lúcida e independente, chegou às mesmas conclusões a que Darwin chegara, e na mesma época.”
Não é bem assim. A rigor, a literatura técnica (e.g., FUTUYMA 1992, FREEMAN & HERRON 2009; mas veja MOODY 1975) e mesmo a boa literatura de divulgação científica (e.g., HARDIN 1969) sempre tiveram o costume de tratar Darwin e Wallace como coautores da teoria da evolução por seleção natural.
No sexto parágrafo, lemos:
“Talvez por isso Darwin – um acadêmico tarimbado e de elevado prestígio na sociedade britânica de então – tenha levado vantagem em relação a Wallace – um sujeito meio ‘alternativo’, que, a duras penas, ganhava a vida vendendo espécimes exóticos para museus londrinos e coleções particulares.”
Um dos problemas aqui é que o termo “acadêmico” induz a erros e mal-entendidos. Afinal, dependendo do contexto, a qualificação pode se aplicar ora a um, ora a outro. É verdade, por exemplo, que Darwin frequentou a universidade, o que Wallace não fez. Poderíamos então descrever o primeiro como “um naturalista com formação acadêmica”. Em compensação, Darwin nunca lecionou, enquanto Wallace ministrou aulas ao longo de um ano. Nesse caso, poderíamos dizer que apenas este último teve um emprego “acadêmico”. Por fim, se o termo é aplicado em alusão a quem pertence a alguma sociedade científica, caberia dizer que ambos poderiam ser chamados de acadêmicos.
De resto, a matéria menciona ainda outros aspectos da vida de Wallace, incluindo suas posições políticas e filosóficas, sem perceber, no entanto, que uma parte do problema (i.e., o “esquecimento” a que ele foi condenado, resultando daí a suposta necessidade de um “resgate”) pode ter se originado justamente ali. A esse respeito, aliás, vale a pena reproduzir aqui o seguinte comentário (HARDIN 1969, p. 41-2; grafia original):
“Finalmente, o lugar de Wallace na galeria da fama, sem dúvida alguma, foi influenciado pela sua conduta em 1858. Publicou um grande número de boas obras de história natural e interessantes livros de viagens; mas, em compensação, vez por outra, defendia ardorosamente a socialização da terra, o espiritualismo e atacava violentamente a vacinação. O sucesso de um homem não se deve tanto à soma das pessoas que estão a seu favor, senão pela diferença deixada após subtrair todos aquêles que êle afrontou de uma forma ou outra. Subtraindo os nobres que antipatizavam com o socialismo de Wallace, os cientistas que zombavam do espiritualismo, os médicos que defendiam a vacinação e os religiosos conservadores chocados pela evolução – veremos que poucos restam para elogiar Wallace. Não é de se admirar que quase nos esquecemos de sua parte na tarefa.”
Outro aspecto a ser ressaltado, este mais no âmbito da sociologia da própria ciência, tem a ver com o modo como os dois naturalistas se relacionavam com outros integrantes da comunidade científica da época (para detalhes e comentários adicionais, ver WRIGHT 1996). Darwin contava com um grupo numeroso de aliados fervorosos, entre os quais figurava o próprio Wallace; este último, por sua vez, ocupava uma posição de coadjuvante mais ou menos solitário.
Embora algumas questões-chave sigam sendo pesquisadas e debatidas – e.g., a famosa carta de Wallace endereçada a Darwin teria chegada nas mãos deste em 18/6/1858, como em geral se diz, ou teria chegado alguns dias antes, como foi recentemente proposto? (ver DAVIES 2012) –, a opinião predominante hoje é a de que a primazia em torno da teoria da evolução por seleção natural caberia a Darwin. O qual, no fim das contas, nada teria feito para sabotar o papel e a importância do trabalho de Wallace (ver, por exemplo, o artigo “Darwin did not cheat Wallace out of his rightful place in history”, de John van Wyhe, publicado no The Guardian, em 12/8/2013).
Coda
Em 1866, Wallace se casou com Annie Mitten (1846-1914). Moraram em diversas cidades, incluindo Londres, Sussex e Dorset. O casal teve três filhos: Herbert Spencer (1867-1874), Violet Isabel (1869-1945) e William Greenell (1871-1951). Ele faleceu em Dorset, para onde o casal havia se mudado em 1889. Na ocasião, eles moravam em uma casa que havia sido idealizada e construída pelo próprio Wallace. Quando faleceu, aos 90 anos de idade, Alfred Russel Wallace – cuja reputação, na época, ia bem além de sua fama como um dos coautores da teoria da evolução por seleção natural – já tinha o seu lugar assegurado na história da ciência.
Referências citadas
** BATES, H. W. 1979 [1863]. Um naturalista no rio Amazonas. Belo Horizonte, Itatiaia e Edusp.
** COX, C. B. 2001. The biogeographic regions reconsidered. Journal of Biogeography 28: 511-23.
** ———- & MOORE, P. D. 2009 [2005]. Biogeografia: uma abordagem ecológica e evolucionária, 7ª edição. Rio de Janeiro, LTC.
** CRONIN, H. 1995. A formiga e o pavão: Altruísmo e seleção sexual de Darwin até hoje. Campinas, Papirus.
** DAVIES, R. 2012. How Charles Darwin received Wallace’s Ternate paper 15 days earlier than he claimed: a comment on van Wyhe and Rookmaaker (2012). Biological Journal of the Linnean Society 105: 472-7.
** DESMOND, A. & MOORE, J. 1995. Darwin: A vida de um evolucionista atormentado. São Paulo, Geração Editorial.
** FREEMAN, S. & HERRON, J. C. 2009. Análise evolutiva, 4ª edição. Porte Alegre, Artmed.
** FUTUYMA, D. 1992. Biologia evolutiva, 2ª edição. Ribeirão Preto, Sociedade Brasileira de Genética e CNPq.
** HARDIN, G. 1969. A natureza e o destino do homem. São Paulo, Nacional.
** MOODY, P. A. 1975 [1970]. Introdução à evolução, 3ª edição. Rio de Janeiro, LTC e Editora da UnB.
** WALLACE, A. R. 1876. The geographic distribution of animals. Londres, Harper.
** ———-. 1979 [1889]. Viagens pelos rios Amazonas e Negro, 2ª edição. Belo Horizonte, Itatiaia e Edusp.
** ———-. 1889. Darwinism: An exposition of the theory of natural selection, with some of its applications. Londres, Macmillan.
** WRIGHT, R. 1996. O animal moral. Rio de Janeiro, Campus.
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Felipe A. P. L. Costa é biólogo e escritor, autor, entre outros, de Ecologia, evolução & o valor das pequenas coisas (2003)