A Agência Pública – uma agência de jornalismo investigativo sem fins lucrativos – lança o seu primeiro livro-reportagem, Amazônia Pública, no sábado (14/12), na Praça Roosevelt, centro de São Paulo. A obra mostra como projetos públicos e privados têm afetado a vida dos moradores da região amazônica, formada em grande parte por indígenas, quilombolas e ribeirinhos. As reportagens, realizadas por três equipes de jornalistas entre julho e outubro de 2012, foram publicadas no site da Agência Pública. A série venceu o Prêmio Jornalistas&Cia/HSBC de Imprensa e Sustentabilidade e foi finalista do 7º Prêmio Allianz Seguros de Jornalismo.
O livro traz uma versão atualizada dos textos e três reportagens complementares sobre os temas abordados. Três regiões são analisadas no livro: o rio Tapajós, ameaçado por uma série de hidrelétricas e projetos de mineração; o rio Madeira, transformado por duas grandes usinas hidrelétricas que já começaram a operar; e o polo exportador de minério de ferro de Carajás, prestes a explorar uma nova mina localizada dentro de uma reserva florestal. Apesar da importância do debate, poucos brasileiros conhecem os dilemas causados pelo desenvolvimento econômico da região.
O lançamento de Amazônia Pública começa às 16h30, com um evento aberto que vai trazer o mundo do novo jornalismo online para a praça pública. A Pública vai promover uma mesa de discussão com o tema “O projeto de desenvolvimento da Amazônia e seu impacto nas populações locais”. Depois do debate, haverá a distribuição gratuita do livro, que terá versões em inglês e português e foi produzido com o apoio apoio da CLUA (Climate and Land Use Alliance), fundação internacional ligada às questões climáticas.
Haverá ainda uma exibição de vídeos e fotos do projeto e de depoimentos de pessoas ligadas à cultura da Amazônia, gravados especialmente para o evento. Nesses vídeos, Aurélio Michiles, Milton Hatoum, Fafá de Belém e outros respondem à pergunta: “Qual Amazônia você quer?” Às 19 horas, haverá a projeção de imagens criadas especialmente para o evento pela artista multimídia Veruscka Girio, além de um set preparado pelo DJ Madruga com carimbó e outros ritmos típicos da região amazônica.
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