Após se tornar uma publicação gratuita, em setembro de 2012, a revista Time Out de Londres anunciou, recentemente, o fim da seção LGBT (sigla para lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) da sua edição impressa, assim como a saída do editor Paul Burston, que durante 20 anos comandou a editoria. Também foi anunciado o fim de outras seções “menores”, como dança e música clássica. Seus eventos serão incorporados a outras editorias e elas existirão apenas na edição online. Críticos dizem que as mudanças são um sinal de que, quando se tornam gratuitas, as publicações tendem a focar nas seções onde os anunciante colocam dinheiro.
Durante décadas, a Time Out, espécie de guia semanal de passeios e eventos culturais e gastronômicos publicado em diferentes cidades pelo mundo, foi uma referência na área cultural. Quando foi anunciado, no ano passado, que ela seria distribuída de graça em Londres, muitos pensaram que tratava-se do fim de uma era. Mas a publicação continuou com a mesma qualidade.
No caso do público LGBT, a Time Out muitas vezes era uma ajuda para guiar as pessoas inseguras de sua sexualidade para lugares seguros no cenário londrino. De acordo com um representante da revista, ela continuará com seu compromisso de prover informação para a comunidade LGBT, mesmo sem a seção impressa.
A notícia do corte da editoria vem um ano após uma pesquisa ter mostrado que cerca de 1.600 adolescentes gays, lésbicas e bissexuais na Inglaterra já sofreram bullying na escola e que dois quintos deles já pensaram em suicídio.