“‘O Dia de Ano Novo é o aniversário de todo homem.’ Charles Lamb, escritor inglês
No embalo das retrospectivas que tomam conta do final de ano, farei uma síntese de alguns dos assuntos que pautaram a coluna neste 2013 que se vai. Antes, merecem ser citados os grandes marcos de cobertura dos últimos doze meses: tragédia na boate Kiss, mudança de papa, vinda do pontífice ao Brasil, Copa das Confederações, onda de protestos, espionagem, julgamento do mensalão, seca e criminalidade foram alguns deles. Foi um ano animado, em que a cobertura do O POVO marcou presença, assim como nossos problemas mais comezinhos. No dia a dia, houve erros, dos mais triviais ao que comprometeu a manchete do jornal. Problemas de conceitos, dos básicos aos mais sofisticados, também desfilaram em nossas páginas. Ainda nesse quesito, citaria a às vezes precária maneira como localizamos, geograficamente, os fatos que viraram notícia.
Revisor
Este ano, aqui discutimos a falta que faz um revisor – posto extinto com a chegada dos computadores às redações, com seus corretores ortográficos eletrônicos. Também destacamos nossa origem quase genética em apontar o dedo para os outros, especialistas que somos em erros alheios.
Reestruturação
Na Redação do O POVO, uma das marcas do ano foram as mudanças que se deram no jornal, propriamente. As mais visíveis foram a extinção da editoria Ceará e do Jornal do Leitor. Notícias de fora da Capital, como o drama da seca e as dezenas de ataques a bancos no Interior, passaram a ser abrigadas na editoria Cotidiano. No segundo caso, criou-se a Página do Leitor. Surgiram algumas colunas. Outras chegaram ao fim. As edições ficaram menores. Bons profissionais deixaram a casa.
Médicos e futebol
De forma explícita ou não, em 2013 O POVO mostrou posição pública em pautas de grande alcance. O programa Mais Médicos foi uma delas, ao qual o jornal dedicou pelo menos três editoriais, apoiando a iniciativa. O mesmo não se pode dizer da cobertura futebolística. Fora das quatro linhas, times cearenses foram tratados de forma inversamente proporcional à campanha que fizeram na série B.
Atendimento
Em 2013, tivemos boas experiências ao ir para o outro lado do balcão ‘representar’ o leitor. Ligações para o Call Center vazam para o ombudsman quando, por algum motivo, não são atendidas lá. Houve de tudo um pouco. Das clássicas reclamações por atraso na entrega do jornal e assinaturas a queixas ligadas a cartão afinidade e de crédito.
ENEM
Um dos prejuízos do ano foi a decisão do jornal em não circular com os fascículos do Enem. Deixamos de marcar posição em um mercado de leitores atual e futuro e de se associar à maior prova estudantil do País.
Carro e moradia
Este ano, o Núcleo de Negócios voltou a atuar fortemente na cobertura automobilística, com o Caderno Veículos – um case no mercado local. Fora da área editorial, mas associado à cobertura econômica, o suplemento Mercado Imobiliário foi criado e agregado às edições.
Prêmios
Nesse ponto, a trajetória do jornal seguiu quase inalterada até aqui: ganhamos muitos prêmios, alguns de alcance nacional, disputamos em pé de igualdade vários outros, recebemos menções honrosas e fechamos o ano com a ampliação do conceito de jornal mais lembrado e respeitado do Ceará, segundo o Datafolha.
Facebook e o futuro
O ano de 2013 foi de grandes lições nas coberturas. De forma inédita, as redes sociais invadiram as redações offline. Quer com entrevistas que viraram manchetes no dia seguinte quer como rastilho das manifestações que balançaram o Brasil – e a imprensa. E o nosso futuro? Só as próximas edições dirão como será.
Feliz 2014
FOMOS BEM
ADUTORA EM ITAPIPOCA. Em duas edições seguidas, mandamos a concorrência para o chuveiro.
FOMOS MAL
CHUVAS. Chegamos atrasados na manchete e nos limitamos a reproduzir informações oficiais.”