Saturday, 21 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Centenas de funcionários demitidos após reestruturação

Há apenas duas semanas, a AOL anunciou a entrega de sua participação majoritária na Patch Media Corporation– sua conturbada rede de notícias locais – para a Hale Global, companhia de investimentos especializada em salvar empresas com problemas. A Hale disse à época que sua intenção era manter todos os 900 sites da Patch funcionando, e que não havia tomado nenhuma decisão a respeito de demissão de pessoal. Na semana passada, no entanto, a empresa revelou que havia decidido o próximo passo da reestruturação: centenas de funcionários foram demitidos.

O blogueiro Jim Romeneskodivulgou um link para um suposto áudiode uma conference call que Leigh Zarelli Lewis, diretor de operações da Patch, realizou com os funcionários que seriam mandados embora:

“A Patch está sendo reestruturada juntamente à criação da joint venture com a Hale Global”, disse Lewis, de acordo com um trecho impresso no blog. “A Hale Global concluiu quais empregados receberão uma oferta de emprego para avançar de acordo com sua visão da Patch, e quais não prosseguirão conosco. Infelizmente, os cargos de vocês foram extintos e vocês não terão mais função na Patch, sendo hoje seu último dia de trabalho na empresa (…) Obrigado novamente e boa sorte.”

A Patch tinha cerca de 450 funcionários antes das demissões da semana passada.

Mais tarde, foi realizada nova conference call, desta vez direcionada aos empregados que permaneceriam na empresa. Os funcionários remanescentes – incluindo jornalistas, membros da equipe de vendas de anúncios publicitários e engenheiros – foram informados que os 900 sites da Patch continuariam ativos.

Futuro brilhante

O Executivo-chefe da AOL, Tim Armstrong, ajudou a criar a Patch quando fazia parte da equipe do Google, em 2007, e defendeu a decisão da AOL de comprar a rede em 2009. No entanto, apesar de a Patch ter se expandido rapidamente, perdeu entre 200 e 300 milhões de dólares ao longo dos anos, e Armstrong se viu pressionado pelos investidores a se livrar do grupo.

Em novo esforço para torná-lo rentável, Armstrong demitiu centenas de funcionários no ano passado. Quando isto não se mostrou eficaz, a AOL fechou o já citado acordo com a Hale, em 15 de janeiro, em um contrato cujos termos não foram divulgados.

Quando a AOL anunciou a venda, alegou ter focado na Hale, em vez de outros parceiros em potencial, porque a empresa compartilhava a crença de Armstrong de que “o mercado de notícias locais online tinha um futuro brilhante”. Nem a Hale Global nem a AOL comentaram as demissões da semana passada.