O tráfego na página inicial dos sites de notícias vem caindo ao longo dos últimos anos. Para conseguir atrair mais cliques e page views, atualmente a maior parte deles coloca seu conteúdo nas redes sociais, principalmente no Facebook e no Twitter.
Entra aí um problema: ao contrário do Twitter, que abriga bem conteúdo noticioso, em redes como o Facebook o conteúdo que atrai mais cliques não é jornalístico, ou as chamadas notícias “sérias”, e sim textos sobre dietas, listas de curiosidades, fotos e conteúdo viral, como os populares vídeos de gatinhos.
Como o algoritmo que organiza o que deve aparecer no feed de notícias do usuário se baseia em informações como as pessoas e páginas que aquele usuário segue e os posts que ele curte e compartilha, são na verdade seus gostos e com quem interage no Facebook que influenciam o conteúdo que será mostrado para ele na rede social.
Se a pessoa curte e compartilha artigos de notícias, é mais provável que mais conteúdo noticioso venha a aparecer no feed. Se a pessoa curte e compartilha vídeos virais e outros conteúdos que não são considerados noticiosos, é menos provável que links para artigos de notícias sobre a crise na Ucrânia, por exemplo, sejam mostrados a ela.
De acordo com uma pesquisa realizada em 2013 pelo Pew Research Center, 47% das pessoas que acessam o Facebook leem notícias, mas apenas 10% desses usuários entram na rede social com o propósito de obter conteúdo jornalístico.