Sunday, 24 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

SporTV, a arrogância punida

Licenciado pela FoxSport para transmitir partidas da Libertadores 2014, o SporTV comemorava antecipadamente e da pior maneira possível: anunciava os jogos Defensor x Cruzeiro e Flamengo x Bolívar humilhando os humildes adversários latino-americanos. “O Defensor vai ficar perdidinho diante do Cruzeiro”, dizia a chamada; “o Bolívar vai ser a nova vítima do Flamengo mais tarde no Maracanã”, prometia o locutor, eufórico, dias antes das partidas de quarta-feira (12/3). O otimismo até se justificava, já que eram as equipes mais fracas dos respectivos grupos dos times brasileiros, mas o desprezo no trato com os concorrentes, não. Os resultados, evidentemente, lembram o ditado segundo o qual não se deve contar com o ovo no dito-cujo da galinha, porque o Defensor do Uruguai ganhou com um gol de placa de 2 a 1 do Cruzeiro, quando estava com um a menos, tendo a Raposa perdido um pênalti inexistente (podendo-se dizer que quem ficou perdidinho foram os cruzeirenses), e o Flamengo só empatou com o Bolívar da Bolívia, de quem se diz só ganhar na altitude. O castigo veio para os times brasileiros e para a transmissão patrioteira do SporTV. (Silvia Chiabai, jornalista, São Paulo, SP)

 

A ideologia do ‘Fórum dos Leitores’ do Estadão

Assino o Estadão há muitos anos e vejo que a seção Fórum dos Leitores extrapola cada vez mais a sanha anti-PT e tudo que diga respeito ao partido. O curioso é que parece haver um rodízio entre determinados “leitores”, que sempre escrevem quase as mesmas coisas, numa aparente orquestração de temas. Será possível uma análise desse “fenômeno” pelo Observatório da Imprensa? (Murilo Marques Belezia, autônomo, São Paulo, SP)

 

A imprensa nas manifestações

Acompanho Observatório na TV desde seu nascimento. Desta vez, porém, quero apontar que o Observatório desvirtuou-se de sua pauta: com exceção do início do programa, em que a filósofa comentou a mídia, tanto Alberto Dines quanto ela e os demais convidados acabaram por debater as manifestações em si, e não o papel da imprensa nelas. Lembrando que já houve um papel exercido desde o começo das manifestações, mas há, ainda, muito para se apontar como papel da imprensa nas manifestações que estão para acontecer. (Renato M. Lazzari, analista de sistemas, São Paulo, SP)

 

OI na TV

Gostaria de pedir que, se possível, comentassem a presença do deputado federal Romário, fazendo campanha de uma marca de bebida alcoólica. Creio que se apresentam dois contrassensos na mesma situação (Márcio Bezerra Martins, geógrafo, Recife, PE)

 

Excesso de propaganda

O maior mico: Galvão Bueno, que nem respira, deixou de narrar o gol da seleção no último jogo porque estava lendo uma propaganda… Agora, Roberto Carlos, chocou! (Sueli Maria Pereira, fotógrafa, Rio de Janeiro, RJ)

 

Futebol, polêmica da semana

Às vezes penso que a declaração do Mano Menezes (insinuações) incomodou a classe de jornalistas esportivos porque o Mano tocou num assunto que é uma ferida, um vespeiro, que ninguém tem coragem de mexer – é a questão se time entrega ou não o jogo. Claro, jornalistas têm medo de quebrar o encanto do futebol para os menos esclarecidos porque se depender da maior parte da mídia, da parte que vive de só vender o espetáculo, o futebol vai continuar sendo um “conto de fadas”. O Mano errou pelo que falou porque tem que provar no caso específico, mas não mentiu quando analisamos no sentido geral da coisa. Isso existe no futebol. Assim sendo, os jornalistas têm medo de debater seriamente e ficam fugindo pela tangente dizendo que o Corinthians afirmou que o seu fracasso foi culpa do São Paulo. Desafio os jornalistas a fazerem matérias sobre se time entrega jogo ou não. Vamos lá, jornalistas esportivos, criem coragem (Calebe Oliveira Temporal de Souza, professor, Cristino Castro, PI)